Victor Hugo, do Flamengo, mira o topo do mundo: "Não cheguei em 10 do que posso ser"

2/12/2022 09:43

Victor Hugo, do Flamengo, mira o topo do mundo: "Não cheguei em 10 do que posso ser"

Victor Hugo, do Flamengo, mira o topo do mundo: Não cheguei em 10 do que posso ser
Aos 18 anos, Victor Hugo participou da final da Libertadores, entre Flamengo e Athletico-PR — Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

- Tenho que melhorar em tudo. No profissional acho que eu não cheguei nem em 10% do que eu posso ser.



Essa foi a resposta de Victor Hugo quando convidado pela reportagem do ge a apontar aspectos em que precisa melhorar em 2023. De fala tranquila e objetivos ambiciosos traçados, ainda tirou onda após a declaração cheia de personalidade e pautou os entrevistadores.


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- Essa daí dá um título maneiro, hein? - brincou o garoto de 18 anos, emendando uma gargalhada.

Maneiro foi o papo de 30 minutos com o ge, assim como o primeiro ano de Victor entre os profissionais Flamengo. Maduro, falou das aulas de inglês que começou a fazer por iniciativa própria já de olho numa possível transferência para a Europa. Abordou também o lançamento do Instituto Victor Hugo, feito para ajudar crianças a vencerem no futebol.

Campeão da Libertadores e da Copa do Brasil com participação efetiva, Victor Hugo se vê obrigado a não limitar seus sonhos. Mira o topo do mundo com Flamengo, seleção brasileira e também no lado individual.

- É o que eu falei: ser campeão de tudo, seleção brasileira, melhor do mundo. É chegar no topo mesmo.
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Nos seus melhores sonhos, quando começou a temporada, aos 17 anos, você imaginava um 2022 tão bom com Libertadores, Copa do Brasil e gols marcados?

- O ano começou com a Copinha, e eu não estava como titular. Eu vinha bem do sub-17, como artilheiro, campeão e melhor jogador da competição. Eu não fui titular na Copinha, e aí rolaram aquelas dúvidas. Subo para o profissional, dou assistência de letra e consigo fazer gol, jogar jogos decisivos. Nem nos meus melhores sonhos, ainda mais pela forma como foi o início do ano, eu imaginava que 2022 terminaria assim.

Lance mais marcantes no profissional

- O primeiro jogo é inesquecível. Teve a falta do David Luiz, eu dou carrinho, levanto, dou de letra e o João Gomes fez o gol. Estava 1 a 1, eu entrei e ajudei para a vitória. Não poderia ter sido melhor.

- Outro jogo que marcou bastante foi o do Atlético-GO, no Maracanã. Foi o meu primeiro gol no Maracanã e ainda dei assistência, votaram em mim como o cara da rodada. Foi incrível. Contra o Palmeiras, no Allianz, foi bom também, jogo importante com as equipes disputando o título. O gol contra o Atlético-GO foi um golaço.

Virada de chave

- A ficha demora para cair. Foi tudo acontecendo de pouco em pouco. Degrau por degrau. No jogo contra o Altos eu dei assistência, depois eu fiz o gol. Mas acho que quando eu comecei a entrar em jogos decisivos, como no jogo contra o Atlético-MG no Maracanã. Ali eu pensei que tinha conquistado a confiança do treinador e que tinha que me manter no profissional. Eu acho que não teve uma virada de chave, acho que eu alcancei os objetivos de pouquinho em pouquinho.

Como é conviver com os "caras" do Flamengo no vestiário?

- É fantástico. Eu sempre fui aos jogos com meu pai no Maracanã. Agora eu vejo os caras no vestiário. Eles conversam e dão conselhos. É inexplicável para mim e eu tento desfrutar o máximo possível. É uma oportunidade, é uma honra fazer parte do elenco do Flamengo. Muitos não têm essa oportunidade.

David Luiz, o paizão

- O David é um cara fantástico. Eu acredito que ele foi o principal jogador para mim. Ele foi o que mais me ajudou nesse início de carreira. Principalmente na troca de treinador. Eu estava jogando, mas eu tive aqueles pensamentos: “Será que eu vou continuar aqui? Vou voltar para a base?”. Eu cheguei nele e conversei com ele. Ele me passou tranquilidade e confiança, me deu vários conselhos. Ele faz isso desde o primeiro dia que eu subi. Mas não é só comigo, é com todo mundo que está subindo. Ele é um cara que tem uma preocupação de verdade, ele quer o nosso bem e o nosso melhor. Ele me ajudou muito. É o paizão.

Instituto Victor Hugo, fundado no dia 29

- Isso é um sonho da minha família. Não é de hoje. Nós sonhamos com isso desde o início. Pensamos em criar um Instituto para ajudar as crianças a realizar os sonhos. Demos o primeiro passo com a criação do Instagram para divulgar. Temos o objetivo de ajudar as crianças, focando nos esportes para as crianças não saírem do foco. O esporte ajuda a manter o foco, ter uma direção. É um sonho nosso e está se realizando.



