O Flamengo sob a presidência de Rodolfo Landim já recebeu críticas por sua postura em diferentes momentos e nesta semana voltou a ser alvo devido ao posicionamento a respeito da volta do público aos estádios, com a obtenção de uma liminar e a autorização da prefeitura do Rio de Janeiro para mandar jogos com torcida no Maracanã, situação que coloca o clube em rota de colisão com os demais 19 da Série A, que defendem a isonomia no assunto.



No podcast Posse de Bola #159, Juca Kfouri afirma que a postura do mandatário rubro-negro acaba sendo prejudicial ao Flamengo, além de prejudicar a imagem do clube da Gávea da mesma forma que Eurico Miranda fez no rival Vasco e Andrés Sanchez no Corinthians.


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"Quem não é anti-Flamengo, não tem essas bobagens de ser anti e que vinha, não é de hoje, querendo ver os jogos do Flamengo, porque é o melhor time que tem para você ver jogar, tendo simpatia pelo Flamengo, vem esse arrogante e faz isso, aquilo que o Eurico Miranda fazia de charuto, ele faz com taça de vinho branco ou com gin tônica, sei lá, ele é muito arrogante, ele é o anti-Flamengo deste ponto de vista. Porque há uma série de coisas que precisam ser discutidas", diz Juca.

"Isso tinha que ser discutido, o Flamengo tinha que ter ido à reunião e ponderado, feito inclusive os outros pensarem, porque ninguém está pensando e sempre se pensa no próprio umbigo, isso sempre foi assim. Então, o Landim está fazendo com a imagem do Flamengo o que o Eurico Miranda fez durante anos com a do Vasco e de certa maneira o Andrés Sanchez sem charuto e sem vinho branco, apenas aquela boca suja dele conseguiu fazer também com o Corinthians, mais em um outro campo, da não-transparência e tudo mais", completa.

O jornalista também critica o uso do Flamengo para dar apoio a políticos e diz que não se deve utilizar clubes de futebol em favor de qualquer que seja o candidato.

"Se mete na política do país, diz que o rubro-negro vai votar no Bolsonaro, o que é uma estupidez dele, porque evidentemente que na torcida do Flamengo existe a mesma proporção de pró e contra qualquer um, e aí sim, uma coisa é um clube se manifestar por uma ideia, pela democracia, pelo meio ambiente, contra a homofobia, outra coisa é um clube se manifestar por qualquer candidato, qualquer, quero deixar claro", diz Juca.



"Não é função de clube de futebol se posicionar em relação a qualquer político, porque as torcidas são as torcidas, elas reproduzem aquilo que o país está pensando. É de uma profunda infelicidade tudo isso que está acontecendo e digo mais, o Grêmio está ameaçando uma atitude heroica, não vai ao jogo quarta-feira. Se tivesse vencido lá em Porto Alegre ou tivesse empatado, se não tivesse tomado de 4 e não soubesse que quarta-feira não tem nada que fazer no Maracanã, provavelmente não estaria fazendo esta ameaça", conclui.

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