Com o passar dos jogos, o técnico Muricy Ramalho vai moldando o Flamengo versão 2016 à sua imagem e semelhança. Com apenas o volante colombiano Cuéllar sem a sua regularização na Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), as partidas do Campeonato Estadual servem como um bom laboratório para que conceitos sejam implantados e o entrosamento fortalecido de um grupo que recebeu muitos nomes novos.

Com um meio de campo que tem a obrigação de marcar e sair para o jogo, a sintonia fina entre os homens do setor e os laterais tem sido um dos ajustes mais procurados no dia a dia rubro-negro. Com a entrada de Mancuello, Jorge passa a ganhar a companhia do argentino, enquanto Rodinei fará dobradinha constante com Willian Arão. A necessidade de ter uma equipe organizada, no entanto, aumenta a necessidade de os setores estarem alinhados e protegidos.

— No treino, ele (Mancuello) falou comigo para sempre que ele estiver com a bola eu passar que ele vai dar. E, também, sempre que eu passar ele vai ficar na minha cobertura, caso a gente perca a bola lá na frente. Disse que eu tenho que ficar bem livre e à vontade em campo — disse o lateral Jorge.

A entrada de Cuéllar pouco deve mudar na estrutura tática da equipe, já que o volante vai ocupar a posição que hoje é de Márcio Araújo. A expectativa é que o recém-contratado melhore a qualidade no passe e seja uma peça mais participativa na distribuição do jogo. A posse de bola e a necessidade de não sair jogando na base do chutão têm sido conceitos repetidos à exaustão por Muricy Ramalho durante as atividades na Gávea.