OPINIÃO: Flamengo precisa da volta de Jorge Jesus, nem que seja para dar errado

3/4/2022 12:18

OPINIÃO: Flamengo precisa da volta de Jorge Jesus, nem que seja para dar errado

OPINIÃO: Flamengo precisa da volta de Jorge Jesus, nem que seja para dar errado
21/11/2019 - Jorge Jesus, técnico do Flamengo, em partida contra o Cerá pelo Brasileirão
Imagem: Bruna Prado/Getty Images


O Fluminense é o justo campeão carioca, depois de dez anos. Novamente com Abel Braga, que teve os méritos de montar os dois melhores times do estadual: o reserva que venceu muitos jogos, inclusive clássicos, com momentos de futebol envolvente e o titular que falhou na missão de colocar o clube na fase de grupo da Libertadores, mas na final sobrou em estratégia e espírito. No ritmo do redivivo Paulo Henrique Ganso.



Dito isso, e sem tirar uma gota de mérito tricolor, é preciso tocar em mais um fracasso do Flamengo. Perde a chance do inédito tetracampeonato e acumula o quarto vice seguido: Libertadores, Brasileiro, Supercopa do Brasil e agora o torneio que virou obrigação conquistar, pela disparidade de capacidade de investimento em relação aos concorrentes.


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O que há de errado? Quase tudo. A começar pelas trocas de treinador sem critério, entregues a Marcos Braz e Bruno Spindel, dirigentes que não têm o devido conhecimento técnico para avaliar a possibilidade de encaixe da visão de futebol do profissional com as características do elenco.

Sem contar a pressa na hora de definir, também por conta da pressão política. As duas viagens para a Europa terminaram com escolhas no limite do tempo estabelecido pela direção, deixando a impressão de que "pegou o que deu". Entre os brasileiros, as contratações de Rogério Ceni e Renato Gaúcho foram definidas em pouco mais de 24 horas.

Não é assim que se conduz o futebol profissional de um clube com o orçamento rubro-negro. A sequência de equívocos só reforça a impressão de que a vinda de Jorge Jesus em 2019 foi um golpe de sorte que fez história.

Também parece claro que o treinador português precisa voltar, nem que seja para virar a página e o clube seguir em frente.

O trabalho de Paulo Sousa não funciona. A ponto de não haver certeza de que teve algum período de evolução ou os espasmos de bom futebol aconteceram apenas em função da fragilidade da grande maioria dos adversários no estadual e da mobilização em torno da Supercopa do Brasil contra o Atlético Mineiro em Cuiabá.

O elenco mimado e acomodado tem enorme cota de responsabilidade, pela resistência em sair do conforto da "hierarquia" criada com os títulos em 2019/20 e a cumplicidade dos dirigentes, incluindo o presidente Rodolfo Landim. Mas Sousa não dá a impressão de ter habilidade e currículo para a condução de um processo complexo, uma autêntica revolução, no campo e no vestiário.

O Flamengo está entregue novamente ao acaso. Passou a pré-temporada, estadual incluso, e o produto final para o início da Libertadores e do Brasileiro é o time desconjuntado do Fla-Flu decisivo. Dependente de lançamentos de David Luiz e dos lampejos de Arrascaeta. Sem tabelas e ultrapassagens, com enorme buraco no meio-campo e, principalmente, sem confiança no plano de jogo.

A péssima notícia é que não há mais tempo para correções. Agora serão jogos a cada três ou quatro dias para cumprir um calendário apertado pela Copa do Mundo em novembro/dezembro. Foram praticamente três meses jogados no lixo.

Trazer um treinador para harmonizar o ambiente e levar o trabalho mais no papo e na motivação, como Renato Gaúcho, já se mostrou uma ação com chances pequenas de sucesso. Começa bem, mas na hora em que é necessário conteúdo para encontrar soluções em campo, o time trava.

É a hora da volta de Jorge Jesus. Com conhecimento do clube, mesmo sem o escudo de Paulo Pelaipe, e moral para dar as ordens, nem que seja por cima dos narizes torcidos das lideranças envelhecidas do elenco.

Desta vez sem o tempo que teve em junho, durante a Copa América, e em setembro, jogando apenas nos fins de semana enquanto era decidida a Copa do Brasil, mas com a esperança de resgatar em poucas sessões de treinamentos o modelo já conhecido pela grande maioria do elenco.

Jesus ainda está desempregado e vem ao Rio de Janeiro para o Carnaval fora de época. É a chance de consertar o erro de 24 horas, entre a decisão de contratar Paulo Sousa e a demissão pelo Benfica do grande alvo da viagem dos dirigentes rubro-negros.



O Flamengo precisa, nem que seja para dar errado e concluir que 2019 foi uma enorme conjunção de eventos que construíram aquela jornada espetacular, de cinco títulos e quatro derrotas. Não dá mais para andar em círculos acumulando fracassos.

Flamengo, Jorge Jesus, errado

566 visitas - Fonte: Uol


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Luciano Silva     

Com certeza, esse time precisa de Jorge jesus imediatamente, se não da certo ficará comprovado que o problema é o grupo e não o treinador.

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