A paixão é exibida com orgulho. O amor rubro-negro está na família e passou de gerações. Nasceu com o menos badalado Flamengo de Porto Velho (RO) - extinto clube de Rondônia, fundado em 1955, detentor de dez títulos estaduais na fase amadora da competição.
- Meu avô começou a jogar no Fla aqui de Porto Velho. Aí eu comecei a ver o time em 2009, na conquista do hexa. Daí surgiu essa paixão pelo Flamengo - explica Tharso Andrey Lima, de 12 anos, torcedor ilustre do time da Gávea.

Neste domingo, o time máster da equipe carioca entrou em campo para enfrentar a seleção do combinado de Rondônia, no estádio Aluízio Ferreira, em Porto Velho. O jogo era beneficente, e reuniu os ídolos de outros tempos do Mengão. Mas o brilho da partida não ficou apenas restrito às quadros linhas, fora de campo, um torcedor, apesar de ser muito jovem, mostrou que tem um amor incondicional pelo clube. Um menino com 12 anos, de sorriso fácil, mas com muita atitude.

Na beira do gramado, o olhar atento para ver os jogadores. A bola rola... e ele nem pisca. Na torcida, Tharso consegue se aproximar dos jogadores no banco de reserva e quando tem pênalti: Cláudio Adão cobra, marca e a imagem vai para o celular.
A paixão de Tharso pelo Flamengo surgiu há quatro anos, desde então ele tem tudo sobre o time. Contudo, o jovem nunca imaginou que em algum momento estaria tão perto dos ex-craques do time do coração.

- Não, não. Eu sonhava de noite e quando eu acordava eu ficava triste. Agora eu estou aproveitando esse momento para prestigiá-los e pegar autógrafos - disse o jovem.
Não satisfeito só em ver a partida, ele começa a saga em busca dos autógrafos. Mesmo sem conseguir falar com Andrade, ele não desiste. Vai atrás de outros jogadores. Implacável caçador, depois de tanto esforço, a vitória certa. Tharso conversa com Beto, que agradece o carinho.

- Fico feliz com isso, de você ter vindo aqui. Passar esse carinho, apesar de ser novo e ter visto pouco da história do Flamengo - disse o meia-atacante do Flamaster.