Renato curte bom início no Flamengo, lamenta gramado e revela preleção contra tabu: "Tínhamos que esquecer"

25/7/2021 19:26

Renato curte bom início no Flamengo, lamenta gramado e revela preleção contra tabu: "Tínhamos que esquecer"

Com quatro vitórias em quatro jogos, técnico ressalta maior tranquilidade em começo de trabalho e elogia grupo do Flamengo: "São jogadores de nível de Seleção"

Renato curte bom início no Flamengo, lamenta gramado e revela preleção contra tabu: Tínhamos que esquecer
Quatro jogos, quatro vitórias. O início de Renato Gaúcho no comando do Flamengo é de 100% de aproveitamento, com direito a três goleadas seguidas e quebra de um longo tabu: o time não vencia o São Paulo há quatro anos e nove jogos. O retrospecto foi tema da preleção do treinador.



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- Um dos assuntos que eu falei na preleção era que tínhamos que esquecer isso. O Flamengo não vencia o São Paulo há tantos anos... Flamengo não vinha vencendo o São Paulo, mas vem curtindo voltas olímpicas, que é o mais importante no futebol. Falei para a gente respeitar o adversário e jogar futebol porque as coisas acontecem normalmente. Qualidade a gente tem e foi o que aconteceu. Respeitamos o São Paulo, mas buscamos a vitória o tempo todo - afirmou Renato, em entrevista coletiva.

Apesar da vitória, Renato lamentou o estado do gramado do Maracanã, que vem sendo alvo de críticas há meses. Para o treinador, o campo foi mais um obstáculo na vitória do Flamengo.

- É difícil ficar criticando, mas os responsáveis têm que tomar providências, porque não é possível a gente jogar. E o Maracanã é o Maracanã. Esteve parado por duas semanas para a Copa América e o gramado já está desta maneira. Isso dificulta bastante, principalmente a equipe do Flamengo. Mas criticar os gramados hoje em dia é chover no molhado. Não adianta criticar. Muitos clubes não dão atenção por falta de verbas e, infelizmente, muitas vezes o futebol se nivela por baixo.

Com a goleada por 5 a 1 sobre o São Paulo, o Flamengo chegou à quinta posição no Campeonato Brasileiro, com 21 pontos e dois jogos a menos em relação aos concorrentes.

Confira as outras respostas de Renato:

Michael talismã?


- É importante o treinador dar chance para todos os jogadores. Quando eu cheguei o Michael estava bastante desacreditado, e também o próprio Vitinho. Converso bastante com os jogadores e fico feliz que eles reencontraram o futebol deles. Até porque não chegaram à toa no Flamengo. Para o treinador fica até difícil escalar o Flamengo pela qualidade do grupo.

- O Michael entrou muito bem nos últimos dois jogos no lugar do Everton Ribeiro, que é um jogador muito inteligente, nível de Seleção, com características diferentes. É importante para o treinador ter esse tipo de jogadores no grupo porque no momento que a gente quer mudar alguma coisa durante a partida, a gente tem características de jogadores diferentes. É o que tem acontecido. O Everton é um jogador que pensa mais, enquanto o Michael é mais de velocidade. É importante você ter esses dois tipos de jogadores para a mesma posição.

Importância de quebrar o tabu

- Um dos assuntos que eu falei na preleção era que tínhamos que esquecer isso. O Flamengo não vencia o São Paulo há tantos anos... Flamengo não vinha vencendo o São Paulo, mas vem curtindo voltas olímpicas, que é o mais importante no futebol. Falei para a gente respeitar o adversário e jogar futebol porque as coisas acontecem normalmente. Qualidade a gente tem e foi o que aconteceu.

- Respeitamos o São Paulo, mas buscamos a vitória o tempo todo. No final da partida acho que merecemos pelo o que a gente jogou e apresentou, até porque a gente não estava enfrentando qualquer equipe. Muita gente vai olhar a tabela e ver o São Paulo lá embaixo, mas que tem um grande elenco e um treinador que faz um belíssimo trabalho e falei isso pra ele. Torço muito pra que ele se dê bem. O Flamengo não enfrentou qualquer equipe, não à toa que não havia vencido há tanto tempo.

