Eleição no Flamengo: Mandam uns dez no futebol atualmente, diz Wallim Vasconcellos

29/11/2015 14:09

Eleição no Flamengo: Mandam uns dez no futebol atualmente, diz Wallim Vasconcellos

Eleição no Flamengo: Mandam uns dez no futebol atualmente, diz Wallim Vasconcellos
Candidato original da Chapa Azul na eleição que consagrou Eduardo Bandeira de Mello como presidente do Flamengo, Wallim Vasconcellos hoje está em lado oposto ao do antigo aliado. Apoiado por boa parte dos caciques que deram as diretrizes iniciais da atual gestão, ele quer mudança na forma de gerir o futebol e detalha os porquês da divisão que tornou boa parte do clube rubro-negro partido entre verdes e azuis.

Porque você quer ser presidente do Flamengo?

Estou representando um grupo que, em 2012, disputou a eleição e a gente entendia que o Flamengo deveria ter mudado. Havia uma indignação com a situação. Ou a gente vai para lá ou esquece o Flamengo. Juntamos pessoas bem resolvidas profissionalmente que podiam se dedicar. Era um grupo coeso, com todos na mesma direção. Isso foi fundamental. Não tinha voz divergente. A gente começou a notar uma diferença de postura do Bandeira, não acatando decisões do grupo, da maioria. Foi uma vez, duas, três. O Bap (Luiz Eduardo Baptista) saiu por conta disso. Aí o Bandeira começou a me escantear. Vi que as coisas que eu falava não eram ouvidas. Ele decidia sozinho, com o Fred Luz (CEO do Flamengo). Queremos resgatar o que foi aprovado em 2012. Hoje é o poder pelo poder, com alianças com personagens do passado. As urnas definiram que não queriam mais essas pessoas. Essas alianças vão levar o Flamengo a ser ingovernável se o Bandeira ganhar.

Porque ingovernável?

Kleber Leite pensa de uma maneira, Patricia Amorim, Marcos Braz, Márcio Braga, SoFla, FAT. Como governar com cada pessoa dizendo para seguir em uma direção? São pensamentos diferentes. Como vai terminar isso? Vai ter briga na diretoria? Ano passado o Márcio botou o pé na porta e o dedo na cara do Eduardo e pediu o Kleber Leite no futebol. Vai ser assim? Enquanto a gente estava lá, isso não funcionou. Se cada um quiser uma coisa, todo mundo quer mandar.

Existe possibilidade de reconciliação após a eleição?

Não volta. Esse Flamengo não vai dar certo. Não adianta chamar. O Flamengo é viável gerido com seriedade. Essas pessoas do nosso grupo vão trazer credibilidade. Mas não vamos ganhar a qualquer custo. Não vou jogar sujo. Se a gente não ganhar, a nossa vida segue. Do lado de lá, talvez vá piorar.

Nas decisões práticas do Conselho Gestor, como era esse consenso? É o modelo melhor mesmo?

Se tem consenso ou maioria vence. Qualquer decisão. Vários pontos fui contra e perdi. Ia dar entrevista dando os motivos, defendia o que era acordado.

O Eduardo respeitou isso até que ponto?

Funcionou bem até o fim de 2014. O primeiro episódio foi da cota extra. A maioria decidiu que não faria. Ele quis levar para o Conselho Deliberativo e perdemos, foi um desgaste desnecessário. Acordo com a Federação para jogar no Maracanã a R$ 40: ele fez acordo e soubemos no dia seguinte. A ida na Federação, que quando ele foi, terminou xingado. Falamos para não ir, para mandar advogado. Ele foi. Desgastou a imagem do Flamengo. E virou uma questão pessoal. Está rompido e o clube não ganha nada com isso. Três acordos no grupo e ele fez diferente. Isso causou a saída do Bap. No futebol, a maioria das vezes foi respeitado. Acho que tem alguém em volta dele, o pessoal do SoFla, que tem um projeto de poder, e o Eduardo é o cara, porque conseguem controlar. Depois que eu saiu fui falar com ele, que tinha mais tempo. Ele perguntou se eu tinha falado com alguém. Ele não só nunca falou com ninguém, mas se viu ameaçado com uma possível candidatura minha.

