Depois de duas derrotas e um empate, o Flamengo conseguiu quebrar a sequência negativa e voltou a vencer na noite de quarta-feira no Maracanã, contra um organizado, porém modesto, Amazonas em sua estreia na Copa do Brasil. Mas, convenhamos, não deu nem para a torcida comemorar.
Começando pelo placar: 1 a 0 magrinho, sem aproveitar o fator casa para construir um saldo de gols, que inclusive poderia fazer do jogo da volta uma rara oportunidade de poupar peças, como prega a "ciência" em meio à exaustiva maratona. E como o Flamengo não o fez, por exemplo, na segunda partida da final do Carioca contra o Nova Iguaçu, após abrir uma vantagem de 3 a 0 no duelo de ida.
Passando para a atuação. "Ah, foi 1 a 0 só, mas o Flamengo criou 57 chances de gol, finalizou 82 vezes, e o goleiro dos caras fez 35 milagres". Óbvio que isso é um exagero, mas é só para mostrar que um mesmo placar tem peso diferente de acordo com o desempenho. E uma coisa que não se pode negar é que foi uma vitória justa. O burocrático Flamengo não jogou para fazer e merecer mais, enquanto o Amazonas sequer ameaçou para tentar buscar o empate.
Entrando agora no aspecto emocional (ou anímico, como às vezes se prefere usar no meio do futebol). Era o jogo ideal para se recuperar a confiança depois de uma semana ruim e antes de iniciar uma sequência pesada com duas partidas seguidas fora de casa, Libertadores e clássico com o Vasco.
Se o Flamengo tivesse amassado o Amazonas, independentemente do placar, ou tivesse goleado mesmo sem uma grande exibição, a moral iria lá em cima novamente. E por fim, o fator torcida. Com os questionamentos aumentando sobre o trabalho de Tite ultimamente, era a chance de puxar a massa rubro-negra para o seu lado novamente.
Ainda mais com todo o clima gerado pelo retorno de Gabigol após o ídolo obter um efeito suspensivo para voltar a jogar. Só que até isso foi ofuscado. A festa se transformou em vaias no intervalo do jogo, e o descontentamento subiu o tom nos minutos finais, com xingamentos ao técnico e protestos contra o time.
Por que aquela equipe que encantou no Carioca parou de render? Digamos que depois do estadual o Flamengo fez dois excelentes primeiros tempos contra Palestino e São Paulo, ambos no Maracanã, e parou por aí. É claro que existe uma diferença grande de nível de enfrentamento, porém, o Rubro-Negro está devendo mais do que os méritos dos adversários.
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