- Conseguimos mais uma vitória importante na sequência do Brasileiro e vamos avançando, esse é o nosso objetivo. Independente do adversário, sempre vamos respeitar, estando há muito tempo sem vencer, ou ganhando o tempo todo. Cada partida é uma partida e temos que buscar a vitória sempre.

Flamengo melhor futebol do Brasil?

- (Risos) Isso já deu polêmica lá atrás, né? Não vou entrar no mérito se é o melhor futebol do Brasil. Procuramos sempre trabalhar para jogar bem. Apesar do pouco tempo, tenho gostado da equipe. Quem tem começado, tem jogado bem. E quem tem entrado, tem entrado muito bem. É lógico que no decorrer de uma ou outra partida, como foi hoje em alguns minutos, é difícil manter o ritmo nos 90 minutos e jogando a cada três dias. Não é o treinador querer poupar.

Poupar jogadores

- Hoje mesmo eu conversei com o Isla no quarto depois do almoço, até porque ele saiu com a perna muito pesada do jogo em Brasília. Era um risco colocá-lo em campo mesmo se sentindo bem. Assim como tem outros jogadores que vamos revezando para que eles não se machuquem. É muito fácil as pessoas pedirem para jogar sempre o mesmo time, mas alguém tem que pensar e essa pessoa tem que ser o treinador junto com fisiologista para que possam analisar bem.

- Não adianta colocar o jogador em campo e você não ter o jogador. Porque daqui a pouco ele não está em condições de correr. Ele tem muitas chances de se lesionar e você perder o jogador por duas ou três semanas. É isso que não queremos. Como temos um grupo bom e forte, de vez em quando vamos poupar, sim, como aconteceu hoje com o Isla e entrando o Matheuzinho.

- De vez em quando a gente vai tirar um ou outro jogador justamente para que a gente não perca. São três competições dificílimas e o que menos queremos é que um jogador vá para o departamento médico. Pensamos sempre em conjunto e sempre temos a melhor decisão para o grupo. Foi o que aconteceu hoje com o Isla e pode acontecer amanhã ou depois com outros jogadores. Têm jogadores que estão numa sequência muito grande e é melhor darmos uma segurada do que perder por lesão.

Jogo contra o ABC terá poupados?

- Essa pergunta é muito boa, mas eu acho engraçado pelo seguinte: da noite para o dia as opiniões mudam numa velocidade... Por exemplo, se eu poupar eu sou criticado porque eu poupei. Agora, muitos jornalistas falam que tem que poupar porque tem jogador cansado, não pode aguentar todos os jogos. Aí, eu pergunto: o que vocês querem?

- A responsabilidade é minha, mas para você ver: você poupa alguns jogadores, é criticado. Se coloca a equipe principal para jogar, não tem resultado e perde jogador macucado, é criticado porque não poupou. Deixa para mim, que eu sei o que faço, vou pensar, e quinta-feira vamos ver a equipe que joga.

Gramado como dificultador

- É uma coisa chata de se falar. Até porque não é só o Flamengo. Temos uma equipe muito técnica, mas os adversários também gostam do campo bom. E isso dificulta para todo mundo, principalmente para uma equipe extremamente técnica, que valoriza a posse de bola e uma dessas equipes é o Flamengo. Aí você entra em campo e vê que o gramado, que é a principal peça de trabalho, não está em condições de se praticar um bom futebol.

- É difícil ficar criticando, mas os responsáveis têm que tomar providências, porque não é possível a gente jogar. E o Maracanã é o Maracanã. Esteve parado por duas semanas para a Copa América e o gramado já está desta maneira. Isso dificulta bastante, principalmente a equipe do Flamengo. Mas criticar os gramados hoje em dia é chover no molhado. Não adianta criticar. Muitos clubes não dão atenção por falta de verbas e, infelizmente, muitas vezes o futebol se nivela por baixo.