Ele se antecipou e armou a candidatura com o SoFla em 2014, e eu nem pensava nisso ainda. Só pode ter sido isso. Se o Bandeira tivesse mantido a postura, os acordos, não tinha problema de continuar com ele e hoje estaria eleito.

O que você acha do grupo SoFLa?

O SoFla tem muita gente boa, a maioria é massa de manobra de um pequeno grupo, que está lá para um projeto de poder.Tem gente do SoFla trabalhando lá, que está desempregado esperando o Bandeira se reeleger, que trabalha em outro lugar e está carregando a mala do Bandeira para arrumar uma vaga. Eles querem ser os donos do Flamengo. Não tem nenhuma capacidade. Analistas do BNDES de terceiro escalão, pessoas que não têm experiência para gerir nada. Subiu à cabeça. Tem pessoas boas que podem ser aproveitadas. Mas tem pessoas que te elogiam há seis meses, e agora você não presta mais. Não vão se perpetuar no poder porque não tem condições de gerir. Na primeira dor de barriga não vão saber para onde ir. Nem o Bandeira. Ele foi chefe de seção de meio ambiente do banco, e quer cortar as árvores todas do clube. Flamengo é complexo. Tem que ter cabelo branco, ser careca e, na hora do sufoco ter cabeça fria. Eu, modéstia a parte, fui diretor do BNDES e coordenei uma porrada de operação complicada.

Esses meninos com o (dirigentes do) passado, imagina a festa que vai ser? Alguns são bons de cabeça. Seria uma caminho natural de sucessão. Formar líderes, dirigentes dentro de uma filosofia. Os caras quiseram pular dez, quinze anos na frente, e vão meter os pés pelas mãos. O marketing não subiu nada, a Jeep veio por um sócio, que chegou para mim pedindo para apresentar e foi remunerado por isso. Mais nada. Financeiro, já pegaram R$ 13 milhões e até o fim do ano terão que pegar mais empréstimos para pagar salário. Já começou a ter buraco no fluxo de caixa. Não se anteciparam. A atitude foi passiva. Vamos ter anos difíceis. Tem que ter gente com relacionamento pessoal, profissional, com experiência em situações de crise com o menor dano possível.

Vai cair o investimento, orçamento?

A chapa azul prevê no pior cenário que sobe o caixa. Onde estão morando? O financeiro tem que ser conservador. Está todo mundo cortando patrocínio. Se renovar com a Caixa e com a Jeep, o que seria ideal, se for pelo mesmo valor já seria menos por causa da inflação do período. Se eles oferecerem menos, dependendo do que for pega logo, pois não sabe se vai ter outro.

Já tem conversas com empresas interessadas em patrocinar o Flamengo?

Espera que a Caixa renove. Não renovaram ainda. As empresas não se manifestaram. Ou não vão fazer nada ou estão em dúvida, ou estão esperando a eleição. Será que vai voltar a bagunça? . Um ex-patrocinador do Flamengo da época do Ronaldinho disse que não bota mais dinheiro porque nada foi cumprido. Vai voltar para as páginas policiais? Eu esperaria. Vê quem são as pessoas. De repente preferem botar dinheiro na Olimpíada. Espero que não. É importante ter marcas fortes, no Brasil e no mundo. O trabalho era para isso. Mostrar credibilidade. Tudo depende das pessoas. A melhor marca precisa de gente de credibilidade.

Será um ano de investimentos menores?

Se a gente ganhar, o Paulo Dutra (financeiro do Flamengo) vai nos passar um relatório. Se tem que pegar mais empréstimo, como está o fluxo de caixa. Em seis meses é difícil que alguém tenha feito alguma maluquice. Espero que não tenham renovado contratos ou contratado alguém. Se tiver feito, vamos colocar para o público. Daqui a três anos, dependendo, talvez não consiga recuperar mais. As pessoas não vão voltar para consertar tudo de novo.

Tem que mudar o futebol em quê? Vocês anunciaram o apoio do Zico apenas...

A gente assinou um pré-contrato. Não é de jogador. Para compor a cúpula do futebol. É um absurdo que fazem com o Oswaldo. Falta de respeito. Ele veio para o Flamengo, é honrado e competente. Cadê o vice de futebol? Não fala. Demite logo e deixa o Jayme (Oswaldo mfoi demitido após esta entrevista ser realizada).

