13/11/2013 11:38
Procon entra com representação por crime de desobediência contra Fla
Clube alega prazo curto para comparecer à audiência, órgão notifica clube e promete entrar com ação civil pública para redução do preço de ingressos da Copa do Brasil
O Flamengo informou ao Procon-RJ que não comparecerá à reunião marcada para as 11h desta quarta-feira para que o clube justificasse o aumento do preço dos ingressos da final da Copa do Brasil, considerado abusivo pelo órgão - possibilidade descartada com veemência pelo diretor de marketing, Fred Luz. O Procon admite um aumento de no máximo 30% em relação ao valor da semifinal. Como o presidente Eduardo Bandeira de Mello não compareceu à reunião, o Procon entrou com representação por crime de desobediência na Delegacia do Consumidor e entrará, ainda hoje, com ação civil pública para redução do preço das entradas.
O Flamengo comunicou que o prazo de 48 horas desde que o clube foi acionado até a audiência na manhã desta quarta-feira era curto, e que representantes que poderiam tratar do assunto já estariam envolvidos com outros compromissos.
- Estamos pedindo na ação civil pública o bloqueio da parte da renda que cabe ao Flamengo para garantir a indenização de torcedores que tenham comprado ingresso com preço abusivo. E agora, na ação, eles terão de comprovar os motivos do aumento. Há má fé, porque estão fazendo essa cobrança antecipada já que o sucesso do jogo aqui, depende do jogo de lá. Deus me livre, porque sou flamenguista, mas imagina se perde por 3 a 0 lá? A procura seria muito menor. Estão vendendo antes para não correr esse risco. Aí está a má fé. Podem até ter um aumento, mas razoável. O Flamengo alegou que foi muito em cima, 48 horas, alegaram que já tinham outro compromisso. Quando recebe uma convocação de um juiz ou de um delegado, o seu compromisso você adia, porque gera pena. Aqui também. Querem nos derrotar por WO, não vão conseguir - afirmou a Secretária de defesa e proteção do consumidor, Cidinha Campos.
A Secretária disse que o presidente Eduardo Bandeira de Mello terá que responder pela ausência.
- Estamos representando contra o presidente do Flamengo na Decon (Delegacia do Consumidor), por crime de desobediência. O clube não entregou documentos que pedimos. Entre eles o contrato entre o clube e a concessionária.
Além do Procon, a 4ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Rio de Janeiro, abriu inquérito para investigar a atitude da diretoria e verificar se houve abuso. O requerimento ao MP para uma investigação foi feito por Leonardo Ribeiro, o capitão Léo, ex-presidente do Conselho Fiscal do clube.
Em documento do Procon, o órgão já avisara que "caso o Flamengo não envie representante à sede do Procon-RJ conforme estabelece a convocação do órgão, ficará caracterizado crime de desobediência de acordo com o artigo 330 do Código Penal. Sendo assim, o clube pode ser multado, e o artigo ainda pervê detenção de 15 dias a seis meses por não cumprimento de ordem legal de funcionário público".
Toda polêmica começou quando o clube anunciou os preços dos ingressos para o jogo de volta da decisão da Copa do Brasil contra o Atlético-PR, dia 27, no Maracanã. Os valores variam entre R$ 250 e R$ 800 (para quem faz parte do programa sócio-torcedor há desconto de 40% sobre esses preços, com as entradas variando de R$ 150 a R$ 480).
1472 visitas - Fonte: Globoesporte.com
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