Muricy Ramalho em treino do Flamengo (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

O Flamengo entra em campo nesta quarta-feira diante do Fortaleza pela segunda fase da Copa do Brasil, na Arena Castelão, no Ceará, às 21h45 (de Brasília). À frente do Rubro-Negro há pouco mais de três meses, o técnico Muricy Ramalho ainda não encontrou a fórmula ideal da equipe. Na visão do comentarista Raphael Rezende, o treinador tem enfrentado dificuldade de encaixar um padrão de jogo em meio à ausência do Maracanã e o excesso de viagens para estádios longe do Rio de Janeiro.

- O que o Flamengo passa esse ano é ruim para o que o Muricy consegue construir pensando em futebol. O Muricy trabalha com repetição, com 11 definido e a partir disso vai evoluindo o time. Não consegue equilibrar o desgaste físico das viagens e da falta de treinamento com um time repetitivo em campo que, em campo, não resolve seus problemas. Ele está mais desgastado - o 11 ideal - e não resolve, apenas jogando, os problemas do dia a dia – disse no “Seleção SporTV”.

Para o Campeonato Brasileiro, o Flamengo definiu os estádios Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, e Mané Garrincha, em Brasília, como sua casa em partes dos jogos, já que o Maracanã estará cedido aos Jogos Olímpicos do Rio 2016.

Muricy já comandou o Flamengo em 22 jogos, vencendo 12, empatando cinco e perdendo também cinco – um aproveitamento de 54,5%. Na análise do comentarista Paulo Massini, Muricy precisa adaptar o estilo de jogo do Fla com o planejamento de viagens e desgastes.

- É um treinador que, se tem esse repertório, como vai lidar com essas viagens e o desgaste? Tem um bom elenco, não é espetacular. Durante um ano. É uma realidade. O Muricy, quando assinou contrato, já sabia disso. Agora é hora de tirar um pouco mais de repertório, treinar o time reserva, criar ambiente no time reserva, para que quando esse cara entrar, perca um pouco de qualidade técnica, mas não perca na movimentação, no trabalho coletivo do time. Se não, melhor nem disputar o Campeonato.