Marcos Braz é vice-presidente do Flamengo Imagem: Divulgação/Flamengo
Há um movimento de dirigentes de situação e oposição em favor da reformulação do futebol do Flamengo em meio à crise do Flamengo. Uma parte das críticas aponta para o vice-presidente de Futebol, Marcos Braz. Ao mesmo tempo, o presidente Rodolfo Landim já declarou que pretende mantê-lo no cargo até o final do seu mandato.
A temperatura atual do Flamengo indica que Landim não irá fazer nenhuma troca no comando do futebol. Um aliado apontou uma característica dele: ser cabeça-dura, convicto. A posição do técnico Vitor Pereira é menos segura: ele já sofre críticas internas por suas escolhas nas últimas partidas. Mas é apoiado pelo departamento de futebol.
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Como sempre no futebol, os resultados das semifinais diante do Vasco vão pesar nas escolhas. Mas entenda quais são os argumentos a favor de mudanças no futebol do Flamengo e como o departamento se defende:
Falta de gestão do futebol
Há uma crítica sobre a forma como o dia a dia do clube é gerido. Aponta-se que Braz tende à conciliação e não a impor medidas que desagradem aos jogadores. Entre os pontos destacados, há as férias prolongadas, falta de respaldo a medidas mais duras de técnicos.
Do lado do futebol, Braz é visto como um cara que toma medidas incômodas diariamente para segurar o futebol do clube. Mas faz isso nos bastidores, longe das câmeras. E as decisões que são tidas como tiradas da cartola dele, como as férias, foram respaldadas por fisiologista e preparador físico.
Contratações
O Flamengo sempre usou scouts para contratações e identificou nomes fora do óbvio como Pablo Marí. Mas os grupos críticos a Braz entendem que ele cada vez mais tem abandonado essa prática. Em troca, tem apostado em nomes estelares como Cebolinha, que não tinha números bons no Benfica. E também ataca-se o fato de o futebol não focar em posição prioritárias para o time para não melindrar jogadores carimbados porque teriam sombra.
O departamento de futebol, no entanto, tem argumentado que, sim, o scout continua a ser usado como uma referência dentro do clube. O atacante Ângelo, por exemplo, que era alvo do Flamengo, tem números bons para sua idade na visão de dirigentes rubro-negros.
Respaldo aos técnicos
Entre os críticos, aponta-se que o departamento de futebol não tem tido participação mais próxima com o treinador, com orientações sobre o que deve ser prioridade. Como exemplo, é citado o fato de Vitor Pereira ter escalado alguns reservas no Fla-Flu, além de colocar garotos nas substituições. A impressão é de que não se explicou a ele a importância do Fla-Flu, ainda mais nas circunstâncias de crise.
Mas, no futebol do clube, Braz é visto como um cara que está, sim, próximo do treinador. A avaliação do trabalho do dirigente sobre Vitor Pereira é positiva
Política
O Flamengo terá eleição no final de 2024. Tanto grupos de oposição quanto de situação já articulam-se para o cenário. Neste sentido, o futebol acaba tendo bastante peso. A oposição, do grupo do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, já pediu uma reformulação do departamento do futebol só com diretores profissionais. Essa é a posição também de dirigentes como Luiz Eduardo Baptista, possível candidato pela situação.
Do departamento de futebol, a impressão é de que as críticas têm como pano de fundo a politica do clube e miram um efeito eleitoral. Nesta versão, Braz é atacado porque faz parte da campanha antecipada e para enfraquecê-lo como força de apoio a algum candidato - não há sinalização nenhuma de que ele vá se lançar.
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