David Luiz e Gabigol lamentam eliminação do Flamengo no Mundial — Foto: REUTERS/Andrew Boyers
A derrota para o Al Hilal que interrompeu precocemente o sonho do segundo título mundial foi marcada por erros, dentro e fora de campo, que começaram mesmo antes da chegada ao Marrocos. O ge listou cinco pontos que explicam a eliminação do Flamengo.
Expulsão de Gerson
A começar pelo jogo, a derrota por 3 a 2 ficou desenhada a partir do pênalti cometido por Gerson, que foi expulso no lance. Interrompeu a reação rubro-negra na partida, colocou a equipe em desvantagem no placar novamente e, de quebra, deu ao adversário a vantagem numérica. O controle do time saudita no segundo tempo mostra a falta que o volante fez.
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Substituições de Vítor Pereira
Mesmo assim, o Flamengo ensaiou uma segunda reação. Fez o segundo gol nos minutos finais e, antes disso, teve chances de encostar no placar. Como a chance clara perdida por Gabigol quando os árabes venciam por 2 a 1. Só que o segundo tempo mostrou domínio do Al Hilal e colocaram em xeque escolhas do treinador rubro-negro.
O português sacou Arrascaeta no intervalo e, ao longo da etapa final, também tirou Everton Ribeiro. Dois jogadores que são considerados o cérebro do time. A equipe terminou a partida com volantes e atacantes do meio para frente e sem conseguir envolver o adversário. O técnico explicou as mudanças (veja no vídeo).
- Me desculpe, mas não se tira o Arrascaeta de uma partida, ele é o cara da decisão. Acho que o Flamengo está muito abaixo fisicamente, isso foi visível. E quando você chega no Mundial, não pode estar com a parte física ruim - criticou o comentarista Caio Ribeiro no Troca de Passes, do SporTV.
Erros individuais
Além do treinador, os jogadores também tiveram parcela considerável de culpa. Matheuzinho fez pênalti bobo que colocou o adversário em vantagem logo aos três minutos. Gerson foi expulso ao cometer outro pênalti no fim do primeiro tempo. Em resumo, o único a se salvar de críticas na derrota foi Pedro, o autor dos dois gols. Clique aqui e veja as notas de todos os jogadores e do técnico.
Preparação
Com a derrota, vêm também contestações a escolhas da diretoria do Flamengo. Algumas pertinentes, como aponta o comentarista Carlos Eduardo Mansur. Entre eles a preparação para a temporada de 2023. O que passa pela troca de comando, com a saída de Dorival Júnior, e o tempo curto de preparação para o torneio que foi tratado, no discurso, como prioridade total.
- O fato é que o Flamengo chegou mal preparado, ainda mais quando, em acordo com o elenco, decidiu dar 42 dias de férias. Tudo isso é resultado de um projeto esportivo cambaleante. É um elenco muito farto, rico, caro, com gargalos de formação, mas com um projeto esportivo que resultou parte dos problemas que viram em campo hoje - defendeu Mansur.
Reposição para João Gomes
Outra falha está na carência que se criou no elenco com a saída de João Gomes. A negociação com o Wolverhampton foi inevitável e muito lucrativa para o clube, mas criou um desajuste no time que Thiago Maia e Gerson ainda não conseguiram suprir. Tanto que o meio de campo foi tratado pelo técnico rival como um dos pontos fracos do time do Flamengo.
- Sabíamos que Vítor poderia se complicar com os volantes, que não pressionam bem. Esse foi um dos nossos acertos, de provocar esse arranque com os nossos meias. Fez a diferença - explicou Ramón Díaz.
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Se não tirasse o Arrasca, morto de cansaco, ia sacar quem pra fechar o meio? O Gabi, talvez. Mas, ao menos, esse estava correndo. O erro dele foi não colocar o MF.