Triste por lesões, Marquinhos espera 'formar dupla forte' com Marcelinho

21/10/2013 12:59

Triste por lesões, Marquinhos espera 'formar dupla forte' com Marcelinho

Triste por lesões, Marquinhos espera formar dupla forte com Marcelinho
Primeiro, foi um problema no menisco, que precisou ser tratado através de intervenção cirúrgica. Depois, um edema ósseo na tíbia, que o tirou da Copa América com a seleção brasileira, e, agora, o impede de atuar pelo Flamengo no Campeonato Estadual. Um problema que chegou a regredir, mas voltou a aumentar. E, para completar, seu nome entre os envolvidos em uma grande polêmica que tomou conta do basquete nas últimas semanas, já que foi um dos dispensados do elenco de Rubén Magnano. Os últimos três meses, realmente, não têm sido fáceis na vida do ala Marquinhos.


Em um bate-papo com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM, entre uma sessão de gelo e outra de tens (impulsos elétricos sobre a pele), o melhor jogador do último NBB falou sobre o período difícil pelo qual está passando. Desacostumado à rotina de lesões, salas de fisioterapias e banco de reservas, ele só deseja voltar às quadras o mais rápido possível, para poder matar a expectativa de muitos torcedores do Flamengo, inclusive a sua, em formar uma dupla calibrada com Marcelinho Machado.

- Eu também estou esperando para formar essa dupla forte com ele. Esse foi um dos motivos que me fizeram vir para o Flamengo.

Também para jogar com o Olivinha, com o Benite, que é um cara de seleção brasileira. Mas, infelizmente, o tempo tem atrasado a gente. Ano passado, foi ele (a se lesionar). Só pudemos jogar juntos na Sul-Americana. É um cara que me amarro. Adoro o estilo de jogo dele, se aproxima um pouco do meu. Espero sarar para estarmos formando essa dupla - disse o camisa 11, rasgando elogios ao camisa 4 do Rubro-Negro.

Fora de ação, praticamente, desde a final do NBB em julho - ele tentou retornar na estreia no Estadual, mas voltou a sentir a lesão -, Marquinhos se diz tranquilo sobre as discussões envolvendo jogadores que pediram dispensa ou alegaram lesões para não irem a Caracas com a seleção brasileira e aproveitou para sair em defesa de atletas como Nenê e Leandrinho, dizendo entender que Rubén Magnano tem de convocá-los para os próximos campeonatos.

- Tem que chamar. Primeiro, eles têm de mostrar que merecem estar na seleção, fazer um bom ano e tal. Na minha opinião, seleção é isso. Os jogadores têm de estar em um bom momento no clube. Acho que ele (Rubén Magnano) deve pesar isso também. Já os jogadores de NBA são um caso à parte, pois jogam no melhor basquete do mundo e têm de ser chamados. Não podemos pensar de maneira individual. Não foi porque o Nenê não veio que ele não deva ser chamado. O Thiago (Splitter) também. Acho que esse tem que ser um novo basquete brasileiro, onde muitas pessoas dependem disso. O basquete brasileiro precisa estar lá em cima para recebermos um salário melhor, termos um campeonato melhor. Quem tem que se beneficiar com isso é a seleção brasileira. Não podemos julgar os que não foram - opinou.

Confira a entrevista na íntegra:
GLOBOESPORTE.COM: Como está sendo encarar esse momento difícil?
MARQUINHOS: Tem que ter muita paciência, né, cara? Acho que nenhum atleta gosta de ficar vendo um jogo de fora. Comigo não é diferente. Estou com muita vontade de estar jogando, mas é momento de se cuidar. Temos uma temporada muito grande pela frente e o time precisa de mim inteiro no campeonato todo.
Está preocupado com essas lesões seguidas?
Fico um pouco triste, porque já perdi um campeonato importante pela seleção e estou perdendo o Carioca, onde deveria estar pegando ritmo para o NBB, que será muito forte. Espero estar pronto para a estreia (contra o Brasília). Tenho que esperar, tratar direito e ter paciência.
Você ensaiou uma volta na estreia do Estadual, mas saiu e não voltou mais. O que aconteceu?
Voltei devagarzinho. Progressivamente, ia melhorando. Em um dia, fiz um trabalho de bandejas; no outro, corri um pouco mais. Só que quando fui para o jogo, senti dor. Estava mancando um pouco. Conversamos e resolvi sair.
Você já teve essa lesão?
Nunca tive muitas lesões, por isso é difícil. Tenho que esperar zerar. Não tenho o que fazer.
Como está sendo o dia a dia?
Faço, normalmente, duas, às vezes, três sessões de fisioterapia por dia, gelo direto a cada duas horas e tens (impulsos elétricos sobre a pele).
O que é mais difícil de recuperar em quadra depois de uma lesão?
No meu caso, a questão física, porque sou um cara mais magro, parecido com o Marcelinho. Mas o pior mesmo é a tristeza de ficar fora, perdendo treinos, jogos, não poder ajudar o time e não fazer o que mais gosto.
Muitos estão esperando ver a dupla com Marcelinho em quadra, vocês também têm isso?
Eu também estou esperando para formar essa dupla forte com ele. Esse foi um dos motivos que me fizeram vir para o Flamengo. Também para jogar com o Olivinha, com o Benite, que é um cara de seleção brasileira. Mas, infelizmente, o tempo tem atrasado a gente. Ano passado foi ele (a se lesionar). Só pudermos jogar juntos na Sul-Americana. É um cara que me amarro. Adoro o estilo de jogo dele, se aproxima um pouco do meu. Espero sarar para estarmos formando essa dupla.

