2/11/2013 18:13
Zico lamenta a morte de Liminha: 'Ele foi um dos que mais me ajudaram'
Em Doha, no Catar, maior ídolo rubro-negro elogiou ex-companheiro nos títulos de 1972 e 1974. 'Incentivava todos a entender o que era vestir a camisa do Flamengo'
A morte de Liminha, ex-jogador nos anos 1960 e 1970 e treinador da base até ser demitido este ano pela atual diretoria, deixou abalado o maior ídolo da história rubro-negra. Em Doha, no Catar, onde dirige o Al Gharafa, Zico só soube do falecimento do amigo na manhã deste sábado e prestou sua homenagem num post em seu site, falando da importância em sua carreira do Carregador de Piano, como o ex-cabeça de área era conhecido.
- Lamento bastante a morte de um dos que mais me ajudaram no início de carreira, junto com Fred e Arílson. Peguei muita carona no Engenho de Dentro com ele para ir para o treino na Gávea e, quando comecei a jogar, ele falava para eu não voltar tanto que ele ia roubar a bola do adversário e me dar. Era para eu ficar sempre esperando e não me desgastar tanto marcando. Fomos campeões juntos em 1974 com Jayme, Vanderlei, Cantarele, Rondineli, Junior, Geraldo etc. A safra inicial das grandes conquistas do clube. Não só corria, mas jogava e incentivava todos a entender o que era vestir a camisa do Flamengo. Que descanse em paz, e todos os meus sentimentos para a família dele
- postou o Galinho.
Liminha morreu na noite da última sexta-feira. Ele estava internado no CTI do Hospital TotalCor, em Ipanema, Zona Sul da cidade, depois que um problema dentário se transformou em uma infecção generalizada. Campeão carioca em 1972 e 1974, ganhou o apelido do locutor de rádio Waldyr Amaral de Carregador de Piano, tamanha era sua dedicação em campo. Eificiente na marcação, com bom passe, o ex-volante 5 foi o oitavo jogador que mais vestiu a camisa rubro-negra - foram 513 partidas - e marcou 29 gols. No título carioca de 1972, formou o meio-campo ora com Zanata, ora com Zé Mário. Em 1974, tinha como parceiro o camisa 8 Geraldo, o Assoviador.
Nascido em Tietê (SP), João Crevelim tinha 69 anos. Ao lado de Arílson e Dionísio, todos companheiros de clube na década de 70, fazia parte do quadro de funcionários do Rubro-Negro, onde trabalhava nas divisões de base. Os três foram demitidos em março. Arílson, de 65 anos, luta contra um câncer na garganta.
Amigo e ex-comandado lamentam
Logo após a notícia da morte de Liminha ser divulgada, começaram as manifestações nas redes sociais, principalmente de atletas da base rubro-negra que tiveram contato com o ex-jogador nos últimos anos. Entre eles, Mattheus, filho do ex-atacante Bebeto, que publicou no Twitter:
- Muito triste em saber que o Liminha, que foi meu treinador no juvenil e me ajudou muito, faleceu! Que Deus conforte seus familiares.
O ex-atacante Dionísio, o Bode Atomico, falou por telefone sobre o amigo.
- Trabalhamos um monte de anos juntos. Vim saber logo em seguida. Liguei para a mulher dele, e o Liminha estava bem ontem (quinta-feira), tinha se recuperado. Ela me disse ontem que ele estava bem, mas uma bactéria o atacou. Com certeza o Flamengo tem que fazer alguma coisa para ele, pelo menos agora - disse Dionísio, de 66 anos.
Nos anos 1970, Liminha era um dos mais experientes do time e foi muito importante na transição que promoveu a subida de alguns jogadores das divisões de base que mais tarde seriam responsáveis pelas maiores conquistas da história do Flamengo: Zico, Geraldo, Rondinelli e Junior, além de Vanderlei e Jayme, contaram com os conselhos do camisa 5 rubro-negro..
848 visitas - Fonte: Globo Esporte
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