Precisou afundar o Flamengo em intensa crise e ficar ameaçado de perder o emprego para que Cristovão Borges, finalmente, aprendesse a escalar a equipe. Após ser derrotado pelo Vasco no fim de semana em Cuiabá, no Mato Grosso, o técnico rubro-negro, em Joinville, Santa Catarina, voltou atrás de opiniões e fez mexidas simples no time, mas que surtiram o efeito esperado para que retornasse ao Rio de Janeiro com os três pontos pela vitória sobre o Joinville, na noite de quarta-feira.

Ao ser questionado no domingo o motivo de ter mantido Anderson Pico na lateral esquerda e deixado Jorge no banco, Cristovão Borges afirmou que não queria queimá-lo. Mudou de ideia e Jorge foi um dos principais nomes do Flamengo na vitória. Seguro, conseguiu colocar velocidade nas jogadas e não atrapalhou a equipe. Assim como o estreante Ayrton, na outra lateral.

No meio para frente, Cristovão colocou o Flamengo mais ofensivo, abdicando da formação com três volantes e colocando um meio de campo. Gabriel e Everton alternaram na posição durante a partida e mostraram oportunismo no lance que resultou no gol de Emerson Sheik. O responsável pelo gol da vitória, aliás, arrebentou com a defesa rival. Praticamente foi parado somente por meio de falta.

E aí, Cristovão Borges, qual era a dificuldade de ter feito antes estas mudanças? O Brasileiro deste ano está chegando na metade e o Flamengo perdeu muitos pontos que podem fazer falta no fim da temporada justamente por estes erros de escalação. O time deixou um pouco a apatia de lado e voltou a jogar, ao menos, de forma respeitável. A vitória apenas amenizou a crise que assombra a Gávea, é necessário agora que a equipe consiga uma sequência. Não invente, Cristovão!