André Santos não faz mais parte dos planos do Flamengo. A diretoria decidiu encerrar o contrato do atleta dois dias depois de ele ser agredido por membros de uma torcida organizada em Porto Alegre. A rescisão só não foi anunciada oficialmente porque ainda não está assinada. Segundo o lateral, a vontade de terminar o vínculo foi do clube. O ex-jogador Roger Flores criticou a diretoria do Fla pela decisão.

– A questão do André é lógica: quando se rescinde o contrato de um jogador depois de um episódio desse, você dá total razão à torcida. Mostra que o torcedor tem influência, torcedor entre aspas, a torcida organizada mostra influencia diretamente na decisão de um clube.

– Agora em relação à rescisão é uma coisa fácil de decifrar. O André tem mais um ano de contrato, deve ter sido chamado, foi comunicado que não faz parte dos planos do Flamengo, aí encosta o jogador, o clube não passa a informação que rescindiu, porque se der essa informação tem de, automaticamente, pagar o contrato inteiro e mandar o André embora. Então faz o André treinar separado para que ele arrume um clube daqui a pouco e aí faz um acordo para que o Flamengo não gaste esse dinheiro todo – disse.
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Já o comentarista Lédio Carmona tem dúvidas se a pressão da torcida organizada realmente influenciou na decisão da diretoria, já que a atual gestão cortou benefícios e enfraqueceu a relação com este grupo.

– Essa questão do Flamengo com as torcidas organizadas tem de ter um pouco de cuidado porque esta diretoria sempre se manteve distante das organizadas. Inclusive ela cortou benefícios. Por isso esta diretoria recebe muita resistência das arquibancadas. A torcida reclama que essa diretoria cortou ingresso, cortou isso, cortou aquilo. Então eu não tenho tanta certeza de que a diretoria do Flamengo está dispensando o André Santos para ficar ao lado da torcida. Acho que ela aproveita a oportunidade. O André Santos não vivia um bom momento tecnicamente.

Para o apresentador do “Arena SporTV”, Alexandre Oliveira, com influência ou não da torcida, a decisão foi deselegante. Para ele, o mais certo seria o clube manter o vínculo com o jogador e colocá-lo para treinar separado até que um novo contrato fosse assinado, tudo a fim de não justificar a atitude lamentável dos torcedores que agrediram André Santos.