Concluído em julho, o acordo entre Flamengo e a REX, braço imobiliário da EBX, do empresário de Eike Batista, terá de ser revisto. Diante das dificuldades financeiras enfrentadas pelo agora ex-bilionário, o clube e a empresa terão uma reunião nesta quarta-feira para rediscutir os termos do aluguel de 25 anos do Edifício do Morro da Viúva, no bairro do Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Em julho, a REX quitou a segunda metade dos R$ 18 milhões previstos no negócio. De acordo com o projeto, a empresa de Eike Batista teria dois anos para construir no local um hotel de quatro estrelas denominado Parque do Flamengo. A expectativa era de que a obra contasse com 454 quartos, lojas e áreas de lazer, além de ser concluída antes dos Jogos Olímpicos de 2016.

Tão logo o empreendimento estivesse ativo, o Flamengo teria direito a uma participação de 2,36% nos lucros, além de utilização do salão do hotel e um total de 22 quartos. Com a entrega do prédio, o clube teria direito também a uma anistia do IPTU do local, um montante avaliado em cerca de R$ 15 milhões.

Os novos termos do acordo serão discutidos no encontro entre o vice-presidente de patrimônio do clube, Alexandre Wrobel, e os representantes da REX. O dirigente foi responsável pela condução da negociação, que teve duração de dois anos, desde a gestão de Patricia Amorim. Em julho, o clube utilizou os R$ 9 milhões restantes do acordo para quitar salários.

Ninho do Urubu ainda à espera

Também em julho o clube teve a garantia da Prefeitura do Rio de Janeirode que receberia R$ 5 milhões para a conclusão do Ninho do Urubu. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) recomendou ao prefeito Eduardo Paes que reavaliasse a ação. Desde então, o caso está parado.

No início de outubro, o clube conseguiu teve aprovado um projeto baseado na lei do incentivo para conseguir a captação de R$ 12,5 milhões para finalizar o CT. A diretoria segue em contato com empresas para tentar, enfim, ter a verba e reiniciar as obras paralisadas desde agosto de 2012.