O Flamengo, desde a última temporada, tem encontrado um adversário difícil de ser batido: o gramado. Após as constantes reclamações em relação ao Maracanã, agora, o Rubro-Negra encara o problema novamente em outro cenário, em meio aos "dribles" dos clubes e da Federação do Rio de Janeiro (Ferj) para dar continuidade ao calendário do Campeonato Carioca.
Com o decreto do prefeito Eduardo Paes, que dentre diversas medidas restritivas devido à pandemia de coronavírus impediu a realização de jogos no município do Rio, os times de maior investimento estão tendo de atuar em estádios até então pouco acostumados a tamanho volume de jogos. Um exemplo é o Elcyr Resende, a casa do Boavista, em Saquarema.
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O estádio foi palco de duas partidas na sexta-feira: Fluminense e Volta Redonda, pelo Estadual do Rio, Corinthians e Retrô (PE), pela Copa do Brasil; acolheu Boavista e Flamengo ontem (27); e hoje (28) ainda terá Nova Iguaçu x Botafogo.
Alguns membros do elenco tricolor já haviam reclamado do estado do gramado. O atacante Gabigol, que fez a estreia na temporada, fez coro e não poupou críticas, afirmando até que os rubro-negros tomaram um susto quando subiram para jogar.
"Todos viram o estado do gramado. A gente também, quando viu, tomou um susto. Realmente, é muito ruim. Acho que podem melhorar. Isso atrapalhou a nossa posse de bola, finalização... Se fosse em um campo melhor, acho que o resultado poderia ser diferente, mas é o que temos. Não podemos usar como desculpa. Time foi guerreiro, lutou até o final, criamos chances, então, é descansar que quarta-feira tem mais", disse.
O próprio Gabigol foi uma "vítima" do gramado em 2020. Em setembro, no confronto com o Independiente del Valle, do Equador, pela Libertadores, ele chamou o campo do Maracanã de "bosta" após pisar em falso em uma jogada e ter de deixar o jogo. À época, foi constatada uma lesão no ligamento do tornozelo direito.
O Maracanã, inclusive, gerou dor de cabeça à diretoria Rubro-Negra e debates. Em mais de uma oportunidade, integrantes do elenco e até da cúpula apontaram tal problema — Marcos Braz, vice-presidente de Futebol, chegou a classificar como "pior gramado do Brasil". O assunto voltou à tona, posteriormente, depois da goleada do Flamengo sobre o Corinthians, na Neo Química Arena.
Agora, no Carioca, a pauta retorna, e talvez seja possível que os flamenguistas até mesmo sintam saudade do gramado do ano passado.
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