Você, diferentemente de muitos garotos da sua idade, já está estudando inglês, conforme vimos em seu Instagram. Partiu de você, dos seus pais ou de empresário?

- Eu faço as aulas há cinco meses. Eu sempre quis e sempre entendi que era importante. Mais para frente, chegar em um clube europeu e já ter o idioma facilita muito. Eu sempre tive interesse, comecei a fazer e fui vendo o quanto é importante. Estou gostando. Eu me sinto tranquilo para me comunicar. Meus pais me apoiaram e me incentivaram. Agora é só praticar, mas já me viro já.

Maior sonho atualizado no futebol

- Há alguns meses eu falaria que era ganhar a Libertadores pelo Flamengo, ganhar títulos importantes e estrear no Maracanã lotado. Mas, graças a Deus, eu já realizei alguns. Já tenho o título da Libertadores, o gol no Maracanã. Agora é continuar crescendo. Quero ganhar outra Libertadores, um título brasileiro, que eu ainda não ganhei. Eu quero chegar na seleção brasileira, ganhar uma Copa do Mundo. É passo a passo para conquistar grandes coisas. Quero ser o melhor do mundo, eu acho que não tem limite para sonhar.

Mundial de Clubes e Sul-Americano sub-20 podem ser disputados na mesma época. E aí: como fica esse coração?

- A gente vai jogar daqui a pouco (o Mundial). A gente vai buscar com certeza. Ganhar o Mundial pelo Flamengo é um sonho. Entrar para a história mais uma vez. Estamos próximos de realizar. É um sonho jogar o Sul-Americano. Ainda vai sair a convocação final. São dois sonhos que vão acontecer no mesmo período. É ver se tem algo que podemos fazer. Eu gostaria de estar nos dois. Não sei se tem a possibilidade. Mas é tentar ajustar da melhor maneira.

Victor admite momento de oscilação

- Eu tive um período que as coisas não estavam acontecendo, mas o Dorival foi muito importante. Ele conversou comigo, me passou segurança e pediu para eu jogar tranquilo e sem pressão porque eu tinha 18 anos. Ele disse que não tinha necessidade de eu colocar tanta pressão, pediu para um jogar tranquilo. Ele foi muito importante nesse momento em que de repente o desempenho caiu um pouco. Eu analiso, estou sempre assistindo aos jogos, até mesmo de madrugada. Eu revejo os lances para poder fazer as críticas. Além de mim, das pessoas, ainda tem meu pai em casa que não me deixa entrar na zona de conforto.


Dorival e Paulo Sousa

- Eu tenho um carinho especial pelo Paulo Sousa por ter sido o primeiro que me colocou para jogar. Ele foi muito importante na minha carreira. Quando o Dorival chegou eu fiquei uns cinco jogos sem jogar, mas já vinha me preparando nos treinamentos. Ele me colocou contra o Santos e, desde então, eu joguei quase todos os jogos. Eu admiro a coragem que ele teve de acreditar em mim. Eu estava chegando no profissional, com 18 anos, e ele me colocou para jogar a final da Libertadores, da Copa do Brasil.

Assiste futebol nas horas vagas?
- Eu assisto o tempo inteiro. Eu gosto muito e não fico sem assistir. Eu estou de férias, posso fazer qualquer coisa, mas se tiver jogo eu assisto. Eu vejo tudo, futebol europeu, futebol brasileiro… Tudo. Às vezes eu acho que não aguento mais, mas aí vejo um jogo e esquece.

Referências dentro e fora do Flamengo

- Everton Ribeiro e Arrascaeta. São os caras que jogam na minha posição e eu tenho a honra de jogar com eles. Acompanho os treinos para fazer o mesmo. Tem o Paquetá e o Vini que saíram do Flamengo e estão na Europa. Eu acho o estilo do Vini muito fenômeno. O Paquetá é da minha posição, acho parecido a forma de jogar e entender o jogo. Eu admiro. E a referência desde pequeno, e para todo menino brasileiro da minha idade, é o Neymar. Eu me inspiro bastante nele. De gringo eu gosto do De Bruyne e Tony Cross.


Joga futevôlei?

- Eu gosto muito, mas jogo só de vez em quando. Muitos jogadores jogam, alguns não ficam sem o futevôlei por nada. Jogo só de vez em quando.

O que faz nos momentos de lazer?

- Eu sou tranquilão, fico em casa, jogo videogame. Eu gosto de ir ao shopping. Faço churrasco com os amigos, fico na piscina. Fico em casa, fico com a família.



Autocrítica: em 2023, você acha que tem de melhorar em quê?

- Eu tenho que melhorar em tudo um pouquinho. No profissional acho que eu não cheguei nem em 10% do que eu posso ser. Melhorar um pouco em cada coisa: finalização, participar do jogo, dar assistência, fazer mais gols. Eu vou melhorar. Ano que vem já vai ser melhor. É ir evoluindo a cada dia.
E o que seria os 100% do Victor Hugo?

- É o que eu falei: ser campeão de tudo, seleção brasileira, melhor do mundo. É chegar no topo mesmo.

508 visitas - Fonte: globoesporte


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