É comum ler uma notícia sobre um clube brasileiro de futebol, tradicional, entrando no mundo
dos e-Sports para descobrir o que a garotada anda fazendo. A medida faz todo o sentido: o
mercado é gigantesco, não para de crescer, conquistar as gerações mais novas e unir isso à
torcida já sedimentada de um clube pode potencializar a relação para todos os envolvidos.
Por isso não só clubes entram na festa, mas também atletas – Daniel Alves criou a Good Crazy,
sua equipe de eSports – astros pop, ex-jogadores e muito mais.
Dos gramados para o mundo virtual
É normal que clubes conhecidos pelo futebol abram suas asas e tentem entrar em outros
esportes, o que sempre cria uma discussão sobre se isso é saudável ou não. Corinthians,
Santos, Flamengo, Cruzeiro já tiveram ou têm times de futsal, vôlei, basquete, futebol
americano e muito mais.
Independente de seu lado nessa discussão, é claro que um clube de 30 milhões de torcedores
traz uma visibilidade incrível quando se propõe a entrar em qualquer setor. Mas alguns dados
apresentados pela
Betway, maior site de bets em eSports no Brasil, em matéria sobre o status
gigante que os e-Sports têm vão surpreender: para cada praticante do esporte bretão, há dois
gamers no Brasil.
Só para se ter uma ideia, há diversas franquias que tem valor acima do bilhão de reais, como a
Liquid, Cloud9 e TSM.
A verdade é que com esse crescimento, os astros dos e-Sports terão cada vez mais importância
e influência, dividindo espaço com os grandes futebolistas, jogadores de tênis e basquete.
A opção de jogos é impressionante e isso fica claro quando se entra em plataformas de
resultados ao vivo e apostas e é possível observar um número enorme de competições,
mercados e disputas em diversos continentes. O céu é realmente o limite.
Quais são os clubes de futebol que estão nessa
Flamengo e Corinthians estão presentes no mundo dos eSports e o time paulista foi o campeão
do mundo no Free Fire em 2019. Ou seja, se o time em campo não está essas coisas, olhar para
o videogame pode ser uma boa para o torcedor corintiano.
O Flamengo atua em parceria com equipes de fora e foi campeão em 2019 do CBLoL
(Campeonato Brasileiro de League of Legends), ano iluminado pelo sucesso também nos
gramados. Mas a dominância mesmo é do INTZ e-Sports, pentacampeão do CBLoL, um à frente
do KaBuM!
O Santos também está presente e com equipes em diversos games, tanto no LoL como
Counter Strike, Free Fire e Rainbow Six. Essa visão é interessante porque diferentemente de
Corinthians e Flamengo, o time de litoral era exclusivo do futebol.
Outros clubes como Botafogo, Cruzeiro, Sport, Paysandu, Atletico-MG e Athletico também tem
equipes, assim como o Ceará, que começou um trabalho interessante. Tiago Morais, gerente
de e-Sports do clube de Fortaleza explicou a razão para existir uma relação ganha-ganha entre
um clube de futebol e a criação de um time de e-Sports.
“No clube de futebol, você mexe com paixão. O torcedor do Ceará vai torcer para o qualquer
segmento que o clube apostar. A gente enxergou que era o momento certo de avançar nesse
projeto, e deu certo”,
declarou para o time da Betway .
Qual é o futuro
O crescimento não tem data para parar e em um país como o Brasil, onde a paixão por clubes
e atletas movimenta o esporte, é de se esperar competições cada vez maiores, a formação de
torcidas gigantescas e o interesse de empresas em se juntar a esse fenômeno.
A possibilidade de jogar em um computador, videogame ou até no celular traz um elemento
de ligação com o ecossistema que qualquer um pode ter e explica por que o crescimento é tão
grande e orgânico. A cobertura de grandes veículos de imprensa também ajuda a chegar as
competições, narrativas e emoções cada vez mais pessoas, mas com os streamings e o
surgimento de influencers em todos os cantos, a parte de mídia e divulgação está muito bem
cuidada.
Seja com os clubes de futebol criando suas equipes ou não, os e-Sports vão continuar
crescendo e quem subir a bordo vai poder aproveitar essa trajetória ascendente.
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