Escalar titulares a quatro dias de uma final da Libertadores foi inédito nas decisões em jogo único e um risco desnecessário, mesmo compreendendo o incômodo dos atletas por ficarem dez dias sem jogar antes da partida mais importante do ano.



Mas deu tudo certo, ninguém se lesionou e o Flamengo saiu do Maracanã com a vitória por 3 a 2 sobre o Santos e também mais moral antes da viagem para Guayaquil.


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Sim, o triunfo teve enorme influência da arbitragem medrosa e caseira. Ridículo, porque, a rigor, o time de Dorival Júnior fazia um "amistoso", já que disputa, no máximo, uma premiação melhor no Brasileiro, e não haveria tanta pressão se o pênalti claro de Matheuzinho em Camacho fosse marcado e o golaço de letra de Pedro, na sequência, tivesse que ser anulado já nos acréscimos do primeiro tempo.
O Flamengo, inclusive, poderia ter virado na segunda etapa, com Léo Pereira na vaga de David Luiz, De Arrascaeta no lugar de Everton Ribeiro e Gabigol substituindo Pedro. E caso não acontecesse, que diferença faria?

Vale bem mais notar a evolução do elenco rubro-negro nos últimos jogos. Os reservas emendaram quatro vitórias, com a solidez da zaga formada por Fabrício Bruno e Pablo e a afirmação da joia Matheus França, além do crescimento de Everton Cebolinha pela esquerda.

Contra o Santos, a estreia de fato de Erick Pulgar, que começou jogando no empate por 1 a 1 com o Ceará, depois se lesionou atuando pelo Chile na data FIFA e retornou tomando conta do meio-campo, acertando lindo chute que provocou mais uma bela defesa do goleiro João Paulo, o melhor em campo, e aparecendo como boa opção para a final.

Até Diego Alves retornou bem, com a costumeira liderança, sem culpa nos gols sofridos e brilhando em duas boas defesas, a mais difícil sem dar rebote para a finalização dentro da área de Marcos Leonardo. Mais seguro que Hugo Souza contra o América no Independência.

O ótimo momento dos suplentes contrasta com as quatro partidas sem vitórias do time titular, ou "das copas". Derrota no Fla-Flu e empates contra Internacional e Corinthians, ida e volta da final da Copa do Brasil. Chegou a hora de vencer, de preferência retomando o bom desempenho de vários jogos nos torneios de mata-mata.

Será preciso retomar a dinâmica no meio, com Thiago Maia, mesmo sentindo o joelho direito, e João Gomes. Também a movimentação na frente para desarticular a mais que provável forte marcação do Athletico de Felipão e também tirar Gabigol do lado direito, para que ele fique mais vezes próximo da zona de conclusão, ao lado de Pedro. Se Rodinei voltar a ser o "avión" pela direita, o ataque ganha amplitude e profundidade.



Eis o grande desafio do Flamengo no Equador: que os titulares confirmem na final sul-americana a evolução do elenco na temporada.

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