Léo Moura e Eduardo da Silva, dupla é inspiração para jovens que sonham em jogar futebol. Foto: Gilvan de Souza / FlaImagem
Quando a garotada da Vila Kennedy vê Leonardo Moura e Eduardo da Silva em ação pelo Flamengo - que neste domingo encara o Corinthians, às 16h, no Maracanã -, automaticamente enxerga uma luz no fim do túnel. O exemplo de quem deixou a comunidade carente na Zona Oeste do Rio para ter o nome gritado no principal estádio do mundo, diante das duas maiores torcidas do país, ilumina caminhos. É na trilha dos astros da bola que os meninos da favela evitam os becos escuros e sem saída do dia a dia.
“Para mim, é um sonho e motivo de orgulho. Sei o quanto esse projeto faz bem para a criançada e as afasta das drogas e do crime. Espero que possam ver um futuro ali e que saiam mais Leonardos e Eduardos. Mas o mais importante de tudo é o cidadão formado”, afirmou o capitão rubro-negro, dono da Escolinha de Futebol e Cidadania Léo Moura, que beneficia cerca de 400 crianças da Vila Kennedy.
Garotada treina no projeto social de Léo Moura para seguir o mesmo caminho dos ídolos. Foto: Carlos Moraes
“Sempre que posso vou lá. Tenho amigos na comunidade, a mãe da minha esposa mora lá, e sei que eles têm orgulho de ver o Eduardo e eu no Flamengo. Eles veem como um sonho possível”, completou.
Nas palavras do menino Gabriel, 13 anos, o sonho de Léo Moura ganha forma: “Eu era muito agitado, não queria saber de estudar, mas, depois que comecei a jogar, tudo mudou. O professor dá conselhos e ajuda a gente não só no campo.”
Gabriel, de 13 anos, já melhorou comportamento na escolinha e quer vencer no futebol. Foto: Carlos Moraes
Para Eduardo da Silva, a fantasia virou realidade. Após não vingar em clubes como Bangu e Ceres, ele se destacou no Campeonato de Favelas, da CBF. Com 16 anos, recebeu convite para uma peneira, na qual foi descoberto por um empresário. Ele embarcou para a Europa, morou oito anos na Croácia e depois defendeu o Arsenal (Inglaterra) por quatro temporadas, até pousar no Fla.
“Fico feliz de dar exemplo para a garotada, como o Léo Moura foi para mim. Ele já era conhecido na época, jogava na Bélgica. Tinham outros, como o Nélson, que foi do Vasco. Eles me motivaram a seguir na linha certa. Conheci muitos com talento que foram para o caminho errado”, disse Eduardo.
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