Editor do LANCE!
É precoce avaliar profundamente o trabalho do Cristovão Borges no comando do Flamengo. Mas, como no futebol brasileiro, são os resultados que mantém ou não um treinador no cardo, ele já começa a balançar, sim. Em seis jogos, foram quatro derrotas e duas vitórias. Só mesmo uma vitória convincente sobre o Joinville, nesta quarta-feira, fora de casa, para se segurar mais uns dias.

Mas aqui vai a minha opinião. Cristovão Borges é bom técnico, entende de tática... Mas não é suprassumo. Para ser técnico do Flamengo atual também é preciso dar “choque” nos jogadores e ter conhecimento do elenco, da base...

Se não é suprassumo, por que a diretoria não efetivou Jayme de Almeida depois da demissão de Vanderlei Luxemburgo? Não seria mais interessante? Ao menos, ele conhece bem a casa.

Sejamos justos em um ponto. Cristovão Borges não montou este elenco e mantém os pés no chão, não cria marra e muito menos sobe no salto, como muitos por aí – qualidades que servem para qualquer ramo.

O diretor de futebol Rodrigo Caetano e o então técnico Luxemburgo que são os responsáveis pelo plantel atual. Mas ele chegou (e aceitou o desafio) para resolver os problemas, que são crônicos, do time. Então, que trate de resolver.

Não é possível que não se consiga dar um jeito nas laterais. Luiz Antonio está quebrando o galho na direita, repito, só quebrando um ganho. Mas do lado esquerdo. Não é nem buraco e, sim, uma avenida, daquelas que tem quatro pistas.

Cabe ao treinador dar um jeito nisso. Ficou claro na derrota para o Vasco que Anderson Pico não vai aguentar o tranco até o fim do Brasileiro. Pode ser que faça uma boa partida de vez em quando. Mas não é o suficiente.

De quem é a culpa? É só do Cristovão? Cadê essa diretoria que não vê isso? Pincelou tanto o mercado, junto com Luxemburgo, que até agora não se tem bons laterais e volantes. Não se tem um time decente. Se cair, é só o técnico? E o diretor de futebol, que está lá para isso?

Trouxeram um lateral-esquerdo (Thallyson) cheio de referências. Cadê? Ah não! Já foi emprestado para o Fortaleza (CE). E mais: quem inventou essa história de que Jonas é Schweinsteiger (volante alemão campeão do mundo)? Ah sim! Ele foi apelidado “Schweinsteiger do Maranhão” por ter “brilhado” ano passado na Série B de 2014 pelo Sampaio Corrêa (MA).

E Márcio Araújo? Bom, melhor para por aqui... É muito sofrimento para o torcedor rubro-negro, porque técnicos e diretores vem e vão, mas as mazelas ficam.