Ramon, lateral-esquerdo do Flamengo, durante treino no Ninho do Urubu
Imagem: Paula Reis / Flamengo
Um dos queridinhos da torcida dentre os jogadores que vieram das divisões de base, Ramon ainda não se encontrou no Flamengo desde a chegada do técnico Paulo Sousa. O português, que tem se notabilizado por distribuir oportunidades, ainda não escalou o lateral-esquerdo em nem um minuto sequer, tornando o atleta o único, entre os jogadores disponíveis, que não jogou na atual temporada.
Os jovens Matheus Cunha e Matheus França também não foram acionados, porém foram incorporados ao elenco apenas em 2022.
Com Filipe Luís em reta final de sua trajetória, a expectativa era que o atleta começasse o ano com mais minutos e, enfim, se colocasse de vez entre os nomes mais utilizados. O cenário, porém, se mostra outro. Após o jogo com o Resende, no último domingo, pelo Campeonato Carioca, o comandante do time da Gávea chegou a ser questionado sobre a ausência de chances a Ramon, e indicou que ainda busca fazer lapidações.
"O Ramon era para ter iniciado o Carioca com o grupo sub-20, mas teve uma lesão muscular. E tem tido mais dificuldades de encontrar esse espaço. Na esquerda, tenho tomado decisões com a preponderância de atacantes. Ele é um jogador muito forte fisicamente, tem que crescer no entendimento do jogo, no timing certo, com bons passes e assistências. Vamos encontrar o momento certo de integrá-lo", disse.
No ano passado, o jovem lateral-esquerdo chegou a ser motivo de uma das rusgas da torcida do Flamengo com o então técnico Renato Gaúcho. Na final da Libertadores, contra o Palmeiras, no Uruguai, o treinador optou por colocar Renê no banco de reservas, preterindo Ramon. A decisão foi bastante criticada, principalmente pelo fato de Filipe Luis ter sentido um incômodo e substituído ainda no primeiro tempo da decisão.
Poucos dias após o Rubro-Negro perder o título continental, Renato Gaúcho foi demitido. Maurício Souza comandou de forma interina, e Ramon foi utilizado na reta final do Brasileiro. No início de dezembro, o jogador viveu um trauma que interferiu em sua caminhada. Ao atropelar e matar o ciclista Jonatas David dos Santos, ele viu suas atenções divididas entre questões extracampo e a rotina no clube. Ele foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
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