Não é só de defesas dentro de campo que vive o goleiro Guilherme, do Flamengo. Destaque absoluto e premiado como o melhor da posição no primeiro título rubro-negro do Campeonato Carioca de futebol 7, ele se divide da forma que pode entre treinos, jogos e estudos. Formado em direito há dois anos, o camisa 1 do Fla não abandona os livros e, apesar de ser um dos principais nomes da equipe que tem Petkovic como astro, investe no sonho fora dos gramados.

- O futebol 7 cresceu de uma maneira muito rápida. Muitos times do Rio estão tendendo a se profissionalizar, mas, por enquanto, a gente não sabe se é uma carreira certa. Então eu sou advogado e estou buscando uma aprovação no concurso público, na área de defensoria pública. Amo muito futebol e amo muito também o Direito, mas tem hora que não dá para fazer os dois ao mesmo tempo - disse.

No primeiro jogo da final do Carioca, no sábado, Guilherme precisou chegar com o duelo já em andamento. O motivo foi uma prova para um concurso público, o que segundo ele não está afetando em nada o bom rendimento do Flamengo.

- No início do ano, eu tinha pensado em parar de jogar para estudar, mas o nosso treinador ofereceu esse benefício de poder faltar caso necessário. O grupo já sabia desde o início que poderiam acontecer esses contratempos, como já aconteceu na final do Mundialito e na semifinal contra o America. Pelo menos fica tudo bem claro.

Para suprir a ausência de Guilherme quando necessário, o técnico José Moraes conta com Diego e Charles. Apesar de titular, Guilherme faz questão de dizer que o Flamengo está muito bem servido na posição.

- O Diego e o Charles são ótimos goleiros. Sempre que o time precisou, eles entraram muito bem. Na final do Mundialito, o Diego agarrou demais. O Charles entrou no shoot-out e garantiu a nossa vitória contra o Fluminense. Se eu precisar faltar ou por acaso me machucar, sei que vai ter alguém lá até melhor do que eu.

Uma das principais qualidades de Guilherme está na habilidade com os pés. Autor de passes decisivos e inclusive chutes perigosos, o goleiro coleciona elogios na função e não esconde seu ídolo no futebol profissional.

- Eu sou fã do Rogério Ceni por saber jogar com os pés. Além disso, sou flamenguista e sou fã do Felipe. Gosto de me inspirar no que é de positivo em várias pessoas. O nosso preparador de goleiros, Genésio, sempre me ajudou bastante. Sempre que precisei corrigir algo ou quando acabei falhando ele estava comigo - finalizou.