Em campeonato equilibrado, todo cuidado é pouco. Ao saltar na tabela do Campeonato Brasileiro e ficar mais próximo do G4, o Flamengo adotou a cautela como arma para não atrapalhar a boa fase. Sempre que indagados sobre a chance de classificação para a Libertadores, o discurso dos jogadores é de humildade.
O roteiro é bem semelhante à estratégia adotada em 2009, quando o clube subia a olhos vistos na tabela e dizia sempre almejar apenas uma vaga na Libertadores. Internamente, Andrade, Adriano e companhia trabalhavam com a possibilidade real de título, o que aconteceu. Para evitar euforia e pressão externas, o discurso era de vaga na Libertadores.

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Jayme de Almeida, Léo Moura e Chicão seguem o mesmo trilho, com objetivo diferente. Além de não contar com estrelas do quilate de Petkovic e Adriano nesta temporada, a distância para o líder Cruzeiro é causa perdida. Mas os oito pontos que separam o time do Atlético-PR, primeiro time no G4, alimentam o sonho. Por isso, os rubro-negros pisam em ovos em qualquer declaração.

"Tem de ter cuidado em tudo. Qualquer palavra aqui pode motivar o adversário. Tem de provar dentro de campo", afirmou o zagueiro Chicão.

A tática de falar pouco sobre as possibilidades de sonhar com G4 encontra fundo nos números. Se oito pontos separam o time da zona de classificação para a Libertadores, apenas cinco distanciam o time do Vasco, primeiro time na zona de rebaixamento.

Na caminhada de cinco jogos sem vencer e o alcance do sétimo lugar na tabela do Brasileiro, o Flamengo, garante Chicão, evoluiu. Principalmente após a saída de Mano Menezes. Depois de Elias exaltar a maturidade do time nas últimas rodadas, Chicão exaltou outro ponto.

"A concentração dos jogos aumentou bastante, a gente vinha errando em alguns detalhes. A gente saía na frente em alguns jogos, como contra o Atlético-PR, e não conseguimos manter a frente. Vamos procurar vencer e fazer nossa parte para vencer na tabela", disse Chicão.