Membros de torcidas organizadas dos clubes do Rio de Janeiro que se envolveram em brigas serão enquadrados como "organização criminosa".
A punição foi definida em reunião realizada hoje para discutir questões de segurança para as semifinais do Campeonato Carioca.
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Lembrando que não é algo para o Campeonato Carioca, será implantado no ano inteiro. Isso serve para fazermos uma avaliação se essas medidas e outras serão adotadas. Primeira decisão: não distribuição de ingressos para torcidas organizadas. Segunda: Raça Rubro-Negra, Jovem Fla, Força Jovem, Young e Fúria estão proibidas de frequentar jogos por tempo indeterminado. Isso é uma decisão judicial", Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro.
"Também decidimos que neste momento, todos esses 'brigões' serão enquadrados como 'organização criminosa'. Não serão enquadrados como delito de baixo poder ofensivo. É realmente muito mais sério. Existe uma vara criada no Tribunal de Justiça, que pode provocar uso de tornozeleiras ou prisão. Isso vai ser tratado de forma muito mais grave", completou.
O que aconteceu
O encontro reuniu representantes do Governo do Rio, Polícia Militar, Ministério Público do Rio de Janeiro, Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Federação de Futebol do Rio e representantes dos clubes semifinalistas.
Volta Redonda e Fluminense se enfrentam no domingo, no Raulino de Oliveira, e o segundo jogo será no dia 18 ou 19, no Maracanã.
Vasco e Flamengo vão duelar na segunda no Maracanã. A volta será no dia 18 ou 19, no mesmo estádio.
O MPRJ já se mostrou favorável à discussão de torcida única nos clássicos, mas a possibilidade não chegou a ser debatida. Segundo o UOL apurou, a medida não agrada ao Governo, federação e os próprios clubes.
O entendimento dos órgãos presentes à reunião de hoje é que, dentro dos estádios e nos arredores imediatos, há segurança. Porém, tem de se avaliar melhorias em outros pontos da cidade e nos trajetos das organizadas.
"Não foi nem aventado [torcida única]. A gente considera [a medida] a falência da Segurança Pública. Conseguimos fazer Réveillon com milhões de pessoas, Carnaval com centenas de milhares. Temos que ter condições de fazer jogo com duas torcidas, sim", afirmou o governador.
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