Michael treinou normalmente nesta quarta-feira (19) no Ninho do Urubu, mas vive a expectativa de ter seu destino traçado em breve. O atacante do Flamengo despertou o interesse do Al Hilal, da Arábia Saudita, que deseja contar com ele para a disputa do Mundial de Clubes, em fevereiro. A proposta gira em torno de US$ 8 milhões, o que balança a diretoria rubro-negra e divide a opinião dos torcedores.
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Na Live do Flamengo, programa do UOL Esporte com as últimas novidades do Mengão, os jornalistas Renato Maurício Prado e André Rocha conversaram sobre a possibilidade de Michael se transferir para o clube saudita. Os colunistas divergiram sobre a necessidade de o Flamengo negociá-lo e colocaram suas opiniões na mesa.
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O Flamengo só deveria vender o Michael se tiver a certeza de que, com esse dinheiro, vai trazer um grande reforço. Coisa que não estou vendo muito ainda. O clube deve vendê-lo por até US$ 8,5 milhões. O Ferreirinha custa 8 milhões de euros. É mais do que o valor que o Flamengo venderá o Michael. Isso sem falar no imbróglio do Goiás, que quer 5%", analisou Renato, citando um dos possíveis alvos rubro-negros no mercado para repor a lacuna deixada por Michael.
Já Rocha argumentou que pesam para uma possível saída a questão financeira e o fato de o técnico Paulo Sousa não se opor à negociação. "
A informação que eu tenho é a de que o Michael está doido para ir. Por uma questão de independência financeira, pode se sentir fortalecido emocionalmente. A depressão está controlada e ele está se sentindo seguro. A grana para ele é muito boa. Ele também pode pensar o seguinte: 'o técnico me liberou'. Não acredito que o Flamengo tenha feito esse negócio à revelia do Paulo Sousa", apontou o colunista do UOL.
Renato demonstrou preocupação com o que pode acontecer com o jogador, que enfrenta um sério problema pessoal. "
Concordo que ele queira ir, mas sabemos que ele não tem uma cabeça centrada. Em 2020, ele teve depressão profunda, a ponto de pensar em suicídio. Hoje, ele está estável, mas imagina esse cara na Arábia Saudita, em um time completamente novo, sem conhecer ninguém, com um técnico estrangeiro, sem falar a língua do país e morando de novo em um hotel. Há um risco de recaída", alertou.
Rocha também se mostrou receoso quanto ao lado psicológico de uma mudança tão grande para Michael. Levando em consideração apenas a parte financeira, ele acha uma transação vantajosa para o Flamengo. "
Desde que o Flamengo contratou o Michael, o papo é o mesmo: ele não valia os 7,5 milhões de euros e o clube nunca terá o retorno desse dinheiro. Agora surge uma oportunidade de negócio e vai meio que empatar o que investido na época", disse.
Outro aspecto apontado por Rocha é o técnico. Ele não vê tantas chances para Michael atuar e se destacar pelo Flamengo como em 2021. "
Com o Paulo Sousa, o time terá uma forma organizada de atacar. O Michael só rendeu bem na anarquia do Renato Gaúcho e, principalmente, quando tinha muito espaço para correr. Não é o cenário provável da equipe com o Paulo Sousa. O Flamengo terá que criar espaços em vez de aproveitá-los. Não vejo perspectiva do Michael, em 2022, dentro do que o Flamengo se propõe a fazer. Agora é o momento de o clube vendê-lo e buscar um jogador que tenha uma conexão maior com esse tipo de futebol que o Flamengo quer", completou.
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Com certeza.