Vocês preveem o que nessa estrutura?

O Comitê de Futebol seria enxuto, para definir estratégia e orçamento. Eu, Landim, Tostes, Bap. O diretor executivo é o Rodrigo Caetano, e um gerente subordinado para o campo, para relacionamento com jogadores. Agora, se não tiver o CT pronto não adianta nada, e em seis meses vai estar. Hoje é uma vergonha aquilo lá. E o da base em três anos. Vai fazer com dinheiro do fluxo de caixa, ou projeto com a Caixa, BNDES. Podemos comportar um financiamento para dez anos. Tem que fazer investimento na parte científica.

O nosso modelo é do laboratório do Milan. O Renato Augusto foi recuperado. O Ederson veio machucado, está com algum desequilíbrio. É fundamental investir em tecnologia e equipamento. Não adianta um timaço sem estrutura.

O que acha do contrato do Flamengo com o Maracanã?

Na época, não tinha estádio. Se tivesse Engenhão, não fechava com o Maracanã. Mas estava fechado e ninguém me convence que foi necessário. Foi feito contrato de três anos, não é o melhor, mas agora tem o Engenhão, e o Maracanã pode ser devolvido. Se o Estado licitar, vamos concorrer. Temos investidor para bancar os custos. São R$ 5 milhões por mês.

Como o investidor banca?

Pode botar o naming rights. Pode ser o desenho do Palmeiras, jogar e ficar com a renda toda, o investidor lucra com a marca exposta.

Na Gávea não há como se fazer algo?

Espero aprovar projeto para derrubar aquela arquibancada, que tenho medo de cair, por uma coisa mais baixa, com os mesmos 10 mil lugares. Aumentar para 20 mil lugares não resolve, gasta dinheiro para não resolver. Se tiver que fazer estádio, vou pegar o dinheiro e levar para outro lugar. Com essa grana vou comprar jogador, terminar o CT. Agora, se tem empresa que faz para 10 mil pessoas para shows e bancar, beleza. Joga os juniores. Para o profissional não vale a pena. A gente quer fazer um estádio. Precisa de um terreno. Já busquei, encontrei um no Centro e na Barra. E tem que ter projeto aprovado pela Prefeitura. Difícil, porque o Maracanã vai ‘micar’.

A resistência vai ser grande. Pode fazer um estádio de 45 mil, e joga no Maracanã alugando, para um público de 80 mil. A ideia é fazer estádio com um shopping, com receita todo dia, que possa dar como garantia também em algum empréstimo. Posso vender por 10 mil para torcedor usar por dez anos 30 mil lugares, são R$ 300 milhões, mais que metade do valor para fazer o estádio. Isso se não vender o naming rights, que pagaria tudo. Não pode ter vida no estádio só no dia do jogo. Tem loja, restaurante, cinema. Pode fazer um tour, museu.

No Maracanã daria para fazer isso?

Teria alguém para bancar o custo, se a empresa quiser fazer, faz. Eu não pretendo pagar ao Estado para ficar com o Maracanã. Tem que ver se o investidor paga o custo e um valor para o Estado. O empréstimo não é problema, podemos refinanciar os R$ 26 milhões pegos adiantados. Para construir tem que montar um produto e vender. Muito mais grana do que pegar o Maracanã, por exemplo.

O futebol vai ser reformulado, afinal?

O Landim é o vice de futebol. Ele está acostumado a liderar pessoas. Respeita e recebe respeito. Olha no olho. Vai ter o comitê para definir planejamento. Treinador precisa ser ganhador, mas que ainda tenha vontade de ganhar, que quando perde sai chutando cadeira de raiva, chateado. Não pode ser passivo. Ser atualizado com o que de mais moderno se faz no mundo em termos de treinamento, metodologia, filosofia, para ser respeitado pelos jogadores. E que nos ajude a montar integração com a base, passagem sem trauma, mais que um treinador, um "manager".

O Vanderlei não fazia isso? Ele disse que a diretoria não entendia nada de futebol...

