22/10/2013 14:13
Patricia não justifica gastos e pode ser expulsa do Flamengo
Gasto de aproximadamente R$ 45 mil para festa de confraternização de funcionários é justificado com nota fiscal do ano de 1994
Patricia Amorim não é mais presidente do Flamengo desde a eleição de dezembro de 2012, quando Eduardo Bandeira de Melo assumiu como mandatário do clube. Porém, agora, se não conseguir justificar os gastos de mais de R$ 7 milhões durante a sua gestão, poderá ser expulsa definitivamente. A decisão será de uma comissão do Conselho Deliberativo na noite desta terça-feira.
Desde a sua saída, foi apurado um adiantamento de mais de RS 7 milhões em receitas e R$ 1,6 milhão desses gastos ainda não foram justificados de maneira correta. Neste montante, o que mais chama a atenção dos auditores é um gasto de aproximadamente R$ 45 mil para festa de confraternização de funcionários justificado com nota fiscal do ano de 1994.
"De fato, houve a festinha lá para o pessoal, o que é justo e muito bonito até. E dentro de uma realidade, realizada com um custo barato. O que não pode é apresentar uma nota datada de quase 20 anos atrás para isso. Temos que entender exatamente o destino de uma receita do clube", disse o presidente da comissão criada para investigar os gastos de Patricia, Moysés Akerman, ao UOL.
Além da ex-presidente, outros três nomes surgem como responsáveis pelos gastos não justificados: o ex-vice de finanças Michel Levy, o controller (responsável pela área contábil) do clube na época, William Pereira, e o então presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro. "A empresa que paga o evento é co-autora ao aceitar e repassar uma nota tão antiga. Todos sabiam disso", reforçou Moysés.
Se for confirmado a infâmia, Patricia Amorim será expulsa do quadro social do clube e obrigada a devolver o valor não justificado. Porém, antes de se ter certeza das acusações, o presidente da comissão explicou todo o processo até chegar ao valor em questão:
"Primeiro, votamos a prestação de contas e observamos que um valor de R$ 7 milhões não estava batendo. Aprovamos parcialmente o exercício de 2011, fizemos uma ressalva e criamos essa comissão para apurar esta inconsistência. Refazendo as contas e com novas justificativas, tivemos ainda um gasto de R$ 1,6 milhão indevido. Vamos apresentar o parecer na reunião do Conselho Deliberativo nesta terça e definir a criação de uma nova comissão. Desta vez, será aberto um processo disciplinar. Eles precisam explicar e, claro, se defender. Daremos esse direito".
Apesar das acusações, a ex-mandatária já afirmou que não tem nada mal explicado e ainda fez questão de dizer que está sofrendo perseguição política do grupo que está no poder. Porém, Moysés rebateu:
"Ninguém persegue ninguém. Queremos apenas fechar uma conta. Aconteceram coisas que não têm uma explicação coerente nos balanços e temos que esclarecer. O que pretendemos é criar um modelo para que isso não ocorra mais. Vamos apurar e até punir quem lesou o clube, se necessário. Queremos dar esse exemplo, mas sem qualquer tom político. Pensamos apenas na saúde financeira do Flamengo. E eles podem muito bem resolver isso: é só aparecer com as notas. Se tiverem boas justificativas e provarem de maneira correta os gastos, está encerrado o assunto. Não precisa nem de reunião. Do contrário, criaremos uma nova comissão, sim. Não podemos deixar passar", encerrou.
1137 visitas - Fonte: Esporte Interativo
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