É fato: o apoio de ídolos como Zico, Júnior ‘Capacete', Adílio e Leandro pesou na balança para o Urubu apostar no voo do ‘professor' Jayme de Almeida como comandante do time até o final da temporada.

Mas também pesou muito, algo em torno de vários elefantes numa mesma caçamba, o ótimo momento financeiro que atravessa o clube.

O cofre da Gávea está mais robusto que castelo de areia em noite de maré cheia. Não há dinheiro nem para o cafezinho.

Pagar R$ 500 mil ou mais por um 'professor' com grife de sucesso duvidoso, nem pensar. Chega o que já consomem algumas chuteiras rubro-negras.

O goleiro Felipe, por exemplo, embolsa R$ 200 mil por mês, R$ 100 mil a menos que o lateral Léo Moura.

Elias, o xodó da torcida rubro-negra, belisca R$ 250 mil, mesmo salário de Carlos Eduardo, que até agora não justificou um centavo.

Já o artilheiro Brocador fatura R$ 150 mil, enquanto o holerite do zagueiro Chicão beira os R$ 300 mil.

Há três anos como regra três, o hoje titular Jayme de Almeida ganha R$ 30 mil, ou cinco vezes menos que o Brocador, mas deve receber um reajuste e passar para R$ 80 mil. Ele será o 26º ‘professor' do Rubro-negro desde 2003.
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Pé com pano, pé sem pano. "O calendário daqui não é tão diferente do de fora. Não está tão desequilibrado como as pessoas imaginam." O ‘sargento' Felipão acertou na mosca morta ao abordar a rebelião dos jogadores contra a folhinha do esporte bretão nacional. Os números são inquestionáveis: alguns times poderão jogar até 84 partidas em 2014; na última temporada, o Bayern de Munique entrou 58 vezes em campo e chegou a todas as finais. Os preparadores físicos brasileiros concluíram que será possível dar um treino a cada 10 dias. Já os principais clubes europeus ficaram morrendo de inveja com a pré-temporada de quatro dias na volta das férias. Chama o Pluto!

Sugismundo Freud. A coisa mais simples é a que menos enjoa.

Poupança. Pelo menos financeiramente o jogo do Peixe contra o Náutico foi vantajoso. As 5.108 testemunhas deixaram R$ 122.701 nas bilheterias do aquário da Vila Belmiro. As despesas chegaram a R$ 117.034. O clube guardou R$ 5.667. Pouca coisa menos que a taxa da paupérrima FPF: R$ 6.135.

Zapping. O tico-tico sem fubá do ‘bando de loucos' continua derrapando no ibope global. Corinthians x Grêmio, pela Copa do Brasil, rendeu 20 pontos na grande Pauliceia entregue ao bangue-bangue. Uma semana atrás, Ponte x Corinthians amealhou 21 pontos, pelo Brasileirão. A equipe corintiana virou arroz de festa às quartas. Pela nona vez seguida foi atração na telinha. Na Cidade Maravilhosa das balas perdidas, Botafogo x Flamengo cravou 26. Cada ponto em SP equivale a 62 mil domicílios sintonizados; no RJ, 38 mil.

Dona Fifi. O eterno rei da bola, Ricardo Teixeira, entrará na faca nos próximos dias. Ele se submeterá a um transplante de rim. O doador será seu irmão.

Gilete press. De Renato Maurício Prado, no ‘Globo': "Não é de extrema leveza, bem ao contrário, o clima entre parte do elenco do Botafogo e o veterano craque Seedorf. O holandês é, veladamente, acusado de se intrometer em tudo no clube, inclusive na carreira dos companheiros, e muitos acham que ele vem extrapolando, ao querer dar ordens aos demais não somente dentro de campo mas até fora dele (...) Oficialmente, entretanto, ninguém admite o clima ruim. Mas se a maré virar... Abre o olho, Oswaldo, e trata de segurar a fera (que, aliás, não vem jogando nada nas últimas rodadas)." O caldo engrossou.

Tititi d'Aline. O duelo São José x Campo Mourão, pela terceira divisão do Paraná, entrou para a história: nenhum pagante no estádio Newton Agibert, em Prudentópolis, a 200 quilômetros de São José dos Pinhais - o estádio do time está interditado. O São José ganhou por 1 a 0. Menos mal.

Você sabia que... o campeão da Copa do Brasil receberá R$ 3 milhões de prêmio, R$ 1,2 milhão a mais que o vice?

Bola de ouro. São Cristóvão. Deve batizar o estádio Figueira de Melo com o nome de Ronaldo Luiz Nazário de Lima, o fofo Ronaldo.

Bola de latão. Basquete. O esporte vive mesmo fase antológica. Depois de a seleção masculina colecionar derrotas na Copa América, mais uma cesta no cesto de lixo: o Campeonato Estadual do Rio terá apenas três equipes, Flamengo, Macaé e Campos. Haja emoção!

Bola de lixo. Ronaldo. O fofo trocou mesmo a chuteira pela cartola. Ignorou a luta da Associação dos Atletas pela Cidadania por um esporte transparente e não deu a mínima para a rebelião dos jogadores contra a folhinha do Circo Brasileiro de Futebol.

Bola sete. "Obrigado Deus! Brasil, meu Brasil Brasileiro! Vamos com tudo" (de Alexandre Pato, festejando a convocação para a amarelinha desbotada - um poeta).

Dúvida pertinente. Tite ignora Pato, Felipão chama atacante: quem está certo?