O Flamengo encaminhou a contratação do técnico Paulo Sousa, que ainda precisa rescindir com a Seleção da Polônia para o negócio ser oficializado. Dessa forma, para deixar a torcida do Flamengo mais íntima do perfil do possível treinador do clube, o LANCE! traz uma reveladora entrevista do treinador de 51 anos, que, nos tempos de jogador, atuou por Benfica, Juventus, Inter de Milão e Borussia Dortmund, dentre outros clubes.
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Em 2019, Paulo Sousa falou ao site português "Tribuna Expresso" e destacou que considera dois jogadores essenciais para o seu modelo de jogo:
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Sou um romântico, gosto que as minhas equipes sejam muito poéticas. Há dois jogadores determinantes numa primeira fase de construção: o goleiro e o primeiro volante. Esse volante é realmente um jogador fundamental - disse Paulo Sousa, emendando:
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Gosto dos meus times sendo protagonistas em todos os momentos do jogo. Mas, fundamentalmente, com bola. Gosto de ver as minhas equipes expressarem todo o seu conteúdo romântico ou poético, individual e coletivo, de forma a que tenham domínio sobre o adversário, e esse domínio tem muito a ver, no meu ponto de vista, com espaço e com tempo. Requer, sem dúvida, uma inteligência tática importante. Procuramos ter uma identidade comum em todas as equipes, onde essa base permita ao indivíduo a tomada mais rápida de decisões perante esse tempo e espaço, para que essa expressão poética possa ser a base do individual. A base para oferecer ao público em geral e aos nossos torcedores algo que lhes permitam passar uma semana com ansiedade de voltarem ao estádio para os poderem ver com as mesmas emoções.
Sobre o lado "romântico", Paulo Sousa, que já treinou clubes como Leicester-ING, Fiorentina-ITA, Maccabi Tel Aviv-ISR, Tianjin Quanjian-CHN e Bordeaux-FRA, deu a sua versão:
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(Ser romântico no futebol) É estar o maior tempo possível no meio campo adversário, mesmo com equipes, hoje em dia, bem capacitadas fisicamente, taticamente também bem definidas, com espaços bem curtos, e que através da identidade comum e do dinamismo coletivo a expressão individual possa fazer diferença no último terço, porque o expoente máximo do futebol é o gol. Então, é também a capacidade de produzir, durante o jogo, inúmeras ocasiões de gol para entusiasmar quem joga e, sobretudo, quem vem ao estádio. Eles são sempre a alma de tudo o que é o futebol, e ter a maioria dos estádios sempre cheios é, para mim, uma realização única.
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