Os desentedimentos entre o Flamengo e o Procon-RJ devem ter novo capítulo nesta quarta-feira. Notificado a comparecer a uma audiência às 11h para discutir o aumento nos preços dos ingressos para a final da Copa do brasil, a diretoria do clube teve uma reunião de cúpula e decidiu não enviar representante ao encontro.

A postura do órgão por meio de sua secretária de Estado de Proteção e Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro, que concedeu entrevistas afirmando que o torcedor "ficou como um cachorro assistindo às derrotas no ano" irritou a diretoria. O fato também contribuiu para a decisão de não enviar representantes.

Dentro do clube há uma corrente temerosa com o embate e que tenta dissuadir a diretoria da ideia de não enviar ninguém e sugere a busca por um tom conciliatório. Caso não compareça à reunião após ser notificado, o clube pode ser autuado no artigo 330 do Código Penal brasileiro (desobeceder a ordem legal de funcionário público), que leva à detenção de 15 dias a seis meses ou até mesmo uma multa. Cidinha Campos afirmou que o valor da pena pode chegar a até mesmo R$ 7 milhões e a renda da partida ser bloqueada. O Flamengo estima receber R$ 5 milhões líquidos com a finalíssima.

Por outro lado, outra corrente dentro da diretoria defende que a final da Copa do Brasil é um evento privado e, por isso, o Procon-RJ não poderia interferir no preço cobrado. Além disso, exemplos foram citado como o jogo amistoso entre equipes da NBA no Rio de Janeiro, em outubro, que teve ingressos entre R$ 180 e R$ 2 mil e nem por isso atraiu a atenção do órgão.

Além do Procon-RJ, o Flamengo também se vê às voltas de um inquérito do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) sobre o aumento do preço dos ingressos para a final da Copa do Brasil. O Consórcio Maracanã S.A. e o clube foram notificados nesta segunda-feira e têm 48 horas para apresentar justificativa sobre a questão. Os ingressos estão à venda desde segunda-feira, dia 11, para sócios-torcedores do clube.