Eu acho que nem ele entende, ainda mais depois aquele jogo com o Atlético-MG. Eu tive pouco contato. Mas ele é inadministrável. Como podemos ter quatro laterais esquerdos? Pico, Armero, Thallyson contratados. Se eu estivesse lá não trazia. Pode ir embora. É uma pessoa, segundo o pessoal da época, inadministrável.

Vale um técnico estrangeiro?

Tivemos técnicos estrangeiros bem sucedidos. Se for um Guardiola, é motivador para o jogador. Ter um cara que é referência. Que pode melhorar o desempenho do jogador, da comissão técnica, que tem que rever. A parte médica tem que rever, tem tanto jogador machucado porquê? É o médico ou a falta de equipamento? Quando eu saí não tinha essa avaliação. Poderia ter feito, poderia, mas tinha tanta coisa para fazer. Não tem estrutura? Não tem um salário decente? Provavelmente é isso. Não tem incentivo a atualização, intercâmbio, ficam acomodados. O jogador mesmo sente que o cara está ali desmotivado, não faz a massagem certa, sente que a coisa está antiquada.

Se todos estão desanimados vai todo mundo para baixo. Landim tem larga experiência disso, para fazer uma avaliação. A base tem preparo, como é o trabalho? O Caetano deveria ter um relatório sobre isso, e o treinador tem papel importante.

Técnicos como Bauza, Sampaoli, agradam?

A gente adoraria ter o Sampaoli. Mas está no Chile e os custos ainda não são para nossa praia.

Tem dinheiro para um “novo Guerrero"?

Tem. Umas três peças para espinha dorsal e o time vai embora. Mas tem que ter comando, cobrança. Hoje tem quase dez mandando no futebol. Palpiteiros. Imagina a cabeça do Caetano. É um cara correto, com formação

Na sua gestão no futebol você tirou jogadores como Renato Abreu...

Renato Abreu fez um pênalti, botou a mão na bola, tirou a camisa, xingou a torcida, e foi para cima do Jorginho no vestiário. Não quero mais. O Mano ia entrar, Pelaipe ligou para o empresário e comunicou, botamos no site porque o Mano ia ser anunciado. Ia parecer que pediu para tirar o cara. Foi questão de "timing". O Jayme também foi. Era para dar cagada. Eu queria falar pessoalmente, mas tinha reunião no trabalho.

Eu não podia me dedicar ao Flamengo, avisei ao Bandeira. Como o Pelaipe ia sair também, era a decisão do grupo, tinha que ser os dois, marquei com eles no fim da tarde. Vazou, fazer o quê? Se demito por telefone seria sacanagem. Ele voltou, zero problema com o Jayme. A decisão foi do grupo, não foi minha. Jayme perdeu o vestiário. Eu avisei ao Bandeira que não dava para eu ficar. A coisa foi para o buraco. O fracasso foi por isso. Se eu saio quando falei para ele, depois do Estadual, estavam pedindo para eu voltar agora. Se eu não fosse parceiro do Bandeira, tinha largado, se vira. Ele pediu, fiquei até a Copa, mas não consegui me dedicar. Ele disse que não tinha problema.

O que achou do afastamento dos jogadores

Isso não começou agora. Se tivesse alguém no futebol, já chegava junto. Pode tomar a cervejinha, mas estamos no G-4, vamos lá. Ninguém deve ter falado. Estava ganhando tudo.

O clube se afastou um pouco das camadas mais populares da sua torcida?

Pode pegar parte do Norte e do Sul do Maracanã e distribuir para as partes mais caras do Maracanã. Se eu vender a final por R$50, o cambista vai vender por R$ 800.

O sócio-torcedor é excludente?

A chapa do Cacau tem visão populista, e o Flamengo não fica de pé. O Bap está vendo algumas situações para melhorar isso. Tem que ter benefícios em produtos de primeira necessidade.

É a favor do sócio-torcedor votar?

Muito mais gente votando seria ótimo. Meu sonho era uma urna em cada estado ou até pela internet, com mais de 1 milhão de pessoas.

O Flamengo disputa a Sul-Minas-Rio na sua administração?

Já ouvi que isso não vai para frente. A solução é um Estadual menor. A Liga tem de ser bem construída. Não pode ter um cara como o Alexandre Kalil (CEO da Liga e ex-presidente do Atlético-MG).

