Não é razoável que o campeonato passe 11 rodadas privado de jogadores como Gabigol

19/7/2021 15:18

Não é razoável que o campeonato passe 11 rodadas privado de jogadores como Gabigol

Não é razoável que o campeonato passe 11 rodadas privado de jogadores como Gabigol
Gabigol comemora em Bahia x Flamengo — Foto: Jhony Pinho/AGIF

Há 20 dias, os principais clubes do país se reuniram para ouvir as propostas de grupos interessados em participar da operação de uma futura liga nacional de futebol. As ideias apresentadas divergiam em alguns aspectos, um deles central: o alcance das ações da liga. Um dos projetos previa, basicamente, a operação do campeonato; o outro, uma reforma mais profunda do futebol nacional, o que incluiria o calendário. A goleada do Flamengo neste domingo, em Salvador, dá boas razões para entender que uma liga nacional, um campeonato capaz de explorar ao máximo o seu potencial econômico, só será possível com mudanças mais profundas em nosso futebol.



Não é possível pensar numa liga que conquiste novos mercados e se mostre vendável se, a cada reunião das seleções, o torneio perder os principais jogadores. Não é razoável que Gabigol tenha estreado apenas na 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. E o fez mostrando todo o seu impacto: três gols nos 5 a 0 sobre o Bahia. Imagine, numa hipotética tentativa de vender o torneio para novos mercados, ter que explicar ao mundo que este jogador, o melhor atacante em atividade no país, não pôde participar de quase um terço do campeonato por um conflito de calendário, uma sobreposição com as competições de seleções. O caso do Flamengo foi emblemático, mas clubes como Palmeiras e Atlético-MG, candidatos ao título e atrações de um produto nobre como o Brasileirão, também acompanharam a Copa América fazendo contas para saber quando teriam jogadores de volta.


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acreditar nos poderes mágicos da troca de treinador, para o bem ou para o mal. Renato não merecia carregar nas costas o peso da péssima exibição em Buenos Aires, tampouco provocou uma revolução que resultasse na goleada em Pituaçu. Assim como era sem motivo a pressão histérica que derrubou Rogério Ceni. Ocorre que, naturalmente, com ou sem troca de treinador, algo do seu padrão o Flamengo retomaria. Basta olhar como saíram os gols que, em tese, foram os menos importantes da goleada: os dois últimos.

Pedro fez 4 a 0 aproveitando uma jogada de Vitinho, o mesmo que marcaria o quinto em lance iniciado por Renê. Todos eles, assim como João Gomes e Rodinei, entraram na metade do segundo tempo. E estavam no banco porque, ao longo da última semana, o Flamengo foi recuperando peças para um time que andou dizimado. Aumentou a qualidade técnica em campo, aumentaram as opções de banco. O Flamengo recuperou seu time, recuperou um elenco que já nem é tão numeroso, mas é forte para competir no Brasil e na América do Sul. Acima de tudo, o rubro-negro ampliou os recursos técnicos para definir as jogadas perto do gol

Então Renato não tem ou não terá qualquer mérito na caminhada deste Flamengo? Claro que terá, caso o time mantenha seu padrão elevado. Não existe piloto automático que conduza uma equipe por uma temporada inteira. Mas também não há trabalho em três ou quatro treinos. Em Salvador, o treinador permitiu que o time, ao contrário do jogo em Buenos Aires, se reencontrasse com mecanismos que os jogadores conhecem bem, alguns que remetem a 2019, outros mais recentes.

Parece definitivo que Willian Arão será um volante, mas em Salvador ele voltou a ter, em passagens do jogo, um papel na saída de bola, entre os zagueiros, como em 2019. Nestes momentos, Filipe Luís retomou uma posição junto a Diego, algo que Rogério Ceni usava com frequência. O Flamengo também manteve a busca por atacar com cinco homens, com Isla aberto na direita e Michael na esquerda. O lateral chileno, aliás, se destacou porque o time criou formas de ele receber a bola em progressão, atacando o espaço. Raramente teve que se posicionar com um ponta e esperar a bola chegar, obrigado a enfrentar a marcação de um defensor.


A pergunta que fica no ar é sobre a posição que ocupará Bruno Henrique quando estiver recuperado. Renato usou Gabigol como um centroavante num 4-2-3-1, com espaço e liberdade para se mover. Neste modelo, Arrascaeta faz o papel de meia central. Em tese, parece indicar que Bruno Henrique será o substituto de Michael pelo lado do campo. Resta saber se, em algum momento, Renato tentará devolver Arrascaeta ao lado esquerdo do ataque para reeditar a dupla formada por Gabigol e Bruno Henrique.



Dois jogos separados por quatro dias mostraram um Flamengo com duas caras. Em Buenos Aires, exibiu-se um time sem identidade, dando a sensação de que a mudança de treinador geraria um vácuo de ideias. Em Salvador, apareceu uma equipe absolutamente reconhecível e eficiente. Mas a resposta definitiva sobre qual será o Flamengo de Renato não virá, necessariamente, na quarta-feira, diante do Defensa Y Justicia. E sim, com o tempo.

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