Tricampeão da Libertadores alfineta times brasileiros por excesso de vagas

25/6/2021 08:15

Tricampeão da Libertadores alfineta times brasileiros por excesso de vagas

Tricampeão da Libertadores alfineta times brasileiros por excesso de vagas
Hugo de León (à esq.), quando tentou se eleger como vice-presidente do Uruguai na chapa de Pedro Bordaberry (Imagem: Miguel Rojo-16.jul.2009/AFP)

Desde que a Conmebol inchou a Copa Libertadores com 47 times, na temporada 2017, três títulos ficaram com clubes brasileiros: Grêmio, Flamengo e Palmeiras. A única exceção ocorreu em 2018, quando River Plate e Boca Juniors decidiram a taça. E devido à fartura de vagas e ao fato de seis dos oitos times nacionais que começaram a competição ainda estarem vivos na edição de 2021, o futebol do Brasil tem vantagem em relação aos demais participantes, isso é o que opina o ex-zagueiro uruguaio Hugo De León.



"Isto deu uma vantagem enorme para o futebol brasileiro, tanto que os donos da Libertadores, estatisticamente desde que mudou o formato, são times brasileiros. Por dinheiro, a Libertadores virou econômica, e favoreceu o futebol brasileiro, antigamente estava mais dividido o potencial. O Brasil tem os melhores jogadores e melhores orçamentos, então é muita vantagem", comentou o ex-defensor, campeão do torneio em três ocasiões (1980 e 88 pelo Nacional-URU e 83 pelo Grêmio).


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Nos primórdios da competição sul-americana de equipes, apenas os campeões de Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Colômbia e Bolívia tinham lugar garantido, entre 1960 e 1964. A partir de 1965, foi aumentado o número das vagas fornecidas e chegou a 20, incluindo os vice-campeões. Somente a partir de 2000 a quantidade de concorrentes ao título aumentou progressivamente. Naquele ano, foram 32, que passaram para 36 em 2003, que, por sua vez, tornaram-se 37 em 2005 e viraram 38 em 2006.

"O formato da Libertadores não tem nada a ver com o formato antigo, aquela era a Libertadores raiz, só jogavam o campeão e o vice. O futebol virou só um negócio, ficou muito mais difícil para os outros países que não têm o potencial econômico, é lamentável. O importante para a confederação [Conmebol] é o dinheiro, igual para as copas europeias e para a Fifa. O mais importante é o dinheiro, e não é a qualidade da competição, se preocupam com a arrecadação, o quanto podem faturar mais de patrocínio", desabafou o ex-zagueiro, que também defendeu Corinthians, Santos e Botafogo.

Para Hugo De León, o Brasil ficará novamente com o título e aponta qual o time mais forte para levantar a taça. "Pelo grupo que tem, pelo potencial que tem, o Flamengo é o favorito".

Confira outros trechos da entrevista com De León:

UOL Esporte: No Brasil a Libertadores ganhou importância para os clubes depois da conquista do São Paulo nos anos 90. No Uruguai, a Libertadores sempre foi a competição mais importante?

De León: Quando o clube quer ascender internacionalmente, a competição maior é a Libertadores. O futebol uruguaio daquela época vinha ganhando seguido, agora faz muito tempo que não consegue ganhar. Desde que mudou o formato só chegou uma vez numa decisão [Santos x Peñarol, em 2011]. Depois, chegou uma vez na semifinal ou nas quartas, dificultou para o futebol uruguaio.

UOL Esporte: Mas em campo, no futebol, a Libertadores dos anos 80 e 90 era mais aguerrida, mais violenta. Hoje a libertadores jogada em campo é mais justa?

De León: Com tanta câmera no estádio, o fair play mudou. A Libertadores era um jogo muito mais pegado, muito mais faltoso. Tinha que ter muito caráter para suportar tudo o que acontecia dentro e fora de campo. Para os jogadores de agora, ficou uma beleza para jogar, ainda mais para os atacantes. Antes, era uma guerra dentro e fora de campo, tanto que, se você ver as partidas antigas, vai ver a quantidade de faltas e como os juízes deixavam acontecer de tudo dentro. Com o fair play, queriam que tivesse mais minutos de jogo e menos contato físico. Logicamente, a Libertadores melhorou, ficou mais habilidosa. Antigamente, se igualava muito por baixo porque no jogo faltoso você equilibrava o ritmo do jogo.

UOL Esporte: Em 2021, o Grêmio caiu na fase preliminar e o Nacional-URU não conseguiu se classificar às oitavas. Você tem acompanhado os seus ex-times?

De León: Acompanho mais o Grêmio porque moro em Porto Alegre, acompanho o Nacional nos jogos internacionais, senão eu escuto pelo rádio. Foi a primeira vez que o Nacional não passa na fase de grupos da Libertadores [ficou em terceiro lugar no Grupo F]. O treinador tinha pego 15 dias um time novo, com várias contratações. Por detalhes e pela covid-19, o time não passou. Agora, tem o clássico na Sul-Americana contra o Peñarol. Já o Grêmio está afiançado como equipe, tem uma estrutura muito boa e com jogadores que vêm para melhorar a equipe, como o Douglas Costa. É um time que tem estrutura desde 2016, quando começou com o Roger Machado e continuou com o Renato Gaúcho. É grande candidato na Sul-Americana contra a LDU do Equador. É candidato na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro [a entrevista foi concedida antes das três derrotas consecutivos do Tricolor no torneio].

UOL Esporte: Qual foi a conquista de Libertadores mais difícil na sua carreira, as duas pelo Nacional (80 e 88) ou pelo Grêmio (83)?



De León: A do Grêmio foi a mais difícil, porque foi um jogo muito mais pegado. Os videotapes mostram o nível que foram os confrontos, em termos de jogo, de rispidez. Foi o jogo mais duro de todos. No Peñarol [rival do time gaúcho naquela final], tinha alguns jogadores que eu já conhecia. Eu tinha iniciado na seleção juvenil em 1977, com o Ramos, o Morena e o Silva. Era a segunda vez do Grêmio jogando esta competição, com a experiência do ano anterior, era aquilo que a equipe precisava para poder jogar aquele pouco a mais numa competição tão dura. Acredito que conhecer os adversários sempre é uma vantagem.


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389 visitas - Fonte: Uol


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Marco     

Antigamente o futebol brasileiro nao ganhava devido a pancadaria que era o jogo aliada a uma arbitragem "hermana", roubavam na mao grande.

Ronaldo Souza     

Vá jogar vagabundos.

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