Fla crescente, mas inconstante: 12 motivos para acreditar ou não em G-4

3/9/2015 20:06

Fla crescente, mas inconstante: 12 motivos para acreditar ou não em G-4

A quatro pontos da zona da Libertadores, Rubro-Negro tem foco definido e confia no apoio da torcida e em suas estrelas, mas vê erros, desfalques e eleições atrapalharem

Fla crescente, mas inconstante: 12 motivos para acreditar ou não em G-4
Torcida do Flamengo abraça o time em momentos cruciais (Foto: André Durão)

O Flamengo conquistou a terceira vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro ao bater o Avaí por 3 a 0 em Natal, na noite de quarta-feira. Apesar da dolorosa e recente eliminação para o Vasco na Copa do Brasil, o time vem numa crescente, chegou à oitava posição - pode ser ultrapassado pelo Santos nesta quinta - e reduziu a diferença ao G-4 para quatro pontos.

O Rubro-Negro não figura no grupo dos classificados à Libertadores desde a última rodada de 2011, e boa parte da torcida está empolgada com a possibilidade de enfim aparecer por lá novamente. Mas será que dá? Muitos rubro-negros, por outro lado, não veem potencial suficiente no time atual. Listamos motivos para acreditar ou não em Flamengo no G-4. Veja a seguir.

=============== POR QUE ACREDITAR EM G-4:

1- FORÇA DA TORCIDA

A torcida do Flamengo costuma abraçar o time quando sente a possibilidade de uma arrancada. Aconteceu isso em 2009, quando o time saiu do meio da tabela e acabou campeão brasileiro. O papel da arquibancada foi fundamental e se refletiu no campo. Naquele ano, o Fla estava na 10ª posição ao fim da 22ª rodada, a cinco pontos do quarto colocado. Agora a diferença para o G-4 é ainda menor, de quatro pontos. Somando um bom desempenho em casa aos bons resultados que o time já tem conquistado fora de seus domínios, a subida na tabela passa a ser provável.

2- TREINADOR NOVO, ÂNIMO NOVO

A troca de treinador deu ânimo novo ao Flamengo. Apesar do carinho de jogadores e parte da diretoria por Cristóvão Borges, o técnico não tinha mais clima com a torcida após acumular maus resultados. Com Oswaldo de Oliveira, o time foi eliminado da Copa do Brasil - ele estava no comando no segundo jogo contra o Vasco -, mas apresentou evolução e venceu três seguidas pela primeira vez no Brasileirão (2 a 1 no São Paulo, 1 a 0 no Sport e 3 a 0 no Avaí). Com tranquilidade para trabalhar, Oswaldo pode fazer a equipe engrenar.

3- FOCO TOTAL NO BRASILEIRO

É claro que seria melhor para o Flamengo seguir na Copa do Brasil e tentar conquistar o título da competição. Mas, se há um lado bom na eliminação, é poder concentrar todas as forças no Campeonato Brasileiro. O time só precisa se preocupar com um torneio até o fim do ano e terá uma semana para descansar quando houver jogos da Copa do Brasil, ao contrário de Fluminense, São Paulo, Palmeiras e Santos, por exemplo, adversários diretos pelo G-4 e que seguem disputando em duas frentes. O Atlético-PR, outro adversário direto, está na Sul-Americana.

4- DESPERTADOR GUERRERO

O Flamengo demorou a acordar no Campeonato Brasileiro, e foi a partir da chegada de Guerrero que isso aconteceu. O peruano não foi bem em alguns jogos e ficou fora de outros, mas no geral tem sido muito importante. Se contarmos somente desde a rodada em que ele estreou (12ª), o Rubro-Negro só fez menos pontos do que o líder Corinthians (22 contra 29) - o Santos, com 20 pontos, pode chegar a 23 se vencer a Chapecoense nesta quinta-feira na conclusão da 22ª rodada. A pontaria na maioria das vezes afiada, a presença de área de Guerrero e o respeito que ele impõe aos adversários mudaram a cara do Flamengo. A chegada um pouco antes do também badalado Emerson Sheik, outro diferenciado tecnicamente, também contribuiu muito.

5- ESTRELA DOS ATACANTES

O meio-campo rubro-negro conta com a boa fase de Alan Patrick e algumas boas atuações de Ederson, mas está no ataque a maior esperança do time. Guerrero e o também badalado Emerson Sheik são donos de currículos vitoriosos, além de serem jogadores decisivos. O peruano fez o gol que deu o título mundial ao Corinthians, enquanto Sheik decidiu a Libertadores para o clube paulista. Está pouco?

