Embalado após conquistar quatro goleadas consecutivas — foram 20 gols anotados nos últimos quatro jogos —, o Flamengo volta ao palco onde também massacrou o Corinthians na temporada passada, quando fez 5 a 1. Os dois clubes fazem o clássico interestadual da 14ª rodada do Campeonato Brasileiro neste domingo (1º), às 16h, na Neo Química Arena. No podcast Posse de Bola #147, o jornalista Juca Kfouri levantou a possibilidade de o time de Renato Gaúcho chegar a mais um placar elástico diante do clube paulista, uma vez que o Rubro-Negro não tomou conhecimento de Bahia, Defensa y Justicia, São Paulo e ABC nas últimas partidas.



"Olhando para o jogo Flamengo e ABC, o Gabigol perdeu um gol, o Gabigol perdeu o segundo gol, o Bruno [Henrique] fez um gol que estava impedido e aí deu uma certa calmaria. Acho que passou na cabeça das pessoas: será que o ABC, da Série D [do Brasileiro], vai complicar a vida do Flamengo? Aí, o Flamengo fez dos 25 aos 45 [minutos do primeiro tempo] com o ABC exatamente o que havia feito com o SPFC", disse. Para o colunista do UOL Esporte, o ambiente na Gávea mudou e ficou mais leve após a chegada de Renato Gaúcho, que sucedeu o colega de profissão Rogério Ceni, que tinha problemas de relacionamento no grupo.

"Não é preocupação com o saldo na Libertadores nem na Copa do Brasil, é a preocupação em ser alegre, de jogar bom futebol, de dar show, eles se divertem. Quem viu a volta do time do Flamengo do intervalo [na partida de quinta-feira], viu seis jogadores que voltaram agrupados às gargalhadas. Isso eu acho que é mérito do Renato Gaúcho, porque no Rio ele é Gaúcho, em Porto Alegre ele é Portaluppi. É mérito dele, ele desanuviou o clima pesado. É claro que ele teve todo o elenco de volta, coisa que o Rogério nunca teve", refletiu.



"Vão dizer que clássico é clássico e vice-versa, é jogo de cachorro grande, o peso das camisas. É evidente que pode acontecer um aborto da natureza, como a gente já está mais do que acostumado a ver acontecer no futebol. Mas a previsão, na temperatura normal, é o Flamengo golear o Corinthians porque a diferença é abissal. E não é apenas com o Corinthians, diria que não é assim com o Atlético-MG e com o Palmeiras, talvez contra o Fortaleza que endurece o jogo contra todo mundo, embora ontem eu tenha visto o CRB endurecer contra ele. Eu não tenho dúvida que a previsão é de massacre no domingo", acrescentou.