Em julho de 2019, Jorge Jesus acertava com o Flamengo para logo depois formarem o casamento perfeito no futebol. Títulos, identificação e muito amor. Mas durou pouco.



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Há um ano, no dia 17 de julho de 2020, o treinador deixava o clube carioca para voltar ao Benfica. O que mudou neste período?

Em campo, muita coisa. O time carioca, apesar dos títulos que venceu após a saída do Mister, não conseguiu repetir o desempenho que teve em 2019. E a ausência do bom futebol colocou os treinadores em uma verdadeira panela de pressão quem nem troféus afastam a sombra do português.

Além disso, o elenco também sofreu algumas baixas. Antes do Mister partir, Pablo Marí rumou para o Arsenal e deixa saudades até hoje. Logo depois de Jesus, Rafinha saiu. Por último, Gerson. O Joker foi vendido para o Olympique de Marselha.

Fora de campo, três técnicos já passaram pelo comando da equipe e convivem com a sombra do Mister. O primeiro foi Domènec Torrent, que chegou credenciado pelo fato de ter sido auxiliar de Pep Guardiola no Barcelona, Bayern de Munique e Manchester City. Mas a passagem durou apenas 100 dias.

Para o lugar do catalão, Rogério Ceni foi o escolhido. Depois de bons trabalhos pelo Fortaleza e insucessos por São Paulo e Cruzeiro, o ex-goleiro era tratado como a bola da vez. Foi campeão do Brasileirão, da Supercopa e do Campeonato Carioca. No entanto, o treinador sofreu com enorme pressão por bom futebol e, além da sombra de Jorge Jesus, convivia com Renato Gaúcho livre no mercado. E foi numa série ruim que caiu para o ex-Grêmio assumir.

Quando dirigia o Grêmio, Renato Gaúcho provocava o trabalho de Jorge Jesus e deixava claro que o português tinha obrigação de praticar o melhor futebol com um elenco de R$ 200 milhões. Na chegada ao Flamengo, Renato minimizou a 'obrigação' que tanto falava.

"Obrigação é uma palavra muito forte. As pessoas precisam saber que todos os clubes querem ganhar. Quando se tem um elenco forte, as possibilidades são maiores", disse o treinador.

Depois de Dome e Ceni, está na mão de Renato Gaúcho tentar fazer o torcedor esquecer um pouco Jorge Jesus. Ficou provado na passagem de Ceni que apenas conquistas não serão suficientes para isso. Só o futebol próximo ao praticado pelo Mister fará Renato ter a tranquilidade no comando técnico.



Na estreia, vitória por 1 a 0 sobre o Defensa y Justicia, na última quarta-feira, pela partida de ida das oitavas de final da Conmebol Libertadores. O bom resultado contrastou com a atuação do time em campo. Na coletiva, Renato exaltou o triunfo e deixou claro: 'Se perguntar para o torcedor se quer jogar bem e perder ou jogar mal e vencer, ele vai preferir vencer'.






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