6- INCONSTÂNCIA DA CONCORRÊNCIA

Ao passo que o Flamengo vem numa crescente de resultados, os adversários diretos pelo G-4 não conseguem emplacar uma série de vitórias e sofrem mais derrotas do que planejavam. Palmeiras, São Paulo, Fluminense e Atlético-PR já viveram momentos melhores no Brasileiro. O Flu, por exemplo, recentemente perdeu três partidas em quatro e continuou na quarta posição, por conta da "gordura" que fez no início do torneio. O Santos é quem vem na maior crescente e aparece como forte concorrente à Libertadores. O melhor momento do Fla parece que ainda está por vir.

=============== POR QUE NÃO ACREDITAR EM G-4:

1- PÉSSIMO ANO ATÉ AQUI

O Flamengo soma duas eliminações em 2015, uma no Carioca e outra na Copa do Brasil. Para piorar, ambas foram para o Vasco. O fato de o Cruz-Maltino estar em péssima fase só aumenta o questionamento em torno das quedas frente ao rival. Nas duas competições, assim como na primeira metade do Brasileiro, o Flamengo teve atuações muito ruins de forma geral e jamais transmitiu confiança para a torcida. Somente algumas performances se salvaram. O time é muito inconstante. Quando parecia que poderia engrenar após alguns bons resultados, caiu na Copa do Brasil.

2- ERROS DA DEFESA

Antes das vitórias sobre Sport e Avaí, onde não foi vazado, o Flamengo chegou a levar oito gols de bola aérea em sete partidas consecutivas. Os zagueiros eram trocados, mas se revezavam também nas falhas. O grave problema se tornou o ponto fraco do time. A proteção à zaga é outra área que deixa a desejar. Os volantes não estavam acertando a marcação, o que sobrecarregava quem estava mais atrás. Apesar dos dois últimos jogos, o sistema defensivo ainda carece de muita atenção por parte de Oswaldo de Oliveira.

3- ELEIÇÕES FERVEM ANTES DO TEMPO

As eleições presidenciais serão somente no fim do ano, após a disputa do Brasileirão, mas o clima esquentou bem antes disso. A Chapa Azul se dividiu e criou oposição ao presidente Eduardo Bandeira de Mello, encabeçada por Wallim Vasconcellos. Cacau Cotta corre por fora. A troca de farpas entre os candidatos não só começou, como está intensa. E o futebol está diretamente ligado. Numa manobra política, Bandeira nomeou Gérson Biscotto como vice-presidente de futebol, cargo dos mais importantes da diretoria, e com isso trouxe apoio político do grupo ao qual ele pertence.

4- ELENCO REDUZIDO

O clube trouxe Guerrero, Emerson e Ederson durante o Brasileiro, mas perdeu peças importantes, como Cáceres, Alecsandro e Eduardo da Silva. Não há muitas opções de qualidade no banco de reservas, principalmente no setor defensivo. Com elencos mais encorpados, os concorrentes estão à frente do Flamengo nesse ponto. Contra o Vasco, na Copa do Brasil, por exemplo, o time se perdeu após as saídas de Guerrero e Ederson ainda no primeiro tempo.

5- DESFALQUES IMPORTANTES

Guerrero desfalcou o Fla nas duas últimas partidas por conta de uma torção no tornozelo direito e deve ficar fora por mais dois jogos. O atacante ainda desfalcará o time provavelmente mais duas vezes por conta das Eliminatórias, onde defenderá a seleção peruana. O camisa 10 Ederson, por sua vez, sofreu lesão muscular na coxa esquerda e não tem previsão de retorno por enquanto. Paulo Victor já perdeu mais de dois meses por lesão no Brasileiro, entre outros casos. São jogadores importantes que fazem muita falta à equipe.

6- BAIXO APROVEITAMENTO EM CASA

O Flamengo melhorou o desempenho em casa ao vencer as três últimas partidas com mando de campo, mas os números ainda são ruins. No Brasileiro de 2015 são cinco vitórias, dois empates e quatro derrotas. Em 2011, quando ficou em quarto lugar, o time sofreu apenas três derrotas em casa durante todo o campeonato - também teve nove vitórias e sete empates. No ano passado, com campanha modesta de meio de tabela, o Fla sofreu em todo o torneio o mesmo número de reveses em casa que tem até aqui em 2015 - foram 10 vitórias, cinco empates e quatro derrotas.

1292 visitas - Fonte: Globoesporte


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