E como vai ser quando estiverem juntos? Vocês têm um estilo de jogo parecido, gostam de fazer a jogada individual algumas vezes.
Tem jogada para todo mundo. Tem para mim, para ele. Temos que saber respeitar o momento de cada um nas partidas.
Nos últimos dias, a questão da ausência de alguns jogadores para a Copa América voltou a gerar polêmica. Você, mesmo machucado, está no pacote de jogadores que não foram. Não dava mesmo para você jogar? Se fosse no Mundial, você acha que poderia forçar a barra? Essas desconfianças incomodam de alguma forma?
Falando claramente, está provado que não havia nenhuma condição de eu ter disputado a Copa América por causa desse edema na tíbia. No menisco, eu estava zerado. Como você falou, o meu nome está no meio, sou um dos que perderam, mas é bola para frente. Tem que pintar esse convite, pois o Brasil não pode ficar fora do Mundial. Nós estamos em uma crescente muito grande no basquete mundial.
Você já pensa na sua preparação para esse Mundial ou ainda está longe?
Ainda está bem longe. Acredito que em um mês, um mês de meio, já estou zerado dessa lesão. Espero fazer um bom campeonato para ter meu nome relacionado na lista e depois ajudar o Brasil a chegar ao top 3 do mundo. O Mundial da Espanha reunirá 24 grandes seleções e será muito mais difícil do que as Olimpíadas porque as equipes são muito mais niveladas.
Caso vá ao Mundial, a responsabilidade será enorme pelo último resultado. Você acredita que dá para brigar com as grandes potências?
Depois que o Magnano assumiu, o Brasil adotou uma filosofia de que todos os jogadores são importantes para a seleção. Pensar que é totalmente diferente do que nos clubes, pois temos que jogar para o time, nos ajudar o tempo todo. Todos os jogos que disputamos das Olimpíadas até o Mundial, jogamos no nosso limite. Agora, nós temos um fator a mais em relação ao último Mundial. Lá, o Nenê atuou pela primeira vez; eu, também. Muitos jogadores eram novos. De lá para cá, passaram quatro anos, com uma Olimpíada no meio, onde jogamos muito bem. Então, acho que temos tudo para melhorarmos nossa classificação do Mundial da Turquia (NR: o Brasil caiu nas oitavas de final ao perder para a Argentina por 93 a 89).
Você chamaria os jogadores que pediram dispensa para a Copa América?
Tem que chamar. Primeiro, eles têm de mostrar que merecem estar na seleção, fazer um bom ano e tal. Na minha opinião, seleção é isso. Os jogadores têm de estar em um bom momento no clube. Acho que ele (Rubén Magnano) deve pesar isso também. Já os jogadores de NBA são um caso à parte, pois jogam no melhor basquete do mundo e têm de ser chamados. Não podemos pensar de maneira individual. Não foi porque o Nenê não veio que ele não deva ser chamado. O Thiago (Splitter) também. Acho que esse tem que ser um novo basquete brasileiro, onde muitas pessoas dependem disso. O basquete brasileiro precisa estar lá em cima para recebermos um salário melhor, termos um campeonato melhor. Quem tem que se beneficiar com isso é a seleção brasileira. Não podemos julgar os que não foram.
Você poderia ter ido para a NBA nesse ano, mas não aconteceu. Ficou frustrado?
Vou falar a verdade. Hoje em dia, não é meu sonho. Tive essa oportunidade de estar lá treinando com eles. Rolaram dois, três times interessados, mas não pintou o contrato para assinar. Não é a minha prioridade na minha carreira agora. Minha prioridade é jogar, ficar em um clube que tem torcida e disputa campeonatos. Minha ideia é essa. Sempre estar jogando, feliz, e aproveitando a minha carreira.
O que você ainda quer do basquete que o basquete não te deu?
Muitos títulos, pois ainda tenho poucos. Essa foi uma das razões de eu ter ficado aqui. Mas o que eu desejaria mesmo era uma medalha olímpica e mundial. Se Deus quiser, estarei nesse Mundial e nas Olimpíadas do Brasil, que me daria um up na carreira muito grande.

653 visitas - Fonte: Globo Esporte


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