- Porque o clube investe bastante em grandes jogadores, a nível de Europa e seleção brasileira, e chega no campo e você não tem o material necessário, que é o gramado, para que você possa mostrar seu futebol. É difícil. Fico triste, até porque um dos mais prejudicados é o Flamengo, mas fazer o quê?

Bom início

- A gente trabalha pra isso. Nunca sabemos se vamos ter sucesso logo no início, mas o objetivo é sempre buscar logo as vitórias. Tive a vantagem de chegar ao Flamengo e conhecer quase que 100% do grupo e isso é uma vantagem muito boa para o treinador, que às vezes precisa de tempo para conhecer o grupo dele. São jogadores à nível de seleção. Sempre falei que o nível de jogadores do Flamengo é muito forte e acho que o mais importante de tudo é que eles estão acreditando no trabalho da comissão. Com isso vamos buscando os resultados.

- Fico feliz por esse início muito bom com quatro vitórias em quatro jogos. É sempre bom vencer porque dá uma tranquilidade maior para trabalhar e uma confiança maior para o grupo. Assim, vamos também trazendo o torcedor ainda mais para o nosso lado. O mais importante é dar confiança porque temos três competições dificílimas. Flamengo é Flamengo, a gente sabe que a cobrança é muito grande, mas essas vitórias têm dado uma tranquilidade para a gente trabalhar, para que a gente possa jogar um pouquinho mais tranquilo para os próximos jogos, mas sempre com a tranquilidade de buscar as vitórias.

Bola parada é arma importante?

- Sem dúvida. A bola parada é fundamental para qualquer time, mas o mais importante de tudo é você ter bons batedores, que nós temos, e bons cabeceadores. Não adianta você ter gente muito boa de cabeça e não ter o batedor, ou vice-versa. Apesar do pouco tempo que temos, temos treinado bastante. Tanto na parte defensiva, quanto ofensiva e temos tirado proveito disso. Mas não vai ser o Renato que, da noite para o dia, vai evitar que o time tome gols de cabeça. O adversário também tem méritos, também tem a bola parada. Mas o mais importante é que a gente tem evitado.

- Tomamos o gol hoje, mas acontece. Não vamos ter uma defesa imbatível. Mas cada vez mais vamos treinando e, se não tiver tempo suficiente, vai ser através do vídeo. Nesse ponto, estou bastante satisfeito com a minha equipe, tanto na parte defensiva quanto ofensiva. Tanto é que os números não mentem: fizemos 15 gols e tomamos dois. Então, estamos no caminho certo. Mas não é por causa de mais uma vitória que eu não tenha visto erros da nossa equipe. Estou aqui pra isso, sei onde erramos e durante a semana vamos conversar.

- Temos pouco tempo para treinar, mas temos treinado. Procuro usar os vídeos para mostrar onde a gente errou e sempre falo pra eles que quanto menos erros a gente cometer, menos chances os adversários têm de cometer o gol na gente.

Confusão mexeu com os brios?

- Não, a equipe já vinha se comportando bem. Falei para alguns jogadores do São Paulo e para o Crespo que o Flamengo estava perdendo, mas só estava jogando. Não tem que ficar pagando esse mico para o Brasil todo com essas confusões extracampo. Minha equipe jogou futebol e buscou a vitória o tempo todo. Nós estávamos perdendo, mas sem apelar. Não posso falar direito o que aconteceu porque eu estava de costas, mas acho que o árbitro agiu muito bem no momento. Ele puniu quem tinha que punir.

- Estávamos perdendo e buscávamos jogar futebol. Na vida e na profissão você tem que saber ganhar e perder, porque não vai ganhar todas e nem perder todas. No momento que está ganhando não pode ser uma pessoa e quando perde vira outra. É difícil comentar. Falei pra eles não pagarem esse mico e é uma coisa lamentável, mas não posso opinar muito porque estava de costas e não posso opinar.

Fome por vitória e gols vai ser algo comum?

