OFF- Lembra Dele? Ex-América-RN e Fla, Souza recorda duelo que o revelou

1/10/2014 08:26

OFF- Lembra Dele? Ex-América-RN e Fla, Souza recorda duelo que o revelou

OFF- Lembra Dele? Ex-América-RN e Fla, Souza recorda duelo que o revelou
Souza vestiu a camisa de oito clubes, entre eles América-RN e Flamengo (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)

Com expectativa de quebra de recorde de público da Arena das Dunas, o jogo entre América-RN e Flamengo, nesta quarta, às 22h (de Brasília), é aguardado com ansiedade em Natal desde que o sorteio botou os dois times frente a frente nas quartas de final da Copa do Brasil. O confronto traz boas lembranças ao ex-jogador Souza. Em 5 de março de 1993, com apenas 17 anos, o então meia se apresentou ao país ao dar duas assistências no empate por 2 a 2 entre América e Flamengo, no Machadão, em jogo válido pela primeira fase da Copa do Brasil.

O empate - com gols de Bebeto para o América-RN, e Junior e Paulo Nunes para o Flamengo - deu ao Mecão esperança para a segunda partida. Mas a goleada por 4 a 0 no Caio Martins, com gols de Paulo Nunes e Nílson, que balançou as redes três vezes, pôs fim ao sonho americano. Para Souza, aqueles dois jogos ficaram marcados em sua vida, pelo fato de enfrentar o clube pelo qual torcia desde a infância e, principalmente, jogar contra um dos seus ídolos, o hoje comentarista Junior.

- Nós empatamos o primeiro jogo em 2 a 2 e foi um jogão de bola. Foram dois passes meus para Bebeto. Eu estava surgindo no América com quase 18 anos, apesar de ter chegado ao clube aos 15 anos e já atuar como profissional. Era jogar contra um time que eu admirava e torcia desde criança. Enfrentar excelentes jogadores como Junior foi uma experiência muito boa para a minha carreira, mas não dava certo ficar pedindo a camisa ou autógrafo durante o jogo, porque estávamos em busca da classificação - recordou Souza, que após a partida disse ter conversado rapidamente com o ex-jogador do Flamengo, de quem se declara fã.

O encontro em Natal reuniu um público de cerca de 22 mil torcedores. Em campo, Souza conta que viu a habilidade de Junior ao passar entre os adversários e abrir o placar, aos 13 minutos do primeiro tempo. O empate do América foi aos 40 minutos. Após boa jogada individual na grande área, Souza cruzou e o atacante Bebeto, seu primo, completou de cabeça. A virada alvirrubra aconteceu aos 23 minutos do segundo tempo, quando Souza deu outro belo passe para Bebeto, que driblou o goleiro Gilmar Rinaldi - hoje coordenador de seleções da CBF - e mandou para as redes. No entanto, a vantagem americana durou apenas seis minutos. Aos 29 do segundo tempo, Paulo Nunes marcou o segundo gol rubro-negro.

- Pude mostrar bom futebol contra bons jogadores e craques, como Junior. Nós até que merecíamos vencer, por conta da boa apresentação que tivemos. Foram dois gols de Bebeto com duas assistências minhas. Esse jogo ficou marcado para mim e foi um dos mais importantes na minha carreira - conta o ex-meia, negociado com o Rio Branco-SP, de Americana, logo após o término do Campeonato Potiguar daquele ano. De lá, fez ponte para o Corinthians, em 1994.


Souza curte vida de ex-atleta jogando peladas com amigos (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)

Também com passagem pela seleção brasileira, o ex-jogador já foi campeão da Copa do Brasil pelo Corinthians, em 1995. Na oportunidade, o Timão levantou o troféu após a vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre. A equipe paulista tinha em campo Ronaldo, André Santos, Célio Silva, Henrique e Sylvinho; Zé Elias, Bernardo, Marcelinho Carioca e Souza; Viola e Marques.

- Foi um time espetacular. Vencemos aquela competição de forma invicta, com jogadores considerados verdadeiros craques no elenco, como Ronaldo, Zé Elias, Marcelinho Carioca e Viola. É uma competição muito importante para a careira de um jogador, porque envolve vários clubes de todo o país - ressalta o ex-jogador, que, aos 39 anos, voltou a morar em Natal após ter passado oito meses em Curitiba acompanhando a filha, de quatro anos, em tratamento médico. A menina sofre de doença congênita degenerativa, a Atrofia Muscular Espinhal (AME), que afeta as células da parte anterior da medula, ocasionando fraqueza aos membros superiores e inferiores do corpo.



Souza vestiu a camisa 10 rubro-negra, em 2005 (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)

Em 2005, após passar dois anos jogando no Krylya Sovetov, da Rússia, Souza voltou ao Brasil e deixou o coração falar mais alto. Aos 30 anos, vestiu a camisa 10 do Flamengo e participou da campanha que livrou o Rubro-Negro do rebaixamento naquele ano. O potiguar conta que a aventura em terras cariocas foi tensa e muitos amigos recriminaram a escolha, devido à situação do clube no Brasileirão, mas recorda com carinho a passagem pelo Rio de Janeiro.

