Foto: HEULER ANDREY/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO
A Argentina venceu a França nos pênaltis neste domingo (18), após empate por 3 a 3 no tempo normal, e se tornou campeã da Copa do Mundo do Catar. Os argentinos não ganhavam um mundial desde 1986, há 36 anos, quando bateram a Alemanha na final por 3 a 2 na Copa do México.
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O triunfo diante da França levou a Argentina ao terceiro título em Copas do Mundo. Agora, “os hermanos” ultrapassam França e Uruguai, que têm dois troféus cada, e ficam atrás apenas de Brasil, com cinco, e de Alemanha e Itália, ambas com quatro conquistas.
O título da Argentina também marca a volta da taça para a América do Sul. O último campeão do continente havia sido o Brasil, quando ganhou o penta em 2002. Desde então, os europeus emplacaram cinco Copas do Mundo seguidas – a última em 2018, com a França.
O jogo
A final da Copa deste domingo começou com um roteiro parecido com a dos outros jogos da seleção argentina na competição.
O time comandado por Lionel Scaloni abriu 2 a 0 no placar contra o rival assim como em todas as partidas anteriores desde a abertura do torneio, quando perdeu da Arábia Saudita de virada por 2 a 1.
Os argentinos dominaram o jogo logo no início. Com passes rápidos em busca do ataque, o atacante Ángel Di María fez bela jogada e foi derrubado dentro da área após passar por Dembelé. Penâlti para a Argentina e gol de Lionel Messi.
As condições da partida pouco mudaram após o primeiro gol. A França continuou recuada, sem apresentar perigo ao goleiro Martínez, que viu um contra-ataque com toques de primeira terminar no segundo tento argentino.
Lionel Messi colocou Mac Allister na cara do gol, que só rolou para Ángel Di María estufar a bola dentro das redes do goleiro francês Hugo Lloris.
Na segunda etapa, as condições pareciam continuar desfavoráveis para os franceses. A Argentina ditava o ritmo da partida até os 30 minutos do segundo tempo, quando Otamendi derrubou Kolo Muani dentro da área e cometeu pênalti. Mbappé converteu a cobrança e diminuiu o placar.
Um minuto depois do gol, o camisa 10 da França fez uma linda tabela e chutou de primeira no canto esquerdo do goleiro Martínez para deixar tudo igual.
Prorrogação e pênaltis
A Argentina estava sem fôlego no fim do tempo regulamentar da partida. Depois do segundo gol da França, os jogadores argentinos começaram a errar passes e não conseguiram mais avançar ao ataque, mas se seguraram na defesa até o jogo ir para a prorrogação.
Nos minutos adicionais, a Argentina voltou renovada e voltou a ficar na frente do placar, com gol de Messi de perna direita. No entanto, assim como no tempo normal, a seleção de Lionel Scaloni levou o empate após mais um pênalti marcado por Mbappé, que terminou o torneio como artilheiro, com 8 gols marcados.
Com a partida nos minutos finais, o goleiro Emiliano Martínez começou a escrever sua história como herói argentino. Ele defendeu um chute cara a cara de Kolo Muani, que daria números finais ao jogo e o título ficaria na França.
Nos pênaltis, Martínez defendeu a cobrança de Coman e viu Tchouaméni chutar para fora do gol. Mbappé e Kolo Muani converteram suas cobranças, mas não adiantou. Todos os jogadores argentinos colocaram a bola nas redes de Lloris. Messi foi o primeiro, seguido de Dybala, Paredes e Montiel, que marcou o gol do título.
O “fator Messi”
A conquista do tricampeonato passou pelos pés e pela liderança daquele que é considerado por alguns torcedores e especialista como o maior jogador de todos os tempos: Lionel Messi.
O craque argentino fez 7 gols e deu 3 assistências durante o torneio, além de liderar seus companheiros dentro de campo com sua experiência de ter disputado cinco Copas do Mundo, aos 35 anos de idade.
Messi conquistou títulos por clubes ainda cedo, sendo considerado ídolo do Barcelona poucos jogos após estrear com a camisa catalã. Ele venceu a primeira bola de ouro em 2009, aos 22 anos – a primeira de quatro consecutivas que viria a ganhar.
No entanto, apesar do sucesso no Barcelona, conquistando quatro Champions League e dez La Liga (nome dado ao campeonato espanhol), o argentino não conseguia ter a mesma felicidade pela seleção.
Lionel Messi perdeu as finais da Copa do Mundo de 2014 para a Alemanha e da Copa América de 2015 e de 2016 para o Chile, as duas na disputa de pênaltis. Após as derrotas, ele chegou até a dizer que se aposentadoria da seleção.
Em 2021, Messi venceu a Copa América contra o Brasil, no Maracanã, quebrando o jejum de títulos da Argentina, que perdurava desde 1993. Mas este ano, o craque argentino conseguiu a glória máxima ao vencer uma Copa do Mundo como protagonista, naquela que é provavelmente a sua última a ser disputada como jogador da Albiceleste.
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