Ricardo Hinrichsen (Chapa Branca) , Marco Aurélio Asseff (Chapa Azul), Rodolfo Landim (Chapa Roxa) e Walter de Oliveira Monteiro (Chapa Ouro)
O Flamengo decide neste sábado quem será o presidente do clube pelo próximo triênio, de 2022 a 2024, mas a disputa mais acirrada está prevista para o fim do próximo mandato de Rodolfo Landim, favorito à reeleição pela Chapa Roxa. Ele concorre com Marco Aurélio Asseff (Chapa Azul), Ricardo Jorge de Goes Hinrichsen (Chapa Branca) e Walter de Oliveira Monteiro (Chapa Ouro).
A votação ocorre na sede da Gávea de 8h às 21h deste sábado. Diferentemente do plano inicial, o atual mandatário se candidatou novamente para acalmar os ânimos do grupo que assumiu o Flamengo há três anos já sem falar a mesma língua, sobretudo quando o assunto era a gestão do futebol.
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O combinado era o atual vice-geral, Rodrigo Dunshee, o suceder agora, o que poderia antecipar a divisão da chapa roxa, já que Dunshee provavelmente traria consigo o vice de futebol Marcos Braz. A questão é que Braz termina o mandato desgastado após ganhar quase tudo em 2019. Ele, inclusive, não participou da campanha de Landim com vídeos nos moldes dos feitos pelos demais vice-presidentes.
Em 2024, o nome de Luiz Eduardo Baptista, vice de relações externas e desafeto de Braz, ganha força, e Landim terá que escolher um lado. Bap será candidato desta vez a presidente do Conselho de Administração do clube e pode dar ainda mais as cartas politicamente. Seus principais aliados são Gustavo Oliveira, vice de marketing e coordenador da campanha de Landim, e Rodrigo Tostes, vice de finanças e crítico ao modelo de gestão do futebol.
A atuação de Bap nos corredores da Gávea se dá na intenção de refazer a imagem arrogante com a qual ficou marcado nos últimos anos. E vir para a sucessão de Landim com apoio do núcleo duro da chapa. O pleito desta vez é dado como ganho pelo atual presidente, com mais de 70% dos votos em pesquisas encomendadas pela gestão. O favoritismo se dá não apenas pelos resultados do futebol de 2019 para cá, como também pela falta de uma oposição consistente.
Essa semana, Landim inaugurou parquinho aquático, restaurante e museu na Gávea. Também reformou o clube e pintou a arquibancada do estádio, além de reformas no ginásio. O contato se deu com o sócio, não com a torcida, que não vota. O colégio eleitoral tem 6800 votantes, mas devem comparecer cerca de 3 mil. A novidade é que o clube estará aberto aos sócios, com piscina liberada e eventos para atrair os votantes.
O desafio da oposição é que os três candidatos consigam fazer os 20% das cadeiras do Conselho de Administração e atuem na fiscalização da ações de governança do Flamengo, o que ocorreu muito pouco nos últimos três anos. O SoFla, grupo de sustentação aos mandatos do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, se alinhou a Walter Monteiro, que tem chance de ser o segundo com mais votos e integrar os 12 assentos do Conselho de Administração. O vencedor preenche 48 cadeiras. No dia 14, haverá eleição para o Conselho Deliberativo.
Com previsão de se manter forte financeiramente em 2022, o Flamengo sofre críticas internas por um modelo de administração que não é tão profissional quanto poderia em alguns setores. Sobretudo no futebol, onde recentemente houve indicação de profissionais por dirigentes e jogadores em função de relacionamento pessoal e apoio político. Essa reformulação é o ponto de partida de Landim a se confirmar a reeleição.
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