Quando chegou ao Flamengo com status de camisa 10 em 2013, todos esperavam que Carlos Eduardo fosse o grande nome do time rubro-negro na temporada. Mas os jogos foram acontecendo, o futebol do jogador não se fez presente, e a torcida perdeu a paciência. Jogo após jogo, quando Carlos Eduardo pega na bola, as vaias começam. Em entrevista para o jornal "Extra", o meia do Flamengo reconheceu que não vive um bom momento, mas diz que está trabalhando sério para recuperar a velha forma.

"Sei que não estou no meu melhor nível. Ninguém sabe o que eu passei. Foram dois anos praticamente sem tocar na bola. Os piores momentos da minha vida profissional. Não sabia nem se voltaria a jogar. E, olha, está sendo difícil até hoje. Estou trabalhando sério, e muito, para ser o velho Carlos Eduardo", afirmou o atleta, mencionando a lesão que teve no joelho, antes de chegar no clube da Gávea, devido ao desgaste dos jogos.

O jogador rubro-negro acrescentou que não pode errar dois ou três passes que a torcida começa com as vaias e disse que não quer mais passar por essa humilhação.

"Não quero mais passar por humilhação. Não posso errar duas, três bolas que a torcida cai em cima. Estou ajudando a equipe. Não estou de sacanagem. Sou legal, querido no grupo. A torcida tem o direito de cobrar, claro, mas tenho que pensar na minha vida. Tem clubes interessados em mim, no Brasil e na Europa. Depois, eu penso no futuro. Tenho personalidade para receber isso. Se fosse outro jovem, talvez não suportasse, não desse conta.


Conhecida por cobrar muito dos jogadores, a torcida do Flamengo exige que seus atletas tenham, no mínimo, muita raça e disposição em toda jogada, e o estilo de jogo mais cadenciado de Carlos Eduardo faz diversos torcedores o rotularem como "preguiçoso". Ao ser questionado sobre o motivo de não dar carrinho em campo, o meia foi direto.