Como pretende lidar com a Federação de Futebol do Rio (Ferj)? Hoje o Flamengo está rachado com a entidade.

Não está. Está rachado o Bandeira com a Ferj. O presidente do Flamengo não está rachado. Tem que ter alternativa. Nunca pode ficar no córner. Não pode ter só uma opção. O Rubinho (Lopes, presidente da Ferj)não vai autorizar nem amistoso.

Quais são os pontos fortes e fracos da sua candidatura e a de seus opositores?

Ponto forte da nossa candidatura é o grupo que está comigo. E o mesmo pensamento do que quer para o Flamengo. É difícil avaliar a força dos outros grupos. Eles tem dinheiro. Kleber Leite é rico, Flávio Godinho é rico, Maurício Gomes de Mattos é rico. O problema deles é juntar muita gente diferente. O Cacau tem um projeto e acredita, é populista, mas legítimo. O que eu poderia dizer que é ponto fraco da nossa candidatura? Tem sempre que aprimorar. O nosso grande erro foi acreditar em pessoas que a gente achava que cumpririam os acordos.

Perguntas de Eduardo Bandeira de Mello para Wallim Vasconcellos

A Chapa Verde afirma que o futebol terá comando. O vice-presidente indicado por vocês passa mais de 20 dias por mês fora do país por compromissos profissionais. Por causa deles, inclusive, jamais esteve no centro de treinamento. A proposta de vocês é deixar o comando do futebol nas mãos de alguém que não dispõe de tempo para acompanhar o dia a dia?

Isto é mais uma das mentiras que a Chapa do Bandeira fala nesta eleição. Não é verdade que nosso futuro vice de Futebol, Rodolfo Landim, passe muitos dias fora do país. Ele tem uma média de três dias por mês fora do país. Mas eu tenho certeza que se contar um dia do trabalho do Landim no futebol dará muito mais resultado do que um mês inteiro de trabalho dos VPs citados pela Chapa Azul (Biscotto, Godinho, Plínio e agora o novo apoiador Kleber Leite). O Landim é um craque em gestão e comando de pessoal. Dirigiu empresas com milhares de funcionários, sempre querido e respeitado.

Tem pulso forte e capacidade, tudo o que falta na atual gestão. Quanto a ele nunca ter ido ao CT, também é outra mentira. Ele já foi ao CT algumas vezes, mas realmente não vivia lá como o atual presidente e os VPs de futebol que não ganharam nada. Ele não era o responsável pelo futebol na época e não tinha porque ficar, como muitos da atual administração, apenas para marcar presença por lá, sem fazer nada produtivo e querendo apenas aparecer para a imprensa e os jogadores. Com Landim não tem oba-oba e sim muito trabalho. Não tenho dúvidas de que o sucesso que o Landim conseguiu na área de planejamento e finanças do Flamengo vai ter agora no futebol.

Com ele, nosso Flamengo vai voltar a ter comando e voltará a brigar pelos grandes títulos.

Wallim, a sua campanha insiste em dizer que todos os méritos da atual gestão são seus, do Bap, Landim, Tostes e Gustavo - cinco dissidentes entre 16 componentes do Conselho Diretor. Você não acha que essa atitude de se apresentarem como os "pais de todos os filhos bonitos" e desmerecer o trabalho de todos os seus antigos colegas não é uma atitude que soa personalista, enganosa e contraditória com o trabalho em equipe, tão importante pra recuperar o clube?

Esta pergunta é um exemplo claro da ingratidão do Bandeira. Estes que ele chama de dissidentes, e que acabaram sendo exonerados por ele, foram os que o colocaram sentado na presidência do Flamengo. Uma pessoa totalmente desconhecida que acabou sendo o presidente de uma Nação. Todos os demais componentes do Conselho Diretor atual não participaram da campanha de 2012. Além disto, ele tenta igualar cargos desiguais. Seria como dizer que o ministério da Fazenda tem a mesma importância para o país do que o ministério da Pesca. Na realidade, o que realmente teve um sucesso relevante na administração foi a parte de finanças e planejamento, com o Landim e o Tostes, e o marketing, com o Bap. Todos da Chapa Verde.