- Comigo vai ter. Não gosto de perder nem par ou ímpar e isso coloco quase que diariamente para meus jogadores. A maior forma de você respeitar o adversário é fazendo gols sem menosprezar. O saldo de gols lá na frente é importante, independente da competição, então é fazer gols. E isso não é menosprezar o adversário. Não pode deixar é de querer dar um drible a mais para provocar o adversário e isso eu não vou deixar, tenho consciência.
- Quero que busquem sempre a vitória, independente de quem é o adversário. E tendo a chance, tem que fazer gol, tem que matar o jogo sempre. É uma coisa que eu tenho na cabeça e passo pra eles desde o tempo de jogador. É um pensamento de pessoa que é vencedora na vida. Eles têm feito direito isso e pode ver que sempre buscamos gols e vitória, mas sempre respeitando o adversário.

O que pode ser melhorado e principal virtude

- A virtude é a vontade de vencer. A equipe vem jogando bastante junto e não gosto que as linhas se separem. A gente defende em bloco, ataca em bloco e não temos dado muitas oportunidades ao adversário. Destaco que a equipe vem fazendo esses quatro jogos e de repente muitos jogadores que não estavam com aquela confiança voltarem a ter confiança e isso ajuda bastante. Você voltar a ter confiança é fundamental.

- Procuro, no pouco tempo que tenho, corrigir na parte tática, conversar bastante, passar o vídeo e dar essa tranquilidade para a equipe. O que posso destacar é isso, essa vontade que o grupo tem de vencer e buscar as vitórias sempre juntos, sem separar dentro de campo. Porque a partir do momento que se separa dentro do campo o adversário costuma crescer na partida e isso eles têm feito direitinho. A gente tem treinado bastante nossa parte tática e tem dado certo. Muitos jogadores que estavam desacreditados, sem moral e sem confiança evoluíram bastante. Principalmente no nosso setor defensivo.

Objetivo é entrar para brigar em todas competições?

- Para o grupo que o Flamengo tem, acho que a exigência é muito grande e todas as competições a gente entra pra ganhar. Hoje foi o Campeonato Brasileiro e a gente vai curtir essa vitória, porque foi uma vitória importante, de virada, contra o um grande adversário. Nossa próxima partida é quinta-feira, contra o ABC, pela Copa do Brasil. Vamos curtir essa vitória. A partir de amanhã já começo a pensar no próximo adversário.

- Eu tenho três Copas do Brasil e quero a quarta. Na competição que entro, entro para vencer com meu grupo. Esse é o pensamento que temos na Copa do Brasil. Quinta-feira é o ABC, e, independente de quem entrar em campo, até lá eu vou ver quem vai jogar. Sempre espero o departamento médico fazer a revisão dos jogadores para decidir. Porque muitas vezes os jogadores saem bem de campo e depois sentem uma lesão.

- Vou trocar ideias com departamento médico e de fisiologia. A princípio, sem dúvida alguma, quem tiver bem vai jogar. Quando o jogador tiver alguma possibilidade de lesão, a gente segura, senão vamos jogar com a nossa equipe. É Copa do Brasil, mas tenho certeza que é uma competição que grupo, torcida e diretoria querem. Todo mundo quer ganhar. Todas as competições são difíceis, mas, dentro do possível, vamos com a força máxima, sim.

Goleadas



- Daqui a pouco vamos ganhar um jogo apertado. O torcedor não pode se acostumar que o Flamengo só vai golear, não. Não é bem assim. Vão acontecer os empates, infelizmente vai acontecer uma derrota. A gente sempre trabalha para vencer.

- Em Brasília, estávamos ganhando por 2 a 1 e tinha torcedores chiando para mim e pedindo goleada. O grupo vem fazendo por merecer porque tem criado bastante e aproveitado as oportunidades. Mas cada jogo é um jogo. O mais importante é o Flamengo vencer. Tenho certeza que o torcedor entende isso.





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749 visitas - Fonte: Globoesporte.com


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