Cria da Gávea, Juan volta a jogar um clássico com o Vasco depois de 14 anos (Foto: Gustavo Rotstein)

Depois de 14 anos Juan voltou ao Flamengo e, também por isso, vestir novamente a camisa rubro-negra tem ar de nostalgia. Principalmente quando o adversário da vez é o Vasco. À medida que o clássico de aproxima, para o zagueiro torna-se inevitável recordar os momentos vividos dentro do campo e até mesmo como torcedor.

Por exemplo, quando perguntado sobre o fato de o Clássico dos Milhões ser em São Januário, sua primeira lembrança é estar na arquibancada do estádio do Vasco assistindo a uma partida entre os dois rivais pelo Campeonato Carioca de 1992. Quase uma década depois, ele teve um gol de título “roubado” pelo centroavante Tuta na final do estadual de 2000.

- Eu cresci na mudança da rivalidade Fla-Flu para Vasco e Flamengo. Foi um clássico que me acostumei a decidir na base e nos profissionais. O Vasco se transformou no nosso maior rival. Disputar esse clássico foi uma das primeiras coisas que me passaram pela cabeça quando voltei ao Flamengo. É jogo que todos esperam, o jogo pelo qual somos mais cobrados.

Em suas projeções, Juan imaginava o Maracanã como o cenário para reencontrar o Vasco. Por isso o zagueiro lamentou o fato de a partida ser disputada em São Januário, mas procurou enxergar a situação como um estímulo à equipe.

- É diferente. A gente se acostumou a ver Flamengo x Vasco no Maracanã, me lembro da cabeçada do Júnior em São Januário (o jogador agrediu o árbitro numa partida realizada em 1992), mas não é comum. É um ano atípico também, porque o Maracanã não está disponível, mas o jogo está marcado para São Januário, e lá vai ser.

Ao falar sobre o clássico mais marcante já vivido, Juan citou a final do Carioca de 2001, que deu ao Flamengo o tricampeonato estadual, um ano antes de ele deixar o clube que o revelou, rumo ao Bayer Leverkusen. Ao recordar aquela época, o zagueiro não evita o tom nostálgico.

- Lembramos vitórias e derrotas. Naquele ano o Vasco tinha um time muito bom, forte, mas conseguimos ganhar várias finais em jogos marcantes. Era outra época do futebol brasileiro, com mais jogadores importantes aqui e não tantos indo para o exterior. Os clássicos eram mais eletrizantes. Existiam as provocações, mas não tinham tanta repercussão da mídia. Era uma expectativa grande, e era grande o número de torcedores no Maracanã - destacou.