- Voltei da Rússia depois da oportunidade que tive em jogar lá por dois anos e fui para o Flamengo. Vivi um sonho de vestir a camisa 10, tinha isso desde criança. Felizmente, consegui com muito sucesso, porque naquela época o Flamengo não estava muito bem e enfrentava problemas na zona de rebaixamento, e acabei indo para lá. Alguns me perguntaram o porquê de ir para o Flamengo, mas eu sempre dizia que ia realizar o meu sonho e só tinha aquela oportunidade. Graças a Deus deu tudo certo e nós conseguimos sair da zona de rebaixamento. Vencemos nove partidas e livramos o Flamengo do descenso.



Depois de ficar 13 anos longe de Natal, Souza voltou ao clube que o projetou em 2006. Na oportunidade, fez parte da conquista do acesso do América-RN à Série A do Campeonato Brasileiro. Além disso, ele ainda disputou a primeira divisão, em 2007, mas o time acabou rebaixado. O retorno dele para o Mecão foi, segundo o ex-jogador, para cumprir uma promessa:
vestir a camisa rubra de graça. Souza conta que ficou muito feliz com o carinho dos torcedores e, mesmo com as lesões, pôde mostrar que ainda jogava futebol em alto nível.


Souza encerrou a carreira de jogador de futebol no América-RN, em 2011 (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)

- No América-RN, ganhei o carinho dos torcedores e tive uma identificação muito grande com o público. Aconteceu tudo de uma forma bem natural. Cheguei aqui com o peso daquela frase de que ia jogar de graça no clube, e tudo coincidiu. Em 2005, estive no Flamengo, tive convites para permanecer, mas preferi voltar. Quando vim para cá, em 2006, paguei a promessa e até estendi mais um pouco. Joguei o Estadual e depois participei do acesso à Série A, quando fomos rebaixados no ano seguinte, infelizmente. Foi uma relação muito boa, sem a intenção de se aproveitar do clube, mas apenas para cumprir o que eu havia prometido aos torcedores.

Souza lembra que a passagem pelo Mecão no fim da carreira superou desconfianças e o deixou mais próximo dos torcedores.
- Acabou se tornando uma coisa muito bonita, uma identificação muito forte, e fico muito feliz por isso. No período do acesso, quando já estava encerrando a carreira, muitos não acreditavam (na promessa) mesmo que eu falasse que estava jogando sem ganhar remuneração, mas foi a minoria. Foi muito legal e sou muito feliz de ter recebido o contato do público potiguar, porque saí muito cedo de casa e acabei perdendo isso. Muitas pessoas não me conheciam e pude mostrar em campo o que eu fazia, além dos torcedores me verem de mais perto.

Depois, ainda tive uma última passagem, até me aposentar em 2011.



O jogo da próxima quarta-feira deixará frente a frente duas equipes com trajetórias bem diferentes nesta Copa do Brasil.

Enquanto o América-RN venceu quatro clubes – Boavista, Náutico, Fluminense (em um duelo marcado pela surpreendente goleada por 5 a 2 sobre o Tricolor, no Maracanã) e, por último, o Atlético-PR, vice-campeão da competição em 2013 -, o Flamengo teve apenas um adversário, o Coritiba, já que foi um dos representantes brasileiros na Copa Libertadores da América deste ano. Por outro lado, o Alvirrubro atravessa má fase na Série B e está a cinco pontos da zona do rebaixamento. Para vencer o Fla, o clube potiguar precisará de motivação extra para entrar em campo, pois o adversário segue embalado desde a chegada do técnico Vanderlei Luxemburgo, que conseguiu tirar o time da lanterna do Brasileirão.

Para Souza, o clima da Copa do Brasil e o calor da torcida a favor, no primeiro jogo em Natal, podem dar a vantagem ao Mecão. Mesmo assim, o ex-jogador considera que a partida vai ser muito difícil para o Alvirrubro. Souza dá a dica de atletas que poderão se destacar em campo, devido à importância para o elenco americano.

- Vai ser um grande jogo. O América-RN vem bem na Copa do Brasil, apesar de estar em momento ruim na Série B. Na Copa do Brasil, tem motivação a mais, e se cria um clima diferente para esse jogo. O time tem jogadores que já passaram por muitas equipes e com experiência. O jogo está em aberto e não tem favorito. O grupo tem destaques como Andrey, muito bom goleiro; o (Rodrigo) Pimpão está em ótima fase e marcando gols; o Max é decisivo no ataque; o Wanderson se mostra muito bem na lateral com velocidade. O Arthur Maia, um meia habilidoso, sofreu lesão séria e ainda está readquirindo a forma ideal. Se todos quiserem jogar de verdade, vai ficar difícil para o Flamengo - concluiu.


Ex-jogador de América-RN e Fla, Souza acredita que jogo será emocionante (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)

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