Com Dorival Júnior no banco e Pedro atuando como titular antes, o Flamengo, certamente, brigaria pelo título cabeça a cabeça com o forte Palmeiras de Abel Ferreira (Imagem: FRANCISCO STUCKERT/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO)

Antes de a bola rolar no Campeonato Brasileiro, Atlético-MG, atual campeão do Brasileiro e da Copa do Brasil, e Flamengo, dono de um orçamento rico e do melhor elenco do país, eram apontados por todos como dois dos três favoritos ao título. O outro era o Palmeiras, o bicampeão da América que fecha a trinca de milionários.



O fato é que, passado um turno e um jogo, só o Palmeiras, líder isolado e disparado, é candidato ao título: e, agora, na condição de grande e único favorito.

Com Dorival, o Flamengo venceu o Avaí fora de casa (adversário que roubou dois pontos do líder) e goleou o Atlético-GO em casa e, na prática, as distância de 9 e 5 pontos, respectivamente, para Palmeiras e Corinthians se mantiveram, com duas rodadas a menos a ser disputada... Com todo o respeito aos matemáticos e rubro-negros otimistas de plantão, pensando em título, já era!
O vice-líder Corinthians e o Fluminense —que visita o Santos nesta segunda-feira e em caso de vitória reduz para 5 pontos a distância para o Palmeiras—, apontados antes da competição como candidatos a quarta força, tentam se manter na disputa, correndo por fora.

Athletico-PR e Inter, que fazem boas campanhas, não são considerados candidatos reais à conquista nem por Felipão, nem por Mano Menezes. E eles sabem do que estão falando.

O São Paulo, sempre supervalorizado pela mídia, chegou (sem qualquer motivo visível a olho nu), chegou a ser colocado no bolo de possíveis postulantes, mas, à vera, jamais insinuou que brigaria pelo título.

A verdade é que o Palmeiras, que já foi eliminado da Copa do Brasil (ao contrário do Corinthians, seu principal perseguidor, que está vivo nas três frentes), não pode ainda ser apontado como campeão antecipado, mas já está claro que tem condições de administrar a tabela e a vantagem e que só perderá o caneco se tiver uma queda brusca de desempenho, algo que, nesta altura, não parece provável.

Galo e, especialmente, Flamengo foram vítimas da mentira repetida pelos tardados pela continuidade de que, com tempo, tudo melhora. Se o fraco Turco Mohamed e o péssimo Paulo Sousa tivessem sido demitidos antes e não tivessem dado ouvidos os Jênios, com J maiúsculos, que apostavam na continuidade de algo que estava claramente fadado ao fracasso, Galo e Flamengo estariam, como previsto por todos, brigando.

Alguém dirá que Abel Ferreira é o técnico mais longevo e lidera. Claro, porque ele é muito bom e precisou de meses para ganhar a Libertadores. Técnico bom (mesmo chorão e que reclama de apito em jogo que o adversário teve uma penalidade escandalosa não marcada a seu favor no primeiro tempo antes de ser presenteada com uma inexistente na segunda etapa quando a derrota já era certa e não tinha mais como reagir com um a menos) tem que ficar e ser mantido. Técnico ruim, seja em campo, seja na gestão do grupo, tem que vazar o quanto antes.

O torcedor rubro-negro tem alguma dúvida que brigaria pelo título caso Dorival Júnior tivesse assumido uma meia dúzia de jogos antes? O atleticano, que ficou esperando que o time tomasse jeito com Turco Mohamed, tem alguma dúvida que a espera foi tempo jogado no lixo?



Em tempo: o Corinthians só está vivo ainda porque não ouviu os idiotas da continuidade que quase infartaram quando o Corinthians, com grande atraso, chegou a óbvia conclusão que não dava para continuar com Sylvinho... Ou você, Fiel, acha que sem troca e apostando no planejamento inicial e blá-blá-blá o Corinthians estaria nas quartas de final da Copa do Brasil, da Libertadores e na vice-liderança do Brasileiro? Viva a memória!

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