Vitor Pereira no desembarque do Flamengo — Foto: Marcelo Cortes/CRF

O clássico do próximo domingo, contra o Vasco, será a primeira chance para Vítor Pereira começar a mostrar um novo Flamengo. Depois das decepções do início da temporada, o treinador terá um calendário menos crítico para implementar mudanças mais profundas que pretende fazer na equipe, da escalação ao esquema tático.



Com Supercopa do Brasil, Mundial de Clubes e Recopa nos primeiros dois meses de trabalho, o português foi mais conservador nos primeiros jogos com o Flamengo. Manteve a escalação na maior parte dos jogos e não mexeu muito na estrutura da equipe. O cenário deve mudar a partir de agora, com liberdade para fazer a transformação necessária.


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O Estadual subiu em importância para diminuir a pressão, mas o próximo grande objetivo da temporada só inicia em um mês, no início de abril: a Copa Libertadores. Até lá, VP terá a reta final do Carioca para fazer o time evoluir. Para isso, ele deve ter pela frente apenas clássicos, a não ser que o Volta Redonda se intrometa entre os quatro melhores do campeonato e derrube uns dos rivais.

Internamente, o Carioca é visto como uma pré-temporada para as competições que o Flamengo ainda tem a disputar - Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil. O português tem o respaldo da alta cúpula do futebol para exercer as mudanças e encontrar a equipe ideal.

A partida contra o Vasco será o primeiro clássico de Vítor Pereira no comando do Flamengo. O português não esteve em campo no duelo com o Botafogo, em Brasília, visto que ficou no Rio trabalhando o elenco principal para a Recopa.

Disputa no meio
Com os fracassos na Supercopa e no Mundial, o treinador já implementou a primeira mudança ainda na Recopa. Reforçar o meio de campo esboçou um resultado melhor, mas não foi suficiente para evitar mais uma decepção contra o Independiente del Valle. Apesar da perda do título, ficou do torneio a titularidade de Vidal, que aumentou o poder de marcação no meio de campo.

Essa mudança colocou o quarteto ofensivo em xeque no Flamengo. Everton Ribeiro passou a disputar posição com Gerson e chegou a perder a posição antes de o camisa 20 se machucar. Agora, com o volante recuperado, a disputa está reaberta.

Para o clássico, porém, a tendência é que Gerson e Everton estejam em campo sem disputar posição. O camisa 20 deve retornar ao time titular na vaga de Pedro, que está fora por dores no adutor esquerdo. Ou seja, o Flamengo pode ter três volantes de ofício em campo: Thiago Maia, Gerson e Vidal.


Gabi no comando do ataque
A ausência de Pedro poderá fazer Vítor Pereira relembrar uma formação que leva boas lembranças ao torcedor: Gabi no comando do ataque. Há algum tempo o camisa 10 vem exercendo uma função mais ampla no jogo, atuando mais fora da área e participando da criação de jogadas quase como se fosse um meia.



A mudança aconteceu, ainda com Dorival Júnior no comando, para que Pedro concretizasse a vaga entre os titulares na ausência de Bruno Henrique, lesionado desde junho. Agora, sem o camisa 9, Gabi tem a chance de retornar ao setor do campo em que fez história e ganhou destaque com a camisa rubro-negra.