Flamengo levou calote em venda de Brocador e quer abrir inquérito

Completado um mês da ida de Hernane para o Al Nassr, dos Emirados Árabes, o Flamengo ainda não recebeu o pagamento equivalente aos direitos federativos do atacante, que gira em torno de R$ 14 milhões, sendo que parte do valor seria repassada aos cofres rubro-negros, já que os cariocas têm metade dos direitos do jogador, e o restante seria dividido entre o empresário do Brocador, Paulo Pitombeira, e a Energy Sports.

Tendo em vista que expirou, na última sexta-feira, o prazo que a diretoria tinha para explicar a transação ao Conselho Fiscal, o vice-presidente do Fiscal do clube, Olavo Amorim, deve pedir abertura de inquérito para o caso.

O pedido para a instauração da investigação é reforçado pela interferência de Fernando Gonçalves, ex-diretor da Traffic, na negociação de Hernane com o Al Nassr. Membros da oposição flamenguista têm o intuito de verificar se Gonçalves recebeu algum tipo de benefício pela conclusão da negociação.

A cada semana, a diretoria do clube árabe define um novo prazo para efetuar o pagamento dos direitos do atacante, mas nenhuma das datas está sendo cumprida. Apesar de estarem descontentes com o impasse, os cartolas rubro-negros não consideram ir à Fifa para cobrar os direitos, temendo que o trâmite na entidade retarde ainda mais o pagamento da dívida.