Fora estes, podemos citar o belo trabalho nos esportes olímpicos do Póvoa,
que está neutro na eleição, e do Gustavo Oliveira na Comunicação, outro companheiro importante da Chapa Verde. Nem me incluo nesta lista de sucessos, porque, apesar dos três títulos que conquistamos no futebol no ano e meio em que fui VP, os únicos desta administração, sempre espero um desempenho melhor do Flamengo. As demais áreas que tinham como VPs os atuais apoiadores de Bandeira são Fla-Gávea (um fracasso), secretaria da presidência, informática, Jurídico (com vitórias e derrotas sérias), remo (o período de pior desempenho para um presidente), futebol (um ano e meio sem títulos) e administração. Convenhamos que o trabalho destas áreas não teve nada de revolucionário para o nosso clube. É interessante ver que nesta eleição o atual grupo do Bandeira, não satisfeito de se apoderar da cor da Chapa e do visual de campanha de 2012, tenta agora se apoderar das conquistas de quem realmente fez. É um verdadeiro estelionato eleitoral. O associado do Flamengo já se deu conta disto.

Perguntas de Cacau Cotta para Wallim Vasconcellos

Você só elogiava a atual gestão e o presidente EBM. Passados 4 meses, você passou a ser um crítico ferrenho. Quatro meses não é um tempo muito curto para uma mudança tão radical?

Sempre defendi a gestão como um todo até o começo deste ano. Afinal, foi um trabalho que tenho um enorme orgulho de ter feito juntamente a meus companheiros que hoje estão na Chapa Verde. Infelizmente, o Bandeira foi mudando com a proximidade da eleição e com o maior contato com pessoas que tinham perdido o poder no clube depois da nossa eleição em 2012.

Na realidade, a mosca azul o picou de forma muito forte. Ele deixou de ser uma pessoa que respeitava o grupo e os nossos princípios para ser uma pessoa que só pensava em ser novamente presidente do Flamengo. Hoje, não reconhecemos mais o Bandeira que conhecemos em 2012. É uma pessoa completamente diferente, que passou a adotar práticas que sempre foram rejeitadas por nosso grupo. No início, acreditávamos que ele estava apenas deslumbrado com o cargo e que iria voltar aos princípios que sempre pregamos de trabalho em grupo, como tudo pelo Flamengo, nada do Flamengo. Quando vimos que isto não iria acontecer, saímos.

Você foi a prefeitura do Rio na ânsia de obter as licenças para a construção desse mostrengo chamado Arena Mc Donalds. Agora você solta, a dez dias da eleição, um manifesto contrário ao projeto. Qual Wallim o sócio deve acreditar? No Wallim azul ou no verde?

Em quem tem uma vida pautada pela seriedade e pela manutenção da palavra. Um único Wallim. Na realidade, não temos problema algum em mudar de opinião. Quando estávamos na atual gestão, o vice de Fla-Gávea (Rafael Strauch) nos levou a crer que o projeto era uma unanimidade entre os sócios. Era responsabilidade dele este dia a dia com o associado. Quando fomos conversar com os sócios durante a campanha, vimos que não era nada daquilo. Os próprios sócios nos fizeram ver que a arena no local planejado atingia muito fortemente toda a área social do clube.

Uma enorme construção que iria prejudicar todo o lazer do Fla-Gávea. Como não temos o compromisso com o erro, fomos estudar outras possibilidades e chegamos a soluções muito melhores. Garantimos a todos os associados que nós vamos trabalhar muito para o Flamengo ter uma arena espetacular, seja via o legado olímpico, que, sem dúvida, é a melhor solução, ou no espaço do Ginásio Hélio Maurício, neste caso usando o estacionamento para ampliar o lazer dos sócios. Aproveitando esta pergunta, vale a pena desmistificar mais esta mentira que a Chapa Azul tem contado. Não é verdade que esteja tudo praticamente pronto e aprovado. Na realidade, o projeto defendido pelo Bandeira ainda tem várias pendências de aprovação no Governo e, principalmente, não há garantia de pagamento dos custos pelo possível patrocinador. Ou seja, a arena multiuso do Flamengo sairá mais rápido e de maneira inteligente com a nossa administração.

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