O empate de ontem teve sabor de derrota. Não há outra expressão, ainda que clichê, que defina melhor a sensação dos rubro-negros ontem.

Após um primeiro tempo muito bom, contra um time completamente perdido, o Flamengo voltou para o primeiro tempo com a síndrome de Robin Hood, a qual comentei na última coluna: tira pontos dos grandes e dá aos pequenos.

E aqui quero deixar claro que o Palmeiras não é um time pequeno, mas pela posição na tabela e pelo time que tem, pode ser considerado nesse campeonato como tal.

E o “mole” do Flamengo ontem tem nome e sobrenome: Vanderlei Luxemburgo.

O treinador mexeu na equipe para a segunda etapa, tirando Cáceres, que é o equilíbrio do sistema defensivo, e colocando Amaral, apenas porque Cáceres já tinha o cartão amarelo.

Só por essa mudança o Flamengo ficou desconfigurado. E sofreu o empate rapidamente.

Vale ressaltar aqui a falta de critério de Vanderlei.

Em primeiro lugar porque não se pode tirar no intervalo um jogador apenas porque tem cartão amarelo. O jogador pode muito bem atuar tendo esta consciência.

Em segundo lugar, não entende o treinador ter escolhido Amaral. Quando Cáceres serviu ao Paraguai ou esteve fora por cartão, o substituto foi Recife, e não Amaral.

E em terceiro lugar, após perder o meio colocou Luiz Antônio no lugar de Eduardo da Silva e ao invés de compor mais o meio campo, o volante foi visto mais no ataque do que em sua posição, mais à frente até do que Canteros.

Canteros que, aliás, fez sua melhor partida desde que chegou ao Flamengo. Um gol e bons passes. Um inclusive para Elton, que poderia ter dado a vitória ao time após a expulsão de Valdívia.

Só pra constar, Léo Moura, no primeiro gol do Palmeiras, falhou feio.

Depois do primeiro tempo de ontem, a torcida do Flamengo com certeza foi dormir com o sentimento de derrota. E o pofexô deve rever o VT do jogo não para mostrar os erros aos seus jogadores. Mas para rever o próprio erro.

SRN