Anderson Pico chegou ao Flamengo quase que por solidariedade do técnico Vanderlei Luxemburgo. Desempregado após polêmicas e problemas com peso, pediu uma chance ao treinador e a ganhou. Teve um início animador e virou titular, mas com a saída do comandante, viu seu rendimento cair e passou a ser vaiado pela torcida.

O ápice da pressão aconteceu neste domingo, na derrota por 1 a 0 para o Vasco, na Arena Pantanal, em Cuiabá (MT). O jogador falhou no gol cruzmaltino ao errar o bote no lateral direito Madson e, a partir dali, ouviu protestos da arquibancada. Ele acabou sendo substituído ainda no intervalo por Cristóvão Borges, novo técnico do Rubro-Negro, e garantiu não se importar com o que ouvia dos torcedores cuiabanos.

"Nem um pouco. Estar no Flamengo é assim. É uma torcida diferente, a cobrança sempre vai ser maior. Pela colocação que a gente está, temos que doar um pouco mais", disse na saída de campo ao Premiere.

Enquanto atravessa seu momento de instabilidade, Pico vê crescer a sombra do jovem Jorge, que foi integrado ao elenco profissional na semana passada e se tornou um dos principais destaques da Seleção Brasileira sub-20 que foi vice-campeã mundial este mês. Internamente já há uma expectativa por seu aproveitamento, mas o técnico Cristóvão Borges adota cautela.

"Ele chegou recentemente. O momento é de grande dificuldade, muita cobrança e muita pressão. Então, você tem que cuidar um pouco do momento de lançar um jogador assim. É importante para ele ter oportunidade, mas onde ele possa se sentir mais à vontade para desempenhar e ter boa performance. Neste momento estamos muito pressionados, estamos precisando de resultados e não conseguimos nessas últimas rodadas. É esse cuidado que a gente tem que ter. Mas logo ele terá oportunidade", disse.

Nesta quarta-feira, o Flamengo, que está em 17º lugar, enfrenta o lanterna Joinville, na Arena Joinville, em Santa Catarina.