Em casa no Fla, Rafael Mineiro admite começo complicado: "Foi tumultuado"

5/2/2016 09:12

Em casa no Fla, Rafael Mineiro admite começo complicado: "Foi tumultuado"

Totalmente adaptado à sua nova casa, ala-pivô confirmou a boa fase e anotou 11 pontos e 5 rebotes na vitória sobre o Paulistano por 75 a 65, quinta-feira, no Tijuca

Em casa no Fla, Rafael Mineiro admite começo complicado: Foi tumultuado
Mineiro foi o penúltimo reforço a chegar para a temporada (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Rafael Mineiro foi o penúltimo reforço anunciado pela diretoria do Flamengo para a atual temporada, mas se dependesse da vontade de Arnaldo Szpiro, ex-diretor de basquete na gestão de Patrícia Amorim e um dos responsáveis ao lado da própria ex-presidenta pelo projeto que transformou a modalidade em potência, o ala-pivô de 2,09m teria desembarcado na Gávea muito antes. Mas a falta de grana na época emperrou uma possível negociação. O tempo passou, a diretoria e a comissão técnica rubro-negra mudaram, o dinheiro entrou e o interesse seguiu de pé. Até que o fim do time adulto de Limeira, em setembro de 2015, tornou possível a chance de um novo casamento. Bauru até tentou estragar a festa e flertou com o jogador durante a disputa da Copa Intercontinental e dos jogos pela pré-temporada da NBA, nos Estados Unidos, mas o Flamengo foi mais ágil e a lua de mel acabou sendo mesmo no Rio de Janeiro.

- A cada partida me sinto mais à vontade em quadra e acho que aos poucos estou me adaptando ao esquema do time. Sabíamos que seria uma partida complicada, mas conseguimos neutralizar o ponto forte deles é o jogo com o caio no garrafão, e o Toyloy acabou sendo uma boa surpresa. Ele entrou muito bem no jogo. Mas felizmente seguramos a reação deles e vencemos mais uma. A que tive mais uma boa atuação e ajudei o Flamengo a chegar à déca vitória seguida - afirmou Mineiro.

Rafael lembra que foi tudo muito rápido. O fim do antigo time, o empréstimo ao maior rival e o acerto com o clube pelo qual quase toda sua família torce. Tudo isso teve um peso, e a consequência acabou sendo dentro de quadra. Se na vitória contra o Paulistano por 75 a 65, quinta-feira, no ginásio do Tijuca, o ala-pivô anotou 11 pontos e cinco rebotes e confirmou a boa fase sua evolução desde que chegou, os primeiros jogos com a camisa do Flamengo não foram tão animadores e preocuparam o jogador.


Rafael Mineiro tem média de 8,1 pontos por partida no NBB 2015/16 (Foto: Bruno Lorenzo)

- Foi tudo muito tumultuado. Cheguei da seleção, nosso time (Limeira) já estava todo montado, preparado e tínhamos um esquema de jogo, até que de repente surgiu uma oportunidade de ser emprestado ao Bauru para jogar o Mundial contra o Real Madrid. Joguei os dois jogos e quando voltei para casa soube que Limeira tinha acabado. Depois ainda disputei os jogos da NBA com o Bauru, o que profissionalmente foi muito bom para mim, até desembarcar no Brasil já jogando pelo Flamengo com apenas um dia de treino, sem saber aonde ia morar e qual o melhor lugar. Tudo isso sem conhecer o Rio de Janeiro. Aconteceu tudo muito rápido e isso atrapalhou um pouco o meu jogo no começo. Às vezes a torcida não entende e cobra, mas a diretoria me ajudou muito, me acalmou e disse que eu teria meu momento e que, aos poucos, iria me adaptar. Consegui manter o foco e acho que estou me adaptando bem ao time. O Neto tem conseguindo me colocar para eu entender o meu papel dentro da equipe e acho que ainda posso ajudar muito. O Flamengo já é vitorioso, é o atual campeão, tem seus títulos, então não é fácil chegar numa equipe como essa e conquistar o seu espaço - analisou Rafael Mineiro.

Com médias de 8.1 pontos, 4.2 rebotes e 1.4 assistências nos 19 jogos que disputou com a camisa 12 do Flamengo, aos poucos Rafael vem se adaptando à rotina do Rio de Janeiro. Se ainda está longe de poder substituir o "sobrenome" Mineiro por Carioca, o ala-pivô pelo menos já perdeu o medo da vida na cidade sede dos Jogos Olímpicos. Sempre na companhia do xará e fiel escudeiro Rafa Luz, o morador da Barra da Tijuca só não se sente tão à vontade no trânsito.

- Morei quatro anos em São Paulo, mas acho que aqui é diferente. Eu tinha mais medo do Rio de Janeiro, mas me adaptei bem melhor que lá. Em São Paulo levei bastante tempo para me acostumar e aqui apenas a questão do trânsito é que ainda incomoda, até porque moro um pouco longe do nosso local de treino e isso dificultou um pouco no começo, mas agora já está mais tranquilo. Agora está tudo resolvido e estou focado apenas em jogar basquete - afirmou.

A parceria com o xará não é apenas pelo fato de terem o mesmo nome, mas pelo tempo de convivência e pelas circunstâncias que os uniram. Além do convívio de quase seis anos na seleção brasileira, os dois desembarcaram praticamente juntos no Rio de Janeiro e moram no mesmo prédio na Barra da Tijuca. Mas, por enquanto, a parceria tem funcionado mesmo somente dentro de quadra. Até por conta da agitada agenda, que inclui viagens, treinos e jogos pelo NBB e Liga das Américas, eles têm encontrado pouquíssimo tempo livre para sair e conhecer as belezas da Cidade Maravilhosa.


Rafael Mineiro levou três pontos em função de uma cotovelada sofrida no queixo (Foto: Reprodução / Instagram)

- Estou solteiro, mas conheço pouco o Rio e não tive tantas oportunidades de sair por conta dos treinos e jogos. Agora no carnaval talvez eu consiga passear um pouco mais já que vamos ter uma folguinha de três, quatro dias. Minha mãe veio me visitar, passou 20 dias aqui comigo e não consegui fazer nada com ela. A rotina do dia a dia é pesada, chega em casa cansado - se justifica Rafael Mineiro.

Se a adaptação ao time e à cidade do Rio de Janeiro não foi lá tão fácil assim, vestir a camisa do Flamengo foi bem menos complicado do que o jogador imaginava. Seja por já conhecer a maior parte dos jogadores ou por estar num grupo que ganhou praticamente tudo que disputou nos últimos anos, o fato é que Rafael Mineiro encarnou o espírito rubro-negro e caiu nas graças do torcedor rubro-negro. Nem os três pontos que levou em consequência de uma cotovelada no queixo na vitória sobre o Aguilas de Tunja, sábado passado, no Panamá, pela primeira fase da Liga das Américas.

- Está sendo mais fácil do que eu imaginava. O Flamengo tem grandes jogadores, um grande técnico e com certeza tem sido mais prazeroso do que difícil. A pressão existe, é claro, mas quando você está focado dentro de quadra esquece de tudo e o apoio do torcedor rubro-negro só nos empurra ainda mais. Jogar ao lado de caras como Marcelinho, Marquinhos, Rafa Luz, todos grandes jogadores, fica muito mais fácil - afirmou o ala-pivô, que ainda sonha em disputar as Olimpíadas na sua nova casa.

- Já vivi grandes momentos na minha carreira, consegui chegar à seleção brasileira, mas estou sentindo que esse é especial. Estou numa grande equipe, me sinto bem, as Olimpíadas estão aí e quem sabe eu possa ir e ter uma oportunidade. Acho que está aberto para qualquer um, só me resta trabalhar duro no Flamengo e deixar a decisão nas mãos do Magnano (risos).

740 visitas - Fonte: Globoesporte.com


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