Éverton Ribeiro, Everton e Rafinha (de capacete, ao fundo) disputam a bola na semifinal do Maracanã — Foto: André Durão

Everton Cebolinha será titular da equipe A de Dorival Júnior pela primeira vez desde que chegou ao Flamengo. Até então, todos os seis jogos em que iniciou foram válidos pelo Brasileiro. É dia da grande chance para o camisa 19. A última vez que começou uma partida de Libertadores jogando no Maracanã nenhum rubro-negro esquece. Foi no eterno 5 a 0 sobre o Grêmio, em 23 de outubro de 2019.



Enquanto adversário, Cebolinha foi um dos poucos gremistas que tentaram fazer algo contra um avassalador Flamengo. Aos 18 minutos do primeiro tempo, tirou Rodrigo Caio e Éverton Ribeiro com um lindo drible e bateu cruzado. No rebote, Maicon quase abriu o placar. Na etapa final, já com o resultado definido, bateu de fora da área para grande defesa de Diego Alves


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Panorama bem diferente do duelo e de Cebolinha
A coincidência que une o jogo de 2019 ao desta quarta-feira se resume à fase da competição, a semifinal. No embate brasileiro, o mata-mata estava indefinido após empate por 1 a 1 em Porto Alegre. O de agora entre Flamengo e Vélez tem tom de formalidade após os 4 a 0 em Buenos Aires.

Outra diferença radical é o status de Everton Cebolinha. Camisa 11 do Grêmio naquela disputa e titular absoluto, vivia o melhor ano de sua carreira. Era artilheiro do Grêmio na competição, com quatro gols, àquela altura um a menos apenas em relação ao centroavante Gabigol.

Aos 23 anos, Cebolinha havia sido o craque do Brasil na conquista da Copa América e também era o goleador máximo da equipe na temporada, com 17 gols - terminou o ano com 20 (11 pelo Brasileiro, quatro pela Libertadores, quatro pelo Gaúcho e um pela Copa do Brasil), além de oito assistências.

Titular nos 12 jogos do Grêmio na Libertadores
No Flamengo Cebolinha ainda não engrenou, mas esta quarta-feira é o dia de sua grande oportunidade. Pouco mostrou até então, mas o tempo para dialogar com os ases rubro-negros Éverton Ribeiro, Arrascaeta, Gabigol e Pedro também é muito escasso no período.

Na Libertadores 2022, tem pouco mais de 10 minutos jogados (contando os acréscimos). Na vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, em São Paulo, entrou aos 44 do segundo tempo. No Rio, diante do mesmo rival (1 a 0), substituiu Pedro aos 41 da etapa complementar. Na semana passada, em Buenos Aires, começou sua participação a cinco minutos do fim do tempo regulamentar.

Em sua última Libertadores inteira pelo Grêmio, foi titular em todos os 12 jogos e só foi substituído em um deles, nos 3 a 0 sobre o Libertad, no Paraguai. Depois de vitória por 2 a 0 no jogo de ida e resultado consolidado no Estádio Nicolás Leóz, Renato Gaúcho resolveu sacá-lo aos 15 minutos do segundo tempo.

Na edição 2020, ainda foi titular nos dois primeiros jogos pré-pandemia, contra América de Cali (2 a 0) e Internacional de Porto Alegre, mas acabou negociando com o Benfica em agosto.



A semifinal entre Flamengo e Vélez parece resolvida, mas a trajetória de Everton Cebolinha está apenas no início. Transferência mais cara do clube na temporada - pode chegar a 16,5 milhões de euros caso metas sejam atingidas -, o camisa 19 rubro-negro tem a chance que tanto queria para deslanchar na Gávea. É jogo para arriscar drible, ir para cima e conquistar os torcedores.

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