O clássico entre Flamengo e Vasco, disputado nesta quinta (15), já gerou um primeiro atrito entre a nova gestão vascaína e o rival. O adiamento do jogo a pedido dos rubro-negros provocou irritação entre os cruzmaltinos. O episódio desencadeou de vez uma guerra fria entre os dois clubes pela gestão do Maracanã.
O Vasco anunciou que quer participar da administração do estádio em visita ao governador do Rio, Cláudio Castro, na semana passada. Ao lado do Fluminense, o Flamengo é o atual administrador do Maracanã em uma cessão provisória. A licitação definitiva está prevista até o final do ano.
O anúncio do plano do vascaíno e declarações do vice vascaíno, Carlos Roberto Osório, geraram irritação em dirigentes influentes na diretoria do Flamengo. Houve incômodo com o discurso do Vasco de que quer ser dono do Maracanã, assim como as críticas aos rubro-negros pelas mudanças na tabela no Carioca. Não há clima para diálogo no clube da Gávea neste momento.
Em seu discurso, o Vasco quer uma parceria ampla e pretende conversar com o Flamengo. Mas há um reconhecimento de que o diálogo com o clube rubro-negro não é fácil por conta de uma postura hegemônica do rival, na visão da diretoria vascaína. Há, sim, a intenção de buscar racionalidade no diálogo
Mas a própria questão da tabela do Carioca já foi considerada um passo inicial em que o rival não mostrou respeito com o Vasco. Por isso, houve reação dura com declarações e nota. Tanto há a dificuldade que, desde que o novo presidente, Jorge Salgado, assumiu, o Vasco já conversou com Fluminense e Botafogo e viu um caminho de entendimento mais viável do que com os rubro-negros.
Além das dificuldades de diálogo, há problemas práticos que colocam em confronto as visões de gestões de Vasco e Flamengo. Do lado rubro-negro, é descartado qualquer envolvimento de uma empresa na gestão do estádio como já ocorreu com a Odebrecht, o que é uma possibilidade colocada pelo Vasco. Se a licitação levar à vitória de um grupo com uma empresa, dirigentes influentes no rubro-negro falam em abandonar o Maracanã e procurar um projeto de estádio como medida radical. Deixariam o problema para o governador revolver pois há o temor da repetição do caso Odebrecht que tirava considerável parte da renda dos clubes. Isso seria uma mudança radical na política do presidente Rodolfo Landin que tem priorizado o estádio.
Flamengo, Vasco, Maracanã
Ué, não são eles que vivem dizendo que têm estádio? Não estavam pagando contas de energia, como vão administrar o Maracanã?
Ué e o xiqueiro deles vai virar museu