Atualmente no Flamengo, Andreas Pereira quase defendeu a seleção da Bélgica. Nascido no país europeu e tendo feito o início da carreira por lá, o meia só chegou à seleção brasileira por conta de Alexandre Gallo e um capítulo envolvendo Diego Costa.
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Em entrevista ao ESPN.com.br, o antigo treinador do Brasil sub-20 revelou como o atual atacante do Atlético-MG serviu de exemplo para que um projeto encabeçado pelo técnico saísse do papel e fosse capaz de 'peneirar' no Velho Continente jogadores 'escondidos' e que poderia defender seleções europeias.
"Depois que o Diego Costa escolheu a seleção espanhola, em uma reunião com o presidente da CBF, apresentei um projeto dessa busca. A gente não tinha registro de vários atletas fora do Brasil e acabava perdendo", começou por afirmar.
"Logo que cheguei à CBF, eu recebi uma ligação do Mazinho, porque o Rafinha Alcantara ia para Espanha: ‘Vou falar sem nenhuma delonga e não estou dizendo para fazer a tua cabeça. Meu filho está indo novamente para a Espanha, que está pressionando demais’. O Brasil já tinha perdido o Thiago. Eu fiz uma convocação e chamei o Rafinha, que foi muito bem e fomos campeões em Toulon e em outro torneio na Suíça. Nós conseguimos que ele se ambientasse para a seleção e não o perdemos para a Espanha".
Para chegar até Andreas Pereira, Gallo revelou que foi até Portugal, na casa do jogador, conversou com os pais do atleta e recebeu uma resposta positiva para o meia atuar pela seleção brasileira.
"Quando apresentei esse projeto, achamos uma quantidade de atletas que não imaginávamos. Eu comecei a ir para as grandes ligas da Europa e a falar pessoalmente com as ligas e os grandes clubes. O Andreas foi um talento que já vinha jogando pela seleção sub-17 da Bélgica, e estive em Portugal, na casa dele, para falar com a família. O pai dele era um ex-jogador que atuou na Bélgica e ficou. Não tínhamos um registro dele. Eu vi um jogo do Andreas e gostei bastante".
"Eu estava em Lisboa e soube da situação dele e fui falar com os pais e propus para chamá-lo para a seleção brasileira, e o pai dele ficou muito contente. Ele já se destacava, era o camisa 10 da Bélgica. Vi uma qualidade técnica muito grande e uma leitura de jogo ótima. O Andreas aceitou de pronto, e fico feliz de vê-lo brilhar no Flamengo, porque jogou em alto rendimento na Europa e até serviu a seleção brasileira", completou.
"Foi uma conversa bem simples e objetiva. Os pais reclamaram que nunca tinham dado atenção a ele na seleção".
Sobre o novo desafio do meia no Flamengo, Alexandre Gallo crê que o atleta de 25 anos tem tudo para se destacar e apontou onde acredita ser a posição ideal do jogador no time de Renato Gaúcho.
"O Andreas é um cara extremamente técnico e tem uma visão de jogo bem interessante. Ele pode fazer quase todas a funções do meio de campo. Ele pode ser um segundo volante de muita qualidade em casa com um Flamengo querendo impor o jogo".
"Tem uma coisa muito interessante que faz, inversão de jogo toda hora. Fazendo com que as defesas que jogam compactas se movimentem muito. Ele controla o adversário com a bola no pé. Isso você vai sangrando a equipe adversaria e abrindo espaços. Ele pode ser um meia mais ofensivo porque tem uma finalização excelente de média distância. Pode jogar até mesmo como segundo atacante. Como o Flamengo joga para cima, acertou em cheio", continuou por afirmar.
"Ele talvez já esteja sendo preparado para assumir a função do Diego ou do Everton Ribeiro. Isso depende do que o Renato vai querer para